Em Pernambuco existem três jornais de grande circulação: o
Jornal do Comércio, a Folha de PE e o Diário de PE. Esse último está fazendo
hoje 188 anos e vive um triste momento de sua história, no que se refere ao
grau de parcialidade.
Todo veículo de comunicação tem seu grau de parcialidade.
Nenhum é totalmente imparcial. Todos se deixam comprar. O que mais existe em
jornais e revistas, são matérias pagas.
Homens públicos, políticos e empresários, costumam ser capa de revistas, em matérias que não precisamos fazer muito esforço para perceber que foram compradas.
Essa relação entre imprensa e poder é muito próxima e duvidosa.
Há amizade siamesa entre “jornalistas” e políticos, ou entre aqueles e homens públicos
ligados ao poder.
A imprensa se ver como o próprio poder.
O Diário de PE, nesse ponto, não difere dos demais. Cumpre
as ordens impostas pelos que ocupam o poder político e midiático, pois sofre influencia dos barões da mídia do sul e sudeste.
Não precisamos fazer
muito esforço também, para perceber a posição que o jornalismo do Diário de PE decidiu
defender nesse início de campanha eleitoral. Basta folhear as páginas do jornal e logo percebe-se.
De uma forma vergonhosa para os padrões atuais, porque a cada dia diminui a venda de jornais no Brasil e os magnatas da mídia nem se dão conta do por quê, o jornal Diário de PE escolheu um lado pra bater e um outro pra apoiar cegamente. Ele incorporou
às suas páginas, o antiDilma. Ação essa já tão escancarada pelos jornais do sul do país.
Numa
versão regional, o Diário de PE se mostra atrelado aos objetivos da Grande
Imprensa, que é atingir o governo da presidente Dilma Rousseff, em detrimento do
seu passado e da sua história.
Não se faz 188 anos por acaso! Vale à pena escolher bandeiras políticas, se "enrabichar" por esse ou por aquele político, defender projetos partidários? Não para um veículo de imprensa.
Algo que os barões da imprensa não se importam em saber é
que nos dias atuais, o que mais afasta os leitores de seus jornais e revistas,
os ouvintes e telespectadores de seus "rádios e teles jornais", é a percepção de que o veículo
em questão, esteja mentindo.
Essa sensação de que “estão achando que
somos bobos e que não raciocinamos”.
O leitor não é uma ameba!
Ao folhear o Diário de PE, percebe uma má vontade com a notícia.
Quando o assunto é referente a Dilma, existe sempre adjetivos que menospreza,
ridiculariza e põe em dúvida. A própria imagem da Presidenta divulgada nas matérias, passam uma ideia de uma mulher autoritária ou em depressão, amargurada, triste. Quando se refere aos demais presidenciáveis, a matéria
fica mais iluminada, edifica o personagem, valoriza suas palavras, escolhem-se as melhores imagens, os melhores ângulos.
Hoje, nos 188 anos de existência do Diário de PE, bom seria
que os homens que estão à frente desse patrimônio da notícia nacional e latina
americana, pudessem refletir sobre o quanto pernicioso tem sido as “parcerias”
e os “contratos” com setores da sociedade.
Seria muito bom e oportuno se o Ombudsman do jornal, pudesse perguntar a nós leitores: o que você tem a dizer ao DP?
E antes que me acusem de petralha ou coisa parecida, é preciso deixar claro que esse texto não tem nada a ver com [uma defesa] a Dilma e ao PT. Isso tem a ver com a divulgação da verdade. Todos tem o direito de ser tratado da mesma forma nas páginas de um jornal, até mesmo a Presidenta.
Isso é respeito ao leitor, compromisso com o que é certo, transparência e dignidade. Uma imprensa verdadeira fortalece o alicerce que protege, dignifica, mantém, valoriza e faz crescer a democracia. Que infelizmente a nossa imprensa resolveu jogar no lixo.
Há um desejo entre os leitores desse país, que chega ser uma
utopia. O dia em que possamos ter uma imprensa verdadeira. Capaz de engrandecer a todos nós. Que não tenha vícios e seja livre. Não se venda por preço algum. Que seja o principal instrumento de fortalecimento da
democracia.
E que nos dê orgulho pelo conteúdo de suas páginas.
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