segunda-feira, 1 de julho de 2013

A chance perdida pela FIFA de levar ao rosto de crianças e adolescentes da periferia de Salvador, um largo sorriso.



São 13h horas de domingo, 30/06/2013, faltam poucos minutos para dar início ao jogo entre as seleções da Itália e Uruguai, na disputa do 3º lugar da Copa das Confederações. 

O que chama atenção, assistindo pela TV, os minutos que antecedem a partida no estádio Fonte Nova, é a quantidade de cadeiras vazias, principalmente no anel superior do maravilhoso estádio.

A Arena Fonte Nova certamente é um dos mais bonitos entre os seis estádios apresentados na competição. Acredito que a FIFA, uma das instituições mais organizadas do mundo, tenha perdido a possibilidade de proporcionar alegria a jovens carentes da periferia de Salvador, distribuindo gratuitamente ingressos a crianças, adolescentes e seus responsáveis para assistir à partida. Imagino a felicidade de milhares de meninos e meninas, ao se juntarem nessa grandiosa festa de integração entre os povos, a qual é a Copa das Confederações. 

Ser convidado para assistir uma partida da Copa, na Arena sensacional da Fonte Nova e ainda, entre a Itália e o Uruguai, são coisas que podem mudar a vida de jovens carentes para sempre. Seria um divisor de águas para muitos deles. 

O esporte, de modo geral, no Brasil, tem uma dívida social muito grande com os brasileirinhos. É preciso entender a importância de formar, não apenas atletas, mas, principalmente, torcedores. Só assim, estaremos formando cidadãos.

As crianças e adolescentes carentes do país sede das copas, deveriam estar integrados, participando, colaborando com o evento. Muitos deles, não têm sequer condições de visitar os estádios, por fora! Quanto mais entrar, sentar e apreciar esse cenário mágico, que é uma partida de Copa do Mundo. A FIFA deveria saber disso! Um jogo desses, transmitido para todo o mundo, com mais de três bilhões de pessoas assistindo ao redor do planeta, seria oportuno, se a FIFA tivesse tido sensibilidade em mudar, quem sabe, o futuro de milhares de jovens brasileiros.

Numa visão rápida, obtida por meio da transmissão, cerca de 40% dos lugares estão vazios. Seria, portanto, em torno de vinte mil pessoas, entre crianças, adolescentes e seus respectivos responsáveis, que poderiam estar assistindo ao evento. Tenho certeza de que o prefeito de Salvador disponibilizaria transporte para atender esse público. 

Lamentável! 

Não podemos perder as possibilidades desses eventos para colocar um sorriso no rosto de uma criança carente.

Fica aqui a sugestão de que os clubes de futebol e empresas detentoras do direito de utilização desses estádios, criem um canal de acesso para que alunos da rede pública possam entrar nesses templos do futebol. Afinal de contas, se um jogo entre Itália e Uruguai, numa disputa de 3º lugar, de uma Copa das Confederações, ficam 20 mil cadeiras vazias, imaginem um bahia e Itabuna (Arena Salvador), náutico e vitória (Arena Pernambuco), fortaleza e o américa (Arena Ceará).

O que realmente representaria para uma criança ou adolescente, ir a uma dessas arenas da Copa, não podemos medir. Mas, a única sensação que temos é a de que seria o começo de uma mudança de postura dos nossos futuros torcedores.

É isso!

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