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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Dar oportunidade aos municípios que obtiveram o pior IDH para que eles possam sair dessa condição vergonhosa.

Com a apresentação do IDH-M de 2013, fica claro que o Brasil mudou muito nos últimos vinte anos e principalmente nos últimos dez anos. Lamentavelmente, entre os 5560 municípios, ainda existem 30 deles que estão muito abaixo da qualidade esperada por todos nós.

É inadmissível que ainda existam cidades com nível "muito abaixo" de IDH-M no Brasil. Nós somos a 6ª economia mundial e não é aceitável brasileiros viverem em situações subumanas. 


É claro que mesmo os municípios considerados “muito alto” de IDH, certamente possuem problemas para serem solucionados. Mas, um município ser classificado como "muito baixo" no índice de desenvolvimento humano, é muito grave. 

Receber o título "os piores municípios brasileiro dos últimos 20 anos", põe em dúvida o trabalho da classe política em geral, mais precisamente a classe política dessas cidades. 


Prefeitos, vereadores, ministério público, os representantes das casas legislativas estaduais e federal, todos são responsáveis pelos problemas dessas cidades. 

Por que os gestores desses municípios deixaram chegar a esse ponto? Alguém precisa responder. 

Entre os municípios considerados melhores e os piores, há uma distância enorme. São Caetano do Sul em São Paulo obteve nota 0, 862, enquanto Melgaço no Pará obteve nota 0, 418. 


Qual a diferença dos políticos de São Caetano do Sul e Melgaço? 



Não dá pra aceitar que seja natural, que a culpa seja apenas econômica. Não é!

Mesmo assim, com todos os problemas de corrupção que existem no Brasil e principalmente nas Câmaras de Vereadores e Prefeituras, olhando o mapa, veremos que a mudança da situação dos municípios, de 1990 a 2000 e daí até 2010 é perceptível. 




Ocorreu um salto de mudança expressivo de 2000 a 2010.



Agora, se quisermos mudar ainda mais as condições dos municípios brasileiros com pior IDH, é preciso que as instituições públicas, tanto as ligadas ao governo federal, quanto as estaduais, onde esses municípios se encontram, passem a priorizar linhas de financiamento e conclusão de projetos estruturadores que venham mudar e proporcionar melhorias na condição de vida daqueles brasileiros. 

Agora, o mais importante é encontrar respostas!


Não é possível que em vinte anos, a grande maioria de municípios tenha alcançado uma melhoria na qualidade de vida e esses 33, da relação logo abaixo, tenham ficado parados no meio do caminho.


Isso tem cheiro de má gestão. Talvez passando um pente fino nas contas dos gestores e de seus familiares, possamos encontrar as respostas. 

Com a esperança de que possamos em 2020 termos, ainda mais, melhores resultados, espero que prefeitos e vereadores, políticos de todas as esferas, possam entender a grandiosidade que é, trabalhar para melhorar as condições de vida do povo.


Melhoramos, mas, podemos melhora mais!

terça-feira, 30 de julho de 2013

O IDH do Brasil melhorou quase 50% em vinte anos, mas...


A imprensa brasileira não se prende ao lado bom da noticia.

Odiosos do Brasil e do governo que aí está, ela não ver qualidades numa informação, nem mesmo quando propagada por organismos internacionais.

O mundo está olhando para o Brasil com grande admiração! Há dez anos, nossa imprensa vem repassando o pior do nosso país para seu público. De maneira grotesca e enfadonha. Não basta melhorar os IDH em 47,5% em 20 anos (?). Pra ela existe sempre um “mas”.

É esse “mas” que a está afundando, e ela nem se dá conta disso.

A cada dia, mais e mais pessoas estão enojadas com falta de respeito a inteligência do povo brasileiro. Não é que não possa mostrar os problemas do Brasil, não é esse o ponto. É a maneira como está sendo mostrado os problemas brasileiros. 


Por exemplo: o dado mais importante do IDH-M de 2013 não foi divulgado pela imprensa. Em 2010, apenas 35 municípios foram considerados no nível "muito baixo" no Índice de Desenvolvimento Humano.


Essa é uma notícia extraordinária! 

Essa notícia é mais importante que a visita do Papa Francisco, embora a imprensa não se importe em discutir, procurando tratar de questões mais partidárias.
 
No caso do IDH-M percebe-se que, quando o bolo é gostoso, tratam logo em adicionar como responsável (direto) pela receita, também o período do governo de FHC. Quem deveria mostrar a verdade dos fatos sobre os governos, deveria ser a imprensa, mas, a nossa preferi agir como um partido político.

