Houve um tempo em que ser de extrema esquerda era fazer parte de grupos revolucionários que sequestravam empresários para pedir em troca a liberdade de companheiros presos. Hoje é o bastante fazer qualquer comentário nas redes sociais que valorize ou defenda um programa de governo voltado para os pobres. Pronto (!), já é o suficiente para aparecer quem lhe agrida com jargões do tipo: vai pra Cuba, esquerdopata, petralha, comunista, mortadela, entre outros adjetivos que na visão do agressor, denigre, diminui e fere o já rotulado, inimigo.
O Papa Francisco tem sido vítima desse movimento de extrema direita, que revitaliza muito mais ódio que qualquer outra coisa. O Papa disse: rezemos para que no mundo prevaleçam os programas de desenvolvimento e não aqueles para os armamentos. A partir daí, recebeu todo tipo de críticas.
O ódio cega a tal ponto que seria inimaginável haver críticas a quem defende a paz.
Há exageros de ambos os lados, isso é certo. Mas, os objetivos da extrema esquerda passa pelo social. Ela luta pela diminuição da gritante desigualdade que existe entre ricos e pobres. Calcula-se que 1% dos mais ricos possuam uma fortuna que se somarmos tudo dos demais 99%, ainda assim, não alcança a fortuna dos 1% mais ricos.
Essa desigualdade é a principal causa de tantos conflitos existentes na sociedade brasileira. Há no entanto quem defenda os mais ricos. E não é a extrema esquerda.
Enquanto um lado briga por direito a sobrevivência, a extrema direita briga por privilégios. Pelo direito de não ter que cruzar com os desiguais. A extrema direita quer o direito de viver num mundo só dela. Nada de pobres, negros, índios, gays, nordestinos... Nenhum ser que pense diferente, que ouse desafiar seu espaço. Um espaço que é só dela.
Por isso não há debate civilizado entre os extremistas. A esquerda quer igualdade de benefício e condições sociais. Coisas que a direita jamais aceitará dividir aquilo que é dela, que pertence a ela. Pelo menos é assim que ela pensa.
Esse sentimento de repulsa que os extremistas da direita tem com os chamados grupos de minorias, é observado por toda parte. Nas forças armadas, na justiça, na mídia, na igreja, seja lá onde for, a minoria, os excluídos, estarão sempre lá, atormentando o ideal de vida dos extremistas de direita.
Ambos os lados são alimentados em seus anseios por absorção daquilo que vivem, convivem e compartilham. A extrema esquerda conhece a pobreza, a falta de moradia, o desemprego, a falta de oportunidades, a exclusão social. Por outro lado as mídias conservadoras, por exemplo, altamente direitista, alimentam o ódio da extrema direita ao valorizar a desigualdade social cada vez mais e mais.
O fascismo no Brasil é, de forma contundente, cria da imprensa e da justiça, ambas parciais, que valorizam os mais ricos e perseguem os mais pobres desde sempre.
Quando elas, imprensa e justiça, toma partido, sai em defesa de um determinado grupo político [de direita] em detrimento de um outro grupo político [de esquerda], elas alimentam o ódio de parte da sociedade brasileira.
O fascismo é resultado do ódio da extrema direita. Enquanto ela quer sangue, a extrema esquerda quer vida.
É isso!.
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