A mídia brasileira estava passando por grandes problemas
financeiros... Sua credibilidade, perante a opinião pública, estava estagnada.
Ela precisava de algo novo que pudesse melhorar sua imagem.
Então pediu ao governo federal que conseguisse que a
Copa do Mundo fosse realizada no Brasil.
O governo disse: - Não... Não vou
fazer isso... Você vai aproveitar o evento para me criticar, inventar falácias,
propagar que estou usando dinheiro público para construir estádios de futebol,
vai incentivar manifestações nas ruas... Repartições públicas serão depredadas, estabelecimentos particulares invadidos e destruídos, pessoas poderão perder a vida...
Querido governo – disse a mídia – Se eu usar o
evento para lhe derrubar, estarei prejudicando a mim mesmo. Afinal, meu público
não anda muito satisfeito comigo, sou vítima de severas críticas e eu perderia a possibilidade de
reconhecimento mundial com a venda dos meus produtos. Ora, que lógica teria isso?
Depois de um momento de reflexão, o governo
convencido das argumentações da mídia, concordou em buscar meios para ser o país sede da Copa.
Uma vez escolhido, o governo junto com a iniciativa
privada, passou a executar um plano de obras. Construção de estádios, obras de
mobilidade, reformas em aeroportos... Arrumar a casa para receber os visitantes
em junho de 2014.
A mídia aproveitou e passou a exercer pressão contra
o governo. A criticar o gasto de dinheiro público sugerindo a seu público que o
governo estaria usando dinheiro de áreas essenciais para sociedade, em estádios
de futebol.
A mídia usa todos os meios, principalmente seus “formadores de opinião”, a pedir mais manifestação em 2014, mais
quebra-quebra, mais desordem... Contra a realização da Copa do Mundo no Brasil.
O governo perguntou a mídia: - Por que você está
fazendo isso? Não vê que nós dois seremos gravemente atingidos? Você disse que não havia lógica
em você usar o evento para me derrubar. Por que está fazendo?
– É minha natureza - respondeu a mídia brasileira.
Essa é
uma adaptação [péssima adaptação por sinal] da fábula: O Escorpião e o sapo. Mas, que poderia exemplificar a posição da mídia brasileira [principalmente],
nesse processo de realização da Copa.
De todos
os setores de serviços do país, com exceção do hoteleiro, aqueles que mais irão
lucrar com a Copa do Mundo são as empresas de mídia, em especial a Rede Globo.
A emissora terá uma oportunidade ímpar em sua história, de apresentar todo seu portfólio
ao mundo. E num momento em que mais as empresas de mídias estão sofrendo com
seu próprio desgaste.
O que
justifica então a campanha da mídia brasileira contra o evento?
Vários, pra não
dizer todos, meios de comunicação da imprensa tradicional, estão pedindo que os
brasileiros voltem às ruas em protestos contra o governo e contra a realização
da Copa.
Eles, na
verdade, tinham certeza que o Brasil não conseguiria, em tempo, realizar um
evento do porte de uma Copa do Mundo. Uma vez que quebraram a cara, agora só
lhes resta a multidão das ruas.
Ainda que
eles próprios venham a ser prejudicados... Ainda que centenas ou milhares de estabelecimentos sejam depredados, saqueados ou destruídos.
- É minha natureza... Diria a mídia brasileira.
Segue abaixo a verdadeira fábula: O escorpião e o sapo.
Um escorpião queria atravessa um rio, mas, não
sabia nadar.
E vendo um sapo que nadava rio abaixo e rio
acima, pediu-lhe:
– Me atravessar esse
rio agitado em tuas costas?
– Você
está louco? Protestou o sapo. – Você me picará enquanto
eu estiver nadando, e me afogarei.
– Querido sapo, respondeu o escorpião – se eu fizer isso e você se
afogar eu iria junto para o
fundo do rio. Ora, que lógica tem isso?
Depois de
um momento de reflexão, o sapo convencido pelo escorpião, concordou em proporcionar-lhe um passeio.
– Sobe,
disse ele.
O
escorpião subiu nas costas do sapo,
e ele se foi pela água.
Achando-se no meio do rio,
quando o escorpião deu-lhe
impiedosa ferroada. Incapacitado
pelo ataque, o sapo foi
para o fundo, levando consigo
seu passageiro. Sem compreender
o porquê dele ter feito aquilo, voltou-se para o escorpião, e disse:
– Por que
você fez isso... Agora morreremos nós dois... Você disse que não havia lógica
em você me picar. Por que o fez?
– Não tem
nada que ver com a lógica, respondeu ele.
– É simplesmente da minha natureza.
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