As consequências do voto em bolsonaro trouxe um débito impagável à Democracia brasileira. O pesadelo da administração bolsonarista está longe do fim. Ainda que ele venha ser "impintimado" ou não seja reeleito ao cargo, os estragos causados às estruturas de sustentação do nosso país serão sentidos por longos anos. Órgãos como PGR, PF, STF, AGU, STJ, OAB, MEC, IBAMA, ICMBio, Embrapa, SUS e tantos outros, estão contaminados por um modelo de administração absolutista, onde o que vale são as teorias de um pequeno grupo (olavistas, cristofascistas, "milicianista" e "falsos patriotistas") que tem o bolsonaro no centro. O presidente é uma espécie de catalisador desses grupos negacionistas e radicais conservadores. Tudo converge para o centro desse pesadelo, que se alimenta e fortalece das ações coordenadas de seus membros.
E o resultado é esse gosto amargo de incerteza e desamparo. A impressão é estarmos sem rumo. Ou melhor: andando para trás.
Quando eles disseram que "era preciso fazer do Brasil o que era há 50 anos", eles não estavam brincando.
Agora mesmo assistimos à vergonhosa postura desses dois membros do governo: andré mendonça e augusto aras.
O ministro da AGU e o procurador-geral da República estão a se despir diante da opinião pública, defendendo sem questionar todas as decisões centrais do governo bolsonaro. Inclusive usando o nome de Deus, enfaticamente desvirtuando pareceres jurídicos sobre questões de cultos presenciais.
Achar que ser contra abrir igrejas nesse momento crítico de pandemia significa ser contra a igreja de Jesus Cristo, é um pensamento medieval.
A ideia de que "não há cristianismo sem vida em comunidade" é apelar demais para falta de bom senso das pessoas.
O que vem depois disso? Queimar na fogueira quem for contra fechar igrejas?
Mas, há claramente motivo para tanto o mendonça quanto o aras estarem cegamente defendendo as vontades impostas pelo governo bolsonaro. Os dois batalham para ser o escolhido à próxima vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
O aras e o mendonça sabem que nesse governo, ganha a vaga quem mais conseguir se abaixar e "mostrar a calcinha".
Para quem já tem damares, salles, guedes, nunes marques, aras e mendonca, acreditar que não pode piorar!?
Está "terrivelmente" enganado.
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