No domingo dia 03 de novembro, o Jornal do Comércio, trouxe
em sua capa a matéria: No Recife, infância perdida na lama e no lixo. O jornal
nos inquietou com fotos e imagens que a gente faz questão de acreditar não fazer
parte da realidade do nosso país.
A sociedade brasileira, tão autossuficiente,
sexta economia do mundo, um dos maiores da agricultura mundial, simplesmente
fecha os olhos pra uma realidade ainda muito presente nos nossos dias.
Confesso que não acreditei quando vi as fotos, que por
sinal, já são merecedoras de receber o Prêmio Pulitzer, tamanha a importância que
ela traduz para todos nós brasileiros.
Uma nação que foi às ruas, que ainda
está nas ruas, reivindicando direitos mínimos, como o acesso gratuito ao transporte
urbano, melhores condições nas áreas da educação e da saúde, entre outras coisas, se depara com cenas que nos faz repensar sobre o papel das lideranças locais, gerentes públicos mais próximos de nós, no processo de melhoria das condições sociais do nosso povo.
Mas, nada do que foi alvo das manifestações se assemelha a
isso! Não nos damos conta de que há danos sociais muito mais vexatórios e complexos que os 0,20 centavos de aumento das passagens de ônibus.
Crianças trabalhando no mais cruel de todos os ofícios, mergulhando num canal poluído de toda qualidade de lixo, para buscar latinhas de
alumínio de refrigerante e cerveja.
Essa cena lastimável acontecido bem perto de nós. Aqui em
Recife – PE, no canal do Arruda, periferia da capital pernambucana.
Mas, prezados leitores, existe uma razão pra isso está acontecendo.
É que na cidade de Recife não existe conselho tutelar, não
tem órgão de apoio a criança, não tem vereadores, não tem prefeito. Em
Pernambuco não existe Ministério Público, deputados estaduais e nem governador.
As autoridades fecham os olhos para aquilo que os agride.
O poder público "tem mais o que fazer, do que está preocupado com crianças do canal do Arruda". Afinal, não é pra isso que eles foram eleitos.
É nessas horas, que nos perguntamos: pra que servem, os
vereadores das nossas cidades? Qual a função do MP? O que estão fazendo as pessoas que estão à frente das instituições de apoio à criança e a
juventude?
A falta de caráter de alguns gestores públicos nos faz sentir vergonha.
Ver matéria completa: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2013/11/02/no-recife-infancia-perdida-na-lama-e-no-lixo-103887.php
Um comentário:
Absurdo, Geraldo Júlio!
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