É preciso separar quanto o Brasil melhorou seu IDH no período dos dez anos de governos antes do PT e no período de dez anos do PT. Organismos de alcance mundiais, como os da ONU, mais confiáveis, sem apelo partidário, bem que poderiam nos dá essa resposta. 

Há quem diga que o grande salto no IDH-M do Brasil, foi obra dos governos Lula e Dilma. É preciso confirmar isso, até para poder desligar os holofotes que hoje estão direcionados para “a grande obra realizada por FHC”. 

É preciso saber, quanto desse percentual de 47,5% foi devido aos governos Lula e Dilma, porque se em 1991, 4730 municípios brasileiros tinham um IDH "muito baixo" e em 2010, era apenas 33, seria bom saber em quais governos ocorreu a maior mudança.

Cabe aqui fazer uma conjetura.

“Imagino que a resposta óbvia para essa pergunta, seria que os governos Lula e Dilma contribuíram mais para que o país alcançasse essa grande vitória. Sendo assim, isso só me faz concluir o porquê da medição ter sido realizada, levando em consideração os últimos vinte anos”.

Se setores importantes desse país trabalham com o objetivo de desclassificar o governo petista, por que teriam interesse em separar por decênios, as conquistas do povo brasileiro?

Agindo assim, na contramão do que vem sendo publicado, a imprensa conservadora e seus “formadores de opinião”, foram obrigados a falar sobre os 47,5% de crescimento em 20 anos. Alguns, dando êxito (é claro) aos oito anos do governo de FHC. Numa vergonhosa prova de escárnio e descompromisso com a função de jornalismo.

Uma imprensa que propaga que o Bolsa Família foi uma conquista do governo de FHC, que a ascensão de mais de 40 milhões à classe C foi devido a “estabilidade monetária” implementada pelo governo FHC e portanto, uma imprensa que deu suporte político ao governo de FHC, não me surpreenderá se em 2020, caso os partidos de direita ainda não tiverem conseguido retornar ao poder (espero que não), o IDH seja realizado levando em conta os últimos trinta anos. 

Ou seja, contanto que a imprensa imperialista possa rasgar elogios aos oito anos do governo do FHC.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O que fica da JMJ


Embora eu não possa ficar indiferente a questões importantes que envolvem a igreja católica, questões que ainda precisam ser debatidas, resolvidas e muitas delas jamais esquecidas, é preciso que seja dito que o evento da Jornada Mundial da Juventude realizada no Brasil marcou a todos, pela grandiosidade, pelo recado que os jovens passaram para o mundo e pelo carisma do Papa Francisco.

É claro que casos como o período da inquisição ainda está presente em nossas mentes, assim como os casos de abusos sexuais de crianças e adolescentes, mas, findado a Jornada, ficou uma esperança de que bons tempos estão por vim na igreja de Francisco.

Sua aversão à ostentação, à avareza, à luxúria, à vaidade, pode trazer reflexão profunda, não só para os religiosos, mas, também para homens públicos e pessoas comuns.

A JMJ, que terminou essa semana no Rio de Janeiro, deixou um recado aos jovens do mundo inteiro. A necessidade e a importância deles se aproximarem de Jesus Cristo, não importando onde e como o jovem se encontra, mas, sim(!), quando? E essa resposta foi dada por mais de três milhões de fies na praia de Copacabana: os jovens devem se aproximar de Cristo, hoje! Agora! Já!

Impressionou ver que pelo que foi demonstrado durante a semana, nos eventos da JMJ,  havia jovens de um mês de nascido a 100 anos de idade e até mais de cem anos.

Mas, por que é premente fazer essa aproximação com Cristo? 

Os jovens da Jornada responderam também a essa pergunta.

Basta olhar as imagens da Jornada. Os milhares de jovens que enfrentaram as intempéries, os percalços da organização do evento, o cansaço do corpo, muitos estão longe de casa há meses. Eles não fizeram isso pelo Papa, mas, sim por Cristo.

Fizeram por acreditar que só Ele conforta, só Ele salva, só Ele cura, só Ele nos anima a prosseguir.

Só Jesus Cristo consegue erguer o mais vil pecador. E esses milhares de peregrinos descobriram isso.

A mensagem deixada pela Jornada não é nova. Mas, toma força num mundo repleto de ojeriza, preconceito, maldades, guerras e domínio do homem sobre o homem.

A mensagem da Jornada toma força quando refletida em cima do número de jovens assassinados, na quantidade de pessoas com fome e sede, naqueles que vivem nas ruas.  

