Ciente do ódio que setores da imprensa brasileira têm do
político mais popular desse país e do mundo, aquele que a todo momento tem sido
agredido por “colunistas”, “formadores de opinião” e “pensadores”, da mídia
tradicional, fica fácil de imaginar como Mandela seria apresentado ao mundo, se
sua história tivesse ocorrido no Brasil.
Provavelmente ele teria sido tratado, ao longo se sua vida,
como apedeuta, anta, negrinho, inapto, estúpido, enganador, falsário, chefe de
quadrilha, ignorante... E se tivesse nascido no nordeste então...
Mandela traria hoje com sua morte, a alegria para alguns
poucos brasileiros, seguidores de uma mídia falida e cada vez mais doentia.
Muitos estariam nas redes sociais desejando toda maldade possível, em sua “chegada
ao inferno”.
O Brasil se transformou num país em que o ódio de classes
está claramente impregnado nos jornalões e revistas, patrocinados
pelo nosso próprio dinheiro.
Governos favorecem uma imprensa que agride a
sociedade, mentindo, falseando, manipulando a notícia, como se seus leitores,
ouvintes e espectadores, fossem um gado que estivesse sendo açoitado para o
curral.
Vivemos um “apartheid midiático”, onde uma minoria detém o
poder político, econômico, judicial e de certo modo, social.
Enquanto a grande
maioria assiste, sem fazer nenhum alarde, o poder midiático agir conforme seus
interesses.
No Brasil, Mandela provavelmente teria sido encontrado
morto, na prisão. A “segregação midiática” que fragiliza a democracia, empobrece
o debate social e muda a história, negativamente, não deixaria o Mandela ser o
Mandela.
Olha! Ainda bem que o Mandela não nasceu no Brasil!
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