Assistindo ao pronunciamento da Presidente Dilma Rousseff, na
cerimônia de sanção do programa Mais Médicos, percebo o quanto é difícil
governar esse país. Pelo menos para um governo de esquerda. Nem mesmo a concretização de medidas que possibilitam
melhorias para população, são aceitas com menor grau de rejeição e críticas. Há sempre um alarido. Posicionamentos que nos deixa boquiabertos. Por mais comprovadas que seja de interesse público, haverá sempre opiniões contrárias e ações de impedimento.
Foi assim com a diminuição da energia. Quem em sã consciência
poderia imaginar que surgiria algum político contrário à proposta de diminuição do
preço da conta de energia? Pois bem! Surgiu não só políticos, como partidos
políticos, setores da imprensa e até mesmo, pessoas comuns da sociedade. Governos estaduais fincaram o pé e não compartilharam a ideia.
Foi assim com a medida provisória dos portos, que tirava das
mãos de “empresários” o monopólio dos portos. Porque não podemos mais deixar
nas mãos de poucos, aquilo que deve pertencer a maioria do povo brasileiro. Mesmo
sabendo que durante décadas, esses “empresários” que administravam os portos,
eram os responsáveis pela burocratização e não modernização do setor, mesmo
assim, surgiu políticos, partidos, setores da imprensa e mais uma vez,
entidades trabalhistas, pessoas comuns da sociedade, contrários a medida.
Aconteceu ontem, com o Leilão da Bacia de Libra. Várias
entidades encaminharam a justiça pedido de cancelamento do leilão. Grupos se
reuniram para protestar contra o evento. Houve confronto com policiais,
destruição de bens públicos, por parte dos manifestantes, e mais uma vez, muita
falta de conhecimento sobre o que estava em jogo. Lá estavam, reunidos contra as
medidas que fortalecem o Brasil, políticos, partidos, setores da imprensa, e
pessoas comuns da sociedade.
No Mais Médicos, a reação de parte de setores da sociedade
contrários ao programa, chamou atenção dos governos. Porque a medida não foi
exclusivamente imposta pelo governo federal. Foi uma solicitação dos prefeitos
dos mais de 5600 municípios espalhados pelo Brasil. A saúde estava um caos,
principalmente pela falta de médicos. Ainda que não tenha nenhuma condição física, ainda assim, nada é mais importante que a presença de um médico. E por mais que o governo explicasse que o Mais Médico era mais que simplesmente trazer médicos estrangeiros, os críticos em seu radicalismo, não aceitavam o programa.
Mas, o que na verdade está por trás da negação, por parte
dos CRMs, CFM, de setores da sociedade, de parte da imprensa, de políticos, de
partidos políticos e de pessoas comuns, ao Mais Médicos?
Medo, inveja, falta de conhecimento (alienação) e maldade,
muita maldade.
Enfim foi sancionado o Mais Médicos. E a imagem que fica é
do médico cubano, Juan, sendo aplaudido de pé, por todos, depois de um justo
pedido de desculpas do governo brasileiro pela recepção desastrosa e
preconceituosa que ele recebeu de “profissionais” de medicina no Ceará.
Até pode ser difícil para um governo de esquerda governar o Brasil, mas, pelo que parece, não é impossível.
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