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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Nassar, fez História.



Cada dia que passa, mais e mais vai se aclarando o famigerado Golpe contra a Democracia. Os Golpistas vão sendo desmascarados um a um. E, pelo andar da carruagem, eles não terão sossego enquanto perdurar essa farsa de governo. Eles estão sendo incapazes, mesmo com toda astúcia da rede "grobo", em enganar seu público alienado. Os golpista estão tendo dificuldades de se fazer acreditar.

O discurso do Raduan Nassar, lava-me minha alma. O recebo como um bálsamo. Um ato Histórico de um dos maiores literários da língua portuguesa, contra o desmantelo pelo qual está passando nossa Democracia. 

O ataque aos princípios democráticos e a Constituição, estão sendo praticados por quem já esperávamos, como a rede grobo, que sempre fica do lado contrário aos anseios do povo. Mas também, a Democracia está sendo atacada por setores da justiça como stf e a vara do moro.   Órgãos e pessoas que deveriam proteger a Constituição, zelar pela nossa Democracia, fazem parte do grupo que estão a aniquilar com nosso país.

O discurso de Nassar, trouxe um avivamento na luta contra os fascistas.Nos deixou feliz em saber que não estamos sozinhos. 
Assistir o roberto freire, um dos baluartes do golpe, se apequenar-se diante da classe intelectual brasileira, não tem preço. Os ataques proferidos contra Nassar, pelo governo Golpista, justifica ainda mais a nossa luta contra os inimigos do nosso país. 

Os que preferem Miami, farão o que for possível para desintegrar o Brasil. E nós, estamos na luta contra eles. 

Aí está a íntegra do discurso do Raduan Nassar.

Um primor.

Algo para ser lembrado eternamente.


Raduan Nassar fez História com esse discurso.

"Excelentíssimo Senhor Embaixador de Portugal, Dr. Jorge Cabral.
Senhor Dr. Roberto Freire, Ministro da Cultura do governo em exercício.
Senhora Helena Severo, Presidente da Fundação Biblioteca Nacional.
Professor Jorge Schwartz, Diretor do Museu Lasar Segall.
Saudações a todos os convidados.
Tive dificuldade para entender o Prêmio Camões, ainda que concedido pelo voto unânime do júri. De todo modo, uma honraria a um brasileiro ter sido contemplado no berço de nossa língua.
Estive em Portugal em 1976, fascinado pelo país, resplandecente desde a Revolução dos Cravos no ano anterior. Além de amigos portugueses, fui sempre carinhosamente acolhido pela imprensa, escritores e meios acadêmicos lusitanos.
Portanto, Sr.Embaixador, muito obrigado a Portugal.
Infelizmente, nada é tão azul no nosso Brasil.
Vivemos tempos sombrios, muito sombrios: invasão na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo; invasão na Escola Nacional Florestan Fernandes; invasão nas escolas de ensino médio em muitos estados; a prisão de Guilherme Boulos, membro da Coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto; violência contra a oposição democrática ao manifestar-se na rua. Episódios todos perpetrados por Alexandre de Moraes.
Com curriculum mais amplo de truculência, Moraes propiciou também, por omissão, as tragédias nos presídios de Manaus e Roraima. Prima inclusive por uma incontinência verbal assustadora, de um partidarismo exacerbado, há vídeo, atestando a virulência da sua fala. E é esta figura exótica a indicada agora para o Supremo Tribunal Federal.
Os fatos mencionados configuram por extensão todo um governo repressor: contra o trabalhador, contra aposentadorias criteriosas, contra universidades federais de ensino gratuito, contra a diplomacia ativa e altiva de Celso Amorim. Governo atrelado por sinal ao neoliberalismo com sua escandalosa concentração da riqueza, o que vem desgraçando os pobres do mundo inteiro.
Mesmo de exceção, o governo que está aí foi posto, e continua amparado pelo Ministério Público e, de resto, pelo Supremo Tribunal Federal.
Prova da sustentação do governo em exercício aconteceu há três dias, quando o ministro Celso de Mello, com suas intervenções enfadonhas, acolheu o pleito de Moreira Franco. Citado 34 vezes numa única delação, o ministro Celso de Mello garantiu, com foro privilegiado, a blindagem ao alcunhado “Angorá”. E acrescentou um elogio superlativo a um de seus pares, o ministro Gilmar Mendes, por ter barrado Lula para a Casa Civil, no governo Dilma. Dois pesos e duas medidas
É esse o Supremo que temos, ressalvadas poucas exceções. Coerente com seu passado à época do regime militar, o mesmo Supremo propiciou a reversão da nossa democracia: não impediu que Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados e réu na Corte, instaurasse o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Íntegra, eleita pelo voto popular, Dilma foi afastada definitivamente no Senado.
O golpe estava consumado!
Não há como ficar calado.
Obrigado"