Aproximar-se de Cristo, torna-se necessário para humanidade quando dita e processada por mais de três milhões de pessoas no mesmo lugar e num mundo onde ainda há regiões onde não se pode processa a fé Nele.

No dia da chegada do Papa Francisco, em meio ao congestionamento que ele se encontrava, (acho até que foi providencial) publiquei no meu perfil do facebook (Mil ton):


Em meia hora no Brasil, o Papa Francisco já colocou mais pessoas nas ruas do Rio de Janeiro, que o MPL, os anonymous, PT e o PSDB, juntos.
Um provocador esse Papa.

Acho que é essa a visão que tenho do Papa Francisco: um provocador, do bem! 

Há muito está faltando na igreja as discussões sobre os problemas sociais da humanidade. Durante anos a igreja se calou diante das injustiças cometidas por governos, sejam democráticos neoliberais ou ditatoriais. 

A igreja não pode se omitir de buscar solução para conflitos ou problemas ligados diretamente a sociedade. Principalmente aos mais pobres, jovens e velhos.

Francisco disse pra que veio.

Que o mundo possa ter ouvido o recado dos jovens.

Que o mundo ouça Francisco.

Pelo jeito, ele tem muito a dizer a todos nós.

Fala, Francisco!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Mais Médicos – preparação do terreno para chegada dos médicos formados por meio das Cotas Universitárias.


O Brasil sofre com a falta de médicos. Ainda que alguns oportunistas digam o contrário, há carência de profissionais da saúde nas periferias dos grandes centros urbanos e nos rincões espalhados pelo país. Os que falam o contrário disso, certamente, nunca precisaram do SUS. São pessoas que não conhecem a realidade verdadeira do povo brasileiro. Só quem sabe é quem está vivendo essa realidade. Se procurarmos respostas nos lugares certos, veremos que não é apenas a falta de médicos que tem afligido a população. Entre os profissionais que atendem pelo SUS, alguns na verdade, deveriam ser demitidos pelo mau serviço prestados.

A formação médica nesse país sempre foi uma área restrita a classe rica. A maioria dos médicos, até pouco tempo, era proveniente das classes A e B. Isso transformou a profissão numa das mais elitistas do mundo. A altivez dos “quase deuses” passou a ser o traço significativo da maioria dos profissionais da área. A própria história nos mostra o quanto a profissão se enraizou entre os afortunados. Se formos encontrar respostas no passado, veremos que a primeira escola criada em solo brasileiro, foi justamente a Escola de Medicina, no Rio de Janeiro. Entre o fim do século XVII e o início do XVIII, os filhos da burguesia impedidos de viajarem até a Europa para fazer medicina, devido os ataques da tropa de Napoleão Bonaparte, tiveram que se contentar em estudar aqui mesmo, em terras tupiniquins. A construção da escola de medicina se deu exclusivamente por/para esse fim.

Na verdade, médicos brasileiros não gostam de tratar pobre. Embora existam exceções, mas, quando isso acontece, na maioria das vezes, vem como um “sacerdócio” ou uma ajuda humanitária ou ainda, um emprego temporário. O negócio do médico brasileiro não é está em postos de saúde da periferia, tratando de moradores de favelas ou de morros. Moradores de rua? Nem pensar!

A ideia que temos do médico comprometido em salvar vidas, ainda que esteja enfrentando adversidades, não faz mais parte do imaginário popular. O descaso com a saúde tem como principal entrave o perfil do paciente. Atendimentos a pobres, negros e desempregados, geralmente ocorrem com muitas dificuldades. 

A falta de medicamentos, leitos e hospitais, não é mais importante que a falta do principal personagem dessa emblemática discussão que tem tomado os noticiários nas últimas semanas. O médico é fundamental nesse processo. Ele é essencial, ainda que falte tudo! De que adiantaria um hospital super equipado, sem médicos!

É justamente para suprir essa demanda, onde se encaixa a adoção das Cotas Universitárias, que forneceu condições para que os filhos da classe pobre,  pudessem ingressar também nos cursos de medicina. Em mais alguns anos, o Brasil receberá uma leva de profissionais de medicina oriundos de favelas e morros. Com isso, o governo disporá de mecanismos e condições para receber esses profissionais, que, diga-se de passagem, a iniciativa privada não vai querer contratar. Com isso, não estou pondo em dúvida a formação médica e a capacidade de execução da função dos negros e pobres formandos em medicina, chamo a atenção, na verdade, para uma prática que acontece no Brasil, desde seu descobrimento, onde valor só tem quem é burguês.

