“Vem vamos pra rua. Pode vir que a festa é sua. Que o Brasil vai tá gigante. Grande como nunca se viu. Vem vamos com a gente. Vem torcer, bola pra frente. Sai de casa, vem pra rua. Pra maior arquibancada do Brasil”
A letra é parte de uma música do Grupo Rappa, criada para embalar um comercial de automóvel, um ano antes da Copa do Mundo.
Logo virou febre e tomou as ruas sendo usada pelos manifestantes durante os protestos de junho de 2013.
“Vem pra rua”, gritavam eles.
A partir dos primeiros movimentos, a cada dia aumentava a quantidade de brasileiros gritando “Vem pra rua”, conclamando a todos para invadir as grandes avenidas, ruas e praças.
Tirando os excessos, foi algo bonito de se ver. Desde o movimento “Diretas Já” não se via algo tão grandiosamente social.
Era toda a sociedade dizendo basta!
Todos, ao seu modo, protestando contra o que temos de pior numa nação: políticos corruptos, justiça discricionária e uma imprensa medíocre.
Não era apenas pelos R$: 0,20!
Após mais de um ano daquele ato social brasileiro, jamais visto antes, o que realmente adiantou todos aqueles protestos de junho de 2013?
Todo aquele movimento culminou exatamente para os dias de hoje. Foi dito mais de uma vez, por várias pessoas: o Brasil não será mais o mesmo daqui por diante, mas, a forma legal de mudar [de verdade] um país, é pelo voto.
Foi pra reeleger o Geraldo Alckmin governador de São Paulo, o Cássio Cunha Lima, na Paraíba... Levar para o legislativo, políticos como: Jarbas Vasconcelos, Heráclito Fortes, Jereissati, José Serra, Sergio Cabral... Que essa multidão foi as ruas?
Por pouco o José Roberto Arruda, não venceria a disputa para governo de Brasília.
Escolher políticos como Garotinho, Cesar Maia, Bolsonaro, Caiado, Feliciano... Valha-me Deus!
Estamos a ver presidenciáveis, em campanha, dizendo que se forem eleitos fecharão poços do Pre-sal, revisarão os direitos trabalhistas na CLT, darão independência ao BC, aumentarão o desemprego, diminuirão o salário, eliminarão os projetos sociais... E mesmo assim estão sendo escolhidos por 20% a 30% da população, como sendo o melhor para o Brasil?
Quantos, dos que participaram dos protestos de junho de 2013, escolheram votar em Marina ou em Aécio?
Quantos, dos que gritaram “Vem pra rua”, estão cegos a ponto de entregar as rédeas do país a aventureiros direitistas?
Todos têm o direito de escolher seus representantes, mas depois do levante de junho de 2013, era de se esperar um maior zelo por essas escolhas. Afinal, foram escolhas erradas que levaram a população de São Paulo viver um terrível racionamento de água. Dá pra imaginar, o maior estado da federação, sem água?
Após vinte anos de governos tucanos, só agora, depois da seca que assola o Estado, se verificou que faltou realizar obras estruturadoras de armazenamento de água. Um lapso! Esse talvez seja o mais ardiloso crime social cometido por um governo estadual (governos ininterruptos de um só partido) que se tenha conhecimento.
Não vou aqui falar dos desvios do Metrô. Sem metrô o povo passa, mas, sem água...
E mesmo assim... Mesmo depois de todo aquele barulho das manifestações de junho, políticos que deveriam ser esquecidos da população brasileira, estão gozando o direito de governar por mais quatro anos.
Por favor! Não inventem de ir pra rua mais não!
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