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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Um texto escrito em 15/05/2012 – três anos atrás - bem atual



O facebook me fez recordar hoje um texto que publiquei, no meu perfil, há três anos. 

Embora depois de tanto tempo, a importância do assunto e as mudanças que ocorreram na área da educação nos últimos anos, me motivou a publicá-lo no blog, respeitando o máximo possível sua originalidade.

Naquela época eu ainda ouvia a rádio que troca a notícia. 

Foi de tanto ouvir os “jornalistas” e “especialistas” da cbn, entre outros programas jornalísticos, revistas semanais e jornais diários, que passei a sentir ojeriza pela imprensa brasileira. 

Minha repulsa pelo jornalismo tendencioso e terrorista adotado pelos profissionais da "grobu", veja, estadão e folha, me fizeram extinguir do meu dia a dia, qualquer exposição a mídia conservadora. 

"Li em algum canto, não lembro onde", que os assuntos propagados por essa imprensa medíocre que por ventura possam merecer o nosso tempo  e debate, certamente serão alvo de nossa atenção de uma forma ou de outra. Seja por meio dos seus próprios sites de notícias ou através de outros veículos. Sem ser necessário que tenhamos que nos associar a imprensa conservadora, comprar seus produtos, dar-lhes notoriedade e importância.

A imprensa propagada pelas quatro irmãs siamesas ("grobu", veja, estadão e folha), hoje pra mim não tem importância nenhuma. Consigo viver, muito bem, sem saber o que elas estão publicando em seus jornais, jornalões e revistas de fofocas.

Aí está, um texto de três anos atrás, mas, bem atual.


Ouvi uma especialista em educação neste final de semana afirmar na cbn, que o "curso de Pedagogia é preenchido por pessoas das classes mais pobres da sociedade."

São os integrantes da base da pirâmide, dizia ela, que por não caber em outras opções de profissão e formação, tendem a preencher os cursos de pedagogia. 

A especialista, provavelmente, por se achar de uma classe superior, abastada, da elite, buscava responder ao grande hiato educacional verificado no momento atual (naquele momento).

Tiro duas conclusões do relato da “especialista”. Um bom e um ruim:

O bom é que até bem pouco tempo, as áreas ocupadas pela classe pobre, os da base da pirâmide, eram a cozinha da burguesia brasileira, a área de serviço das mansões e apartamentos, eram os porões dos navios, os canaviais, as carvoarias, os tanques de roupas, áreas e setores afins.

Pobre existia pra limpar o tapete por onde a burguesia teria que passar. 

Agora já se fala que os pobres da nação ocupam a maioria das vagas dos cursos superiores de pedagogia. É muito bom saber disso! Embora não seja só isso. 
Ao pobre brasileiro foi dado o direito e, na maioria das vezes, as condições para ele ser Doutor! Não só Pedagogo, mas, Engenheiro, Médico, Cientista ou que ele desejar ser.   

A conclusão ruim, é o estereótipo em torno do assunto. 

A educação brasileira não vai mal devido aos pobres que ingressam na faculdade de pedagogia e sim pelo não investimento por parte dos governos a partir da redemocratização do país. 

O descaso de muitos governos, estaduais e municipais, que não tem investido o que a área da educação precisa. Governadores e prefeitos que burlam as leis orçamentárias ligadas à educação. 

Está ruim porque existem desvios de verbas e superfaturamentos em licitações. Prefeituras que chegam a pagar um sobre-preço às empresas vencedoras de licitação, de mais de 500% do valor real.

Material escolar, merenda, fardamento e tudo mais que possa ser comprado pelo poder público.  Nada escapa a ganância dos políticos corruptos espalhados pelos estados e municípios desse Brasil.

A mudança da educação não se faz do dia pra noite. É preciso quinze a vinte anos de intenso investimento. Que vai desde um salário digno a melhores condições de trabalho, passando por um modelo pedagógico eficiente. 

E é preciso a participação de todos!

Não adianta o governo federal enviar verbas para determinado município, para ser usado na educação, se o gestor municipal as usa para outros fins.

Embora com tanta roubalheira, as condições da educação de hoje é bem melhor que a de antes. Ainda estamos longe de termos uma educação pública de qualidade, mas, o que vem sendo plantado, certamente serão colhidos frutos num futuro próximo.

Os meus filhos tiveram melhores condições de educação pública do que eu tive. Os meus netos, certamente, vivenciarão melhor qualidade de ensino público que seus pais.

Fiquei de certo modo indignado com a análise da “especialista”, a ponto de não guardar seu nome. Afinal, ela não seria a pessoa ideal para uma futura consulta!


Como eu disse: bem atual!

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