São 13h horas de domingo, 30/06/2013, faltam poucos
minutos para dar início ao jogo entre as seleções da Itália e Uruguai, na
disputa do 3º lugar da Copa das Confederações.
O que chama atenção, assistindo pela
TV, os minutos que antecedem a partida no estádio Fonte Nova, é a quantidade
de cadeiras vazias, principalmente no anel superior do maravilhoso estádio.
A
Arena Fonte Nova certamente é um dos mais bonitos entre os seis estádios apresentados
na competição. Acredito que a FIFA, uma das instituições mais organizadas
do mundo, tenha perdido a possibilidade de proporcionar alegria a jovens
carentes da periferia de Salvador, distribuindo gratuitamente ingressos a crianças,
adolescentes e seus responsáveis para assistir à partida. Imagino a
felicidade de milhares de meninos e meninas, ao se juntarem nessa grandiosa
festa de integração entre os povos, a qual é a Copa das Confederações.
Ser convidado para assistir uma partida da Copa, na Arena
sensacional da Fonte Nova e ainda, entre a Itália e o Uruguai, são coisas que
podem mudar a vida de jovens carentes para sempre. Seria um divisor de águas para
muitos deles.
O esporte, de modo geral, no Brasil, tem uma dívida social
muito grande com os brasileirinhos. É preciso entender a importância de formar,
não apenas atletas, mas, principalmente, torcedores. Só assim, estaremos
formando cidadãos.
As crianças e adolescentes carentes do país sede das copas,
deveriam estar integrados, participando, colaborando com o evento. Muitos deles,
não têm sequer condições de visitar os estádios, por fora! Quanto mais entrar,
sentar e apreciar esse cenário mágico, que é uma partida de Copa do Mundo. A
FIFA deveria saber disso! Um jogo desses, transmitido para todo o mundo, com mais
de três bilhões de pessoas assistindo ao redor do planeta, seria oportuno, se
a FIFA tivesse tido sensibilidade em mudar, quem sabe, o futuro de milhares de
jovens brasileiros.
Numa visão rápida, obtida por meio da transmissão, cerca de
40% dos lugares estão vazios. Seria, portanto, em torno de vinte mil pessoas,
entre crianças, adolescentes e seus respectivos responsáveis, que poderiam estar assistindo ao evento. Tenho certeza de que o prefeito de Salvador disponibilizaria
transporte para atender esse público.
Lamentável!
Não podemos perder as possibilidades desses eventos para colocar um sorriso no rosto de uma criança carente.
Fica aqui a sugestão de que os clubes de futebol e empresas
detentoras do direito de utilização desses estádios, criem um canal de acesso
para que alunos da rede pública possam entrar nesses templos do futebol. Afinal
de contas, se um jogo entre Itália e Uruguai, numa disputa de 3º lugar, de uma
Copa das Confederações, ficam 20 mil cadeiras vazias, imaginem um bahia e Itabuna
(Arena Salvador), náutico e vitória (Arena Pernambuco), fortaleza e o américa
(Arena Ceará).
O que realmente representaria para uma criança ou
adolescente, ir a uma dessas arenas da Copa, não
podemos medir. Mas, a única sensação que temos é a de que seria o começo de uma
mudança de postura dos nossos futuros torcedores.
É isso!
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