A formação desses novos profissionais dará uma cara nova no atendimento médico, principalmente no atendimento médico para os mais pobres. Os médicos vindos das classes pobres, sabem a realidade do povo da periferia por eles próprios terem sido de lá. Com as Cotas, o governo além de socializar as Universidades, colocando os filhos do gari, do motorista de táxi, da empregada doméstica, na mesma sala de aula do filho do empresário, conseguiu preparar o mercado com o "Mais Médicos" para receber, em breve, os profissionais de saúde (negros e pobres) que estarão concluindo o curso de medicina, nos próximos anos.

A questão é: a elite vai deixar isso acontecer?

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Parabéns Galo!


Descontente com o futebol brasileiro na atualidade, tenho me privado de acompanhar campeonatos aos quais tenham a participação de equipes nacionais. As brigas de torcidas, a recepção dada aos torcedores pela polícia nos estádios (quase sempre em meio a tapas e pontapés), o nível técnico baixo do futebol apresentado, são os principais motivos do meu desinteresse pelos campeonatos brasileiros. 


Mas, nas últimas quatro partidas do Atlético Mineiro na Copa Libertadores, me rendi ao que há de mais sublime nos esportes coletivos. A vontade incontestável de vencer estava no semblante de cada atleta. O objetivo do grupo estava claro: vencer! 

O Galo foi espetacular na sua busca!  


Por duas vezes, na semifinal e na final, precisando fazer dois gols nos adversários, o time do Ronaldinho gaúcho me deu a certeza de que, vale a pena ACREDITAR.  O Atlético Mineiro conseguiu me emocionar como há muito tempo não acontecia, assistindo a uma partida de futebol. Essa equipe me fez confiar mais uma vez no maravilhoso e maior espetáculo da terra.

Há lições que podem ser tiradas desses quatros jogos.  Qualquer empresa poderá utilizar essa conquista em suas palestras motivacionais. Temas como: a determinação da equipe foi fundamental para o sucesso, existe sempre a possibilidade de se reverter uma situação negativa, são alguns temas que podem ser abordados.

Mas, o que é preciso pra vencer? Acreditar, é base de toda a vitória.

A atenção do grupo, o senso de responsabilidade e equilíbrio da equipe, tudo isso foi determinante para conquista. Assim, nas duas últimas quartas feiras, não importaria qual fosse o adversário, poderia vir o Newells Old Boys, o Olímpia, o Real Madri ou Barcelona. O Galo, o venceria nos pênaltis. Por que esse foi o objetivo de uma equipe de futebol que entrou para a história e para vida de muita gente. Inclusive a minha.

Parabéns Galo!
Parabéns Atlético Mineiro!
Obrigado, por me fazer acreditar novamente.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O isolamento de Dilma?



A presidente Dilma Rousseff tem encontrado problemas na condução dos projetos que precisam ser votados no Congresso Nacional. O estilo duro da presidente leva deputados e senadores, acostumados com práticas antidemocráticas e não muito civilizadas, a não votarem as propostas importantes para melhorar a vida do povo brasileiro. O Congresso há muito tempo, se transformou num enorme balcão de negócios. Dezenas de empresários e lobistas circulam livremente no plenário, tratando de questões estritamente de interesses particulares com os senhores parlamentares.

Ao longo dos anos, verificou-se a falta de compromisso por parte dos parlamentares, no que se refere as necessidades e solicitações do povo. As casas legislativas, de todas as esferas governamentais, investem mais em causas próprias, dos seus membros, apadrinhados e amigos empresários. Só pra se ter uma ideia, segundo a Revista Isto É, dessa semana, o custo mensal de um deputado em 1986 equivalia a 33 salários mínimos. Hoje são precisos 203 salários mínimos mensais, para manter cada parlamentar no Congresso Nacional na “árdua” missão de legislar suas próprias causas.

Há problemas nos poderes executivos e judiciários por todo o país. Mas, os grandes responsáveis pelas mazelas da corrupção no Brasil estão nas casas legislativas.

Acostumados com a política do “toma lá dá cá”, parlamentares tem pressionado a presidenta Dilma, tomando posição contrária as solicitações enviadas pelo executivo. Um exemplo, mais que oportuno lembrar, foi a votação da PEC dos portos. Mesmo sendo uma proposta, dita por vários especialistas, capaz de mudar a caótica situação dos portos brasileiros, melhorando o fluxo de mercadorias, aumentando a capacidade de logística do país, mesmo com todas as vantagens da Proposta de Emenda Constitucional, vários deputados e senadores foram contrários a proposta. Partidos políticos, inteiros, votaram contra.

