Para os que acreditavam que Marina Silva estava prestes a
criar um partido político diferenciado, com sólidos fundamentos éticos, acima
de qualquer outro partido e, de repente, saber de sua filiação ao PSB, um partido
convencional, como os outros, “contaminado” pela luxúria do poder, certamente
foi uma surpresa.
Havia várias opções para Marina Silva. À sua disposição
estava o PV, PMN, os PROS e os CONTRAS.
A princípio foi divulgada a
possibilidade dela se filiar ao PEN – Partido Ecológico Nacional – aquele que é
administrado por uma família. O presidente do PEN empregou esposa, filho,
cunhado, primo, irmão, família inteira na condução do partido. Impressiona imaginar que quinhentos
mil brasileiros assinaram ata de criação de um partido que favorecesse uma
única família. Assim como o Partido Verde, o interesse do PEN com a natureza,
ecologia, meio ambiente, é zero! A não ser a proteção da Garoupa, da Onça
Pintada e do Mico Leão Dourado, impressos nas cédulas de cem, cinqüenta e vinte
reais, respectivamente. Seria inacreditável ver Marina Silva, num partido de aluguel, que serve
apenas de moeda de troca. E utiliza a verba partidária (que tem direito), ao seu bel-prazer. Marina não combina com isso. Vai de encontro ao seu discurso ético.
Depois a imprensa sugeriu que o ideal seria ela se filiar ao PPS. Mas a
ação de cooptação desastrosa e
desesperadora , que não conseguiu atrair o Serra, também não satisfez a Marina.
Há quem diga que para o PPS é o começo do fim. Para outros, o fim do partido de
Roberto Freire, já teve seu começo muito antes desses fatos. A imprensa alimentava
essa possibilidade, por meio de seus “formadores
de opinião”. Velha mania que eles têm em ditar as regras da política, da justiça e da sociedade. Eles, os formadores de opinião da grande imprensa, sonhavam com uma coligação
entre Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PPS). Essa era a aliança dos sonhos dos barões da
imprensa. Agora, imaginar Marina no mesmo partido de Freire e sendo vice de
Aécio, essa sim, seria a maior surpresa da história política brasileira.
A chapa Aécio X Marina, a "menina dos olhos" dos barões da imprensa, seria a grande chance de
tirar os “Petralhas” do poder e acabar, de uma vez por todas, com essa mancha
que existe nos tucanos, de governar para a elite, para os mais ricos da
população brasileira. Interessante foi a decepção dos poderosos da mídia, com a
notícia da filiação de Marina ao partido do governar de Pernambuco. O Bonner e
a Poeta, ao dar a notícia no JN, parecia tratar de uma nota fúnebre.
A "grobu" não quer Eduardo Campos e nem nunca quis Marina
Silva. O único candidato que interessa a grobu, é o tucano Aécio Neves. Só ele, pelo que parece, corresponderá aos objetivos propostos pelos barões da mídia.
Com a chegada de Marina ao PSB, Eduardo Campos conseguiu um
feito extraordinário. A adesão de Marina Silva ao partido proporcionou, logo de imediato a Eduardo Campos,
visibilidade nacional com muita publicidade da sua imagem. Hoje, o neto de Arraes,
passou a ser mais conhecido nacionalmente. Isso não significa que as intenções
de voto (os 20% nas pesquisas) em Marina, seja automaticamente transferidos
para o governador de Pernambuco. Até porque, muitos dos vinte milhões de
eleitores que votaram em Marina na eleição de 2010, não a seguirão. Pelo seu discurso, esperava-se neutralidade, uma vez que o Rede Sustentabilidade não passou. Em todo caso, foi a decisão menos decepcionante para seus eleitores.
O que devemos esperar para os próximos capítulos desse
processo eleitoral é se Eduardo Campos cederá sua vaga, de candidato a presidência,
a Marina Silva, uma vez que ela está em segundo lugar nas pesquisas.
Pelo que demonstra, o governador de Pernambuco, pela ganância de poder que ele tem, essa
possibilidade está descartada.
Se isso ocorrer, aí sim, será uma surpresa.
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