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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A mídia brasileira e o governo federal



A mídia brasileira estava passando por grandes problemas financeiros... Sua credibilidade, perante a opinião pública, estava estagnada. Ela precisava de algo novo que pudesse melhorar sua imagem. 

Então pediu ao governo federal que conseguisse que a Copa do Mundo fosse realizada no Brasil. 

O governo disse: - Não... Não vou fazer isso... Você vai aproveitar o evento para me criticar, inventar falácias, propagar que estou usando dinheiro público para construir estádios de futebol, vai incentivar manifestações nas ruas... Repartições públicas serão depredadas, estabelecimentos particulares invadidos e destruídos, pessoas poderão perder a vida...

Querido governo – disse a mídia – Se eu usar o evento para lhe derrubar, estarei prejudicando a mim mesmo. Afinal, meu público não anda muito satisfeito comigo, sou vítima de severas críticas e eu perderia a possibilidade de reconhecimento mundial com a venda dos meus produtos. Ora, que lógica teria isso?

Depois de um momento de reflexão, o governo convencido das argumentações da mídia, concordou em buscar meios para ser o país sede da Copa.

Uma vez escolhido, o governo junto com a iniciativa privada, passou a executar um plano de obras. Construção de estádios, obras de mobilidade, reformas em aeroportos... Arrumar a casa para receber os visitantes em junho de 2014.

A mídia aproveitou e passou a exercer pressão contra o governo. A criticar o gasto de dinheiro público sugerindo a seu público que o governo estaria usando dinheiro de áreas essenciais para sociedade, em estádios de futebol.

A mídia usa todos os meios, principalmente seus “formadores de opinião”, a pedir mais manifestação em 2014, mais quebra-quebra, mais desordem... Contra a realização da Copa do Mundo no Brasil.

O governo perguntou a mídia: - Por que você está fazendo isso? Não vê que nós dois seremos gravemente atingidos? Você disse que não havia lógica em você usar o evento para me derrubar. Por que está fazendo?

É minha natureza - respondeu a mídia brasileira.

Essa é uma adaptação [péssima adaptação por sinal] da fábula: O Escorpião e o sapo. Mas, que poderia exemplificar a posição da mídia brasileira [principalmente], nesse processo de realização da Copa.

De todos os setores de serviços do país, com exceção do hoteleiro, aqueles que mais irão lucrar com a Copa do Mundo são as empresas de mídia, em especial a Rede Globo. A emissora terá uma oportunidade ímpar em sua história, de apresentar todo seu portfólio ao mundo. E num momento em que mais as empresas de mídias estão sofrendo com seu próprio desgaste. 

O que justifica então a campanha da mídia brasileira contra o evento? 

Vários, pra não dizer todos, meios de comunicação da imprensa tradicional, estão pedindo que os brasileiros voltem às ruas em protestos contra o governo e contra a realização da Copa.

Eles, na verdade, tinham certeza que o Brasil não conseguiria, em tempo, realizar um evento do porte de uma Copa do Mundo. Uma vez que quebraram a cara, agora só lhes resta a multidão das ruas.

Ainda que eles próprios venham a ser prejudicados... Ainda que centenas ou milhares de estabelecimentos sejam depredados, saqueados ou destruídos.

- É minha natureza... Diria a mídia brasileira.   

Segue abaixo a verdadeira fábula: O escorpião e o sapo.
 
Um escorpião queria atravessa um rio, mas, não sabia nadar.

E vendo um sapo que nadava rio abaixo e rio acima, pediu-lhe:  

– Me atravessar esse rio agitado em tuas costas?

– Você está louco? Protestou o sapo. – Você me picará enquanto eu estiver nadando, e me afogarei.

– Querido sapo, respondeu o escorpião – se eu fizer isso e você se afogar eu iria junto para o fundo do rio. Ora, que lógica tem isso?

Depois de um momento de reflexão, o sapo convencido pelo escorpião, concordou em proporcionar-lhe um passeio.

– Sobe, disse ele.

O escorpião subiu nas costas do sapo, e ele se foi pela água.
Achando-se no meio do rio, quando o escorpião deu-lhe impiedosa ferroada. Incapacitado pelo ataque, o sapo foi para o fundo, levando consigo seu passageiro. Sem compreender o porquê dele ter feito aquilo, voltou-se para o escorpião, e disse:

– Por que você fez isso... Agora morreremos nós dois... Você disse que não havia lógica em você me picar. Por que o fez?

– Não tem nada que ver com a lógica, respondeu ele. – É simplesmente da minha natureza.


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