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terça-feira, 18 de julho de 2017

O Brasil dos anos 90 voltou.


Faz tempo que não via tanta gente desempregada, muitos pedintes e famintos perambulando pelas ruas. Desde o governo de fhc, nos seus dois governos, houve o maior crescimento da desigualdade social no Brasil, com cenas deploráveis que tínhamos como normais. Era comum se deparar com a indulgência no nosso cotidiano. 

A vida, naquele período, era muito difícil pra todos. Principalmente para os mais pobres e sobretudo, para os nordestinos. Famílias inteiras caminhavam pelas BRs, vindos de cidades do interior seguindo para os grandes centros, as grandes cidades, as capitais. Milhares de retirantes fugindo da fome, mesmo sem que houvesse seca. As pessoas, várias vezes ao dia, batiam nas portas pedindo uma ajuda. Mães e pais de família, ainda que envergonhados, expunham seus flagelos em busca de ajuda. 

Mesmo assim, com todo sofrimento do povo, a elite burguesa brasileira se esbaldava, aproveitando a vida no que havia de melhor no país e fora dele. Universidades públicas, aeroportos, fartura em alimentação, vestuário, calçados e laser. Enquanto o povo, pobres marginalizados, se esfacelavam e perdiam sua dignidade, a classe burguesa festejava os grandes êxitos de um governo excludente, que governava para poucos. Na verdade, governava para satisfazer as vontades do governo americano, da “grobu” e da elite predadora que vivia em fazer a ponte aérea “sum palo” a Miami. 

Quanto mais o povo empobrecia, mais os ricaços aumentavam seus lucros e empregados [domésticos]. Muitos deles tinham mais de um empregado doméstico em suas casas. Era "status" para os patrões escravocratas. Esse foi o verdadeiro legado deixado pelo governo fhc, o maior número de indulgentes de todos os tempos. 

Durante oito anos de governo privateiro, o que se ouviu foi o discurso do Estado pesado, um grande elefante que prejudicava o crescimento e a melhoria da nação. Que era preciso “vender” as joias da coroa, para que o Estado pudesse, enfim, governar e executar as mudanças. No entanto, quanto mais se vendia estatais brasileiras [a preço de banana], mais e mais o povo, principalmente os da região norte e nordeste, ficavam mais e mais pobres e miseráveis. A grande bandeira do governo fhc foi a Instabilidade da moeda. O real, ovacionado pela mídia como o passo fundamental para as mudanças, incrivelmente não surtiu o efeito esperado no governo entreguista do fhc. O Brasil caiu num buraco onde somente os ricaços se mantinham de fora da grande bolha de miséria e sofrimento econômico. A corrupção corria solta no Congresso e no governo do príncipe da privataria. Nunca se deixou de investigar tanto no país, como naquele período. Mais de quatro mil processos foram engavetados, sem se quer, ter sido realizado diligências.

De 2003 até 2014, o país experimentou uma onda de crescimento e diminuição da desigualdade social, como nunca antes. Tivemos nesse período desastres ambientais (secas, enchentes, queimadas, pragas, a "grobu", o tucanato...) até mais sérios que os sofridos anteriormente em outros governos. Mesmo assim, o brasileiro se sentiu mais seguro, mais feliz, mais esperançoso. 

A fome, que antes era vista como um  acontecimento natural por muitos, graças ao compromisso do Lula da Silva em fazer com que cada brasileiro tivesse três refeições por dia, desapareceu da nossa porta. Onde estão os retirantes? Cadê os favelados famintos! O flagelo do povo sofrido do nordeste e do norte, enfim, parecia que tinha chegado ao fim. A desigualdade ainda era muito alta, é verdade, mas comparar a distância que existia entre os mais ricos e os mais pobres, nos dez anos de governo de Lula da Silva e Dilma Rousseff, seria uma surpresa para aqueles que odeiam tanto os dois petistas. 

Mas essa diferença, a melhora social, não era apenas percebida nos números dos institutos de pesquisa. Se via nas ruas, nas escolas, nos aeroportos, em casa, por toda parte.

Negros e pobres passaram a melhorar de vida. Conquistaram a casa nova, o carro novo, entupiram os aeroportos em viagens nacionais e até internacionais. Eles invadiram as Universidades e foram a luta para se formarem em Doutores! A política de governo fez ascender milhões de brasileiros a classe média. Uma nova classe trabalhadora surgiu. O Brasil passou a ser observado, não como um coitadinho submisso, mas como um dos atores principais no cenário mundial, tamanha foi sua guinada social.

Um ano após o golpe de 2016, o que vemos é o retorno das mazelas do tempo de fhc. Fome, dívidas, aumento da violência, suicídios, desespero, tristeza e agonia na cara das pessoas. Todos estão temendo o pior. Aqueles que estão empregados temem o desemprego. Os que já estão desempregados, a falta de oportunidades e a perda da dignidade. 

Os principais postos de trabalhos estão fechando. As principais empresas do país, aquelas que empregam o maior número de pessoas, as empresas que são a base de sustentação do emprego no Brasil, estão demitindo e vão demitir ainda mais. Tudo para se adequar a nova realidade: a reforma trabalhista e a terceirização. 

Uma reforma que destrói direitos do trabalhador e que vai trazer grandes transtornos aos brasileiros. 

O golpe de 16 não foi apenas contra o governo petista. Isso já está bem claro!

O objetivo é muito maior que somente “acabar” com o Lula. Na mira dos inimigos do Brasil está a indústria brasileira, as grandes construtoras, os grandes bancos federais, a tecnologia brasileira (principalmente a relacionada ao petróleo, aviação, submarino nuclear), o SUS, a Amazônia, as refinarias, a indústria da carne e as universidades. Nada escapa dos olhos dos agentes destruidores das garantias de empregos e riquezas do nosso país.

O discurso contra corrupção, que muitos do povo propaga, mascara o verdadeiro motivo dessas ações orquestradas por homens e setores que são, muitas vezes, tidos como verdadeiros patriotas, mas são os grandes inimigos do povo brasileiro e do Brasil. 

A turma do moro, parte do stf e do congresso nacional, o governo golpista do temer, a “grobu”, os pobres de direita, os alienados midiáticos, os analfabetos políticos e tantos outros do povo que não imaginam o grande mal que estão fazendo a si mesmo e ao nosso país.

Todos sendo manipulados pela mesma força e organismo internacional que está causando os conflitos internos nos países da América Latina, entre eles o Brasil. 

Que cada um possa tirar suas próprias conclusões.