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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Uma quarta feira morna, na imprensa brasileira



Você se espantaria, caso tomasse a iniciativa de fazer uma análise criteriosa sobre quais os assuntos do dia, estão sendo divulgados nas principais empresas de comunicação do país. 

Essa seria uma forma de perceber o quanto nossa imprensa é  tendenciosa e manipuladora.

Hoje, por exemplo, entre os assuntos nacionais, os dois maiores, os dois mais importantes do dia sem sombra de dúvidas, seriam o prêmio internacional (Nobel) recebido pelo programa Bolsa Família e a pesquisa Vox Popoli, que dá vitória a Dilma em todos os cenários existentes.

Fora essas duas matérias, a imprensa brasileira poderia dá ênfase há outras, também importantes, como:

- a aprovação, finalmente, do programa Mais Médicos, pelo Congresso Nacional. Eles poderiam analisar, as razões que levaram setores da sociedade (inclusive a própria imprensa) a serem contra ao programa.

- a identificação (partidária) dos prefeitos e políticos de Goiás envolvidos no esquema de superfaturamento de medicamentos. Eu tenho interesse em saber o nome, o partido, a vida de todos eles... Imaginar que esses inimigos do povo, chegavam a cobrar 50 reais por um comprimido de 0,20 de real...  Esse é um caso em que deveria ser prioridade da imprensa e da justiça.

- o reconhecimento de gestores da oposição, como ACM Neto (prefeito de Salvador) e Rosalba Ciarlini (governadora do RN), ambos do DEM, sobre o eficiente trabalho executado por Dilma. O ACM chegou a dizer que Dilma está fazendo história e a governadora do RN, contrariando o partido, já expressou seu apoio a reeleição da petista. Por que está ocorrendo isso? A imprensa deveria ajudar a população a entender esse fato.

- debater o sucesso dos livros Privataria Tucana e O Príncipe da Privataria. Eles estão entre os livros mais vendidos do país e são ignorados pela nossa imprensa. 

- investigar, a fundo, o Propinoduto de São Paulo. Mesmo quando apresentam o caso, a mídia demonstra certa conivência. A matéria vem para tentar justificar o ato cometido pelos acusados.

Ao invés tratar os assuntos como deveria, o que se vê na imprensa conservadora é uma constante necessidade de esconder fatos que valorizem o governo federal e critica-lo, acima de tudo. Por outro lado, mascaram reportagem que possam prejudicar os políticos dos partidos da direita e os valorizam, em cima de tudo.

Numa rápida passagem pelos sites dos grandes veículos se vê, nada mais, que agruras midiáticas contra os desafetos da imprensa:

- Ela trás, por exemplo, uma matéria afirmando que Dilma multiplicou viagens e entregou casas sem água e luz. Se eu não tivesse casa, bem que aceitaria (de bom grado) uma casa sem água e luz.

- Sobre os Black Blocs, a imprensa já os classificou como verdadeiros “bandidos”, mas, o interessante é que ela não se interessa em mostrar quem são eles. Classifica genericamente de vândalos ou bandidos, mas, não mostra quem são os pais, seu poder aquisitivo, sua formação, se de maioria branca ou negra, se morador da favela/morro ou do Leblon... Digo isso, porque a imprensa, assim como a polícia e a justiça, trata diferente, negros ou brancos, pobres ou ricos, moradores do morro ou do asfalto...

- Sobre a economia do país, todos os sites dizem a mesma coisa: o Brasil está na beira de um precipício. Aliás, essa análise econômica que a imprensa brasileira faz, é sempre muito desastrosa. Nunca a economia brasileira vai bem, aos olhos da nossa imprensa.

- Insistem em fazer do Alckmin um herói contemporâneo. Aquele que enfrentou o PCC. A imprensa tem esse negócio de querer criar seus heróis, ou melhor, impor a sociedade heróis criados por ele. Quiseram pintar de herói o Joaquim Barbosa, mas, um herói não gasta noventa mil reais (dinheiro público) em reforma de banheiro... Muito antes, sinalizaram que o herói seria FHC. Também não deu certo, porque mais de 60% da população brasileira olha para o príncipe da privataria com olhar enviesado. Levantaram o Collor a herói, Demóstenes, Eike... Agora é a vez do Alckmin.

Bem... Diante do que a imprensa apresenta hoje em seus sites, é imprescindível concordar com o Lula, quando ele disse ontem na Argentina que “... mídia é partido sem coragem de dizer que é...”

Aliás, sobre Lula, o maior inimigo da imprensa brasileira, ela continua insistindo que ele é o chefe do mensalão.

Putz grila!

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