O caso da redução da conta de luz foi outro momento emblemático na relação entre a presidente e o Congresso Nacional. E que devemos levar em conta nas próximas eleições. Partidos políticos, governadores de estado e parlamentares, foram contra a redução da conta de energia, em decorrência de interesses de contratos celebrados a dez ou quinze anos, com concessionárias de energias, os quais em nada favoreciam o país e o povo brasileiro. 

Pra muitos políticos, interesses de empresários se sobressaem aos interesses dos eleitores, do povo e do Brasil.

Agora estamos diante da negação de alguns partidos e políticos ao projeto “Mais Médicos”. O mesmo discurso proferido contra o ENEM, as Cotas Universitárias, o Bolsa Família, estão sendo novamente inflamados na tribuna do Senado e da Câmara. Políticos que nunca tiveram o incômodo de precisar de um atendimento médico no SUS, nunca precisaram ter que esperar seis meses ou um ano, para ser atendido num posto de saúde ou hospital público, são esses mesmos políticos que se dizem contra a proposta do Mais Médicos. 

Outro assunto que tem sido alvo dos parlamentares é a necessidade da redução dos 39 ministérios de Dilma. Sobre esse assunto eu já escrevi em:


 “... Microempresa, Cidades, Política para as mulheres, Igualdade racial, Pesca e aqüicultura, Desenvolvimento agrário e Aviação civil. Todas elas estão diretamente ligadas a uma parcela da sociedade que fora, durante séculos, excluída dos projetos do Brasil. Todas as novas secretarias estão ligadas a classe pobre que, nos últimos dez anos, ascendeu à classe média...”

Cada país tem o Congresso que merece. No caso do Brasil, a oposição ferrenha ao governo Dilma, está dentro do congresso e principalmente fora dele. Uma parcela significante da imprensa conservadora, faz jus a definição de partido de imprensa golpista (PIG), tão escancaradamente propagado pela blogosfera. 

Como se não bastasse tudo isso, ainda tem o “fogo amigo!”. Há ministros, deputados e senadores da própria base governista, até mesmo do próprio PT, que insistem em fazer pose para as câmeras dessa mesma imprensa, que sofre de dupla personalidade (imprensa e partido político). Essa busca pelo microfone do PIG, travada por muitos parlamentares, faz com que homens públicos se percam ainda mais, se distanciando do objetivo pelo qual foi eleito.

O governador do Rio de Janeiro, por exemplo, está pagando um preço talvez maior do que ele deva, por ter tentado agradar essa mesma imprensa. Sergio Cabral andava muito preocupado sobre “como a imprensa brasileira lhe via”. O resultado é que não há um dia sequer, em que o governador não seja enxovalhado  pela imprensa que ele quis agradar. Quer saber: bem feito!

Político não tem que ficar querendo agradar a imprensa! Não tem que está sendo “pau mandado” de empresário, lobista, bicheiro, bandido, vigarista ou vagabundos “colunistas” de revistas e jornais! Político tem que ficar atento aos clamores das ruas, aos pedidos do povo, as necessidades do país. É nesse ponto, em que Dilma se diferencia da maioria dos políticos em atividade.

Dilma não tem associação com o mal feito, com a corrupção, com o que favoreça mais/apenas os ricos. Dilma, pelo que parece, não está preocupada em agradar a imprensa. O compromisso do governo Dilma é, principalmente, com a diminuição do grande hiato da desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres. Talvez seja por isso, a grande perseguição que ela tem sido vítima e a quebra do compromisso com o povo e com o país, ao qual alguns políticos e até partidos políticos, tem demonstrado.

Um presidente deve ser punido por querer melhorar a vida do seu povo, principalmente, dos mais pobres? 

Essa aliás, é a marca dos anos de governo do PT. Desde a gestão de Lula em 2003, a maioria das PECs, projetos, ações governamentais, tiveram como “pano de fundo” o objetivo claro em atender os mais necessitados. É claro que existe políticos, empresários colunistas, que "não sabem" da existência de pobres no Brasil. Muitos desconhecem essa realidade! Mas, Dilma, não.Pra ela, pelo que demonstra, isso é mais que um compromisso! Esse sentimento de Brasil, a capacidade de entender as necessidades e a empatia com o povo, são traços nítidos da presidente Dilma, que infelizmente não contagia a todos os políticos do Congresso Nacional.    

Fazer o que?