Após um ano de pandemia, me dei conta da quantidade de profissionais da área hospitalar que conheço.
Não necessariamente diretores de hospitais ou médicos, mas profissionais das áreas de farmácia, enfermagem, limpeza e segurança. Gente da minha classe social, pobre como eu, operários que desempenham toda sorte de serviços nos hospitais de Pernambuco. Gente que não vai esconder fatos ao retratar uma realidade. Pode até exagerar, mas é o "termômetro" da situação.
A todos eles, sejam aqueles que estão na frente da batalha contra o covid19 até o vigilante da portaria do hospital, sempre que os encontro, tenho feito a mesma pergunta: como está a situação no hospital que vc trabalha?
E a resposta que tenho recebido, de todos eles, nos últimos dias é desoladora.
Hoje mesmo fiz essa pergunta a um segurança e uma enfermeira, em momentos diferentes, que trabalham no HOF - Hospital Otávio de Freitas.
"A situação não está nada boa. Hoje morreram de covid19 quatro pessoas. Todos os dias morre gente de covid19 no hospital. Vão abrir outra ala com 40 leitos de UTIs, além da que já existe com 50 leitos. A coisa tá séria! As pessoas não dão conta do que está acontecendo."
E aí, quando vejo eleitores do bolsonaro questionando as mortes e o vírus, incentivando o tratamento precoce à base de cloroquina, eu percebo o quanto nós somos fáceis de ser manipulados.
A verdade está bem clara, mas as pessoas jogam trevas nela e preferem a mentira.
A esses eu peço! Converse com algum trabalhador de hospitais que tratam de covid. Público ou particular, não importa! Peça para que esse profissional lhe conte a realidade do hospital em que trabalha.
Quem sabe assim.
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