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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Comete-se crime por fazer a coisa certa?


Edward Snowden é ao mesmo tempo, herói e bandido. 

Ao divulgar a ação nefasta e antidemocrática, executada contra americanos e cidadãos do mundo, na qual tinha como objetivo o monitoramento da vida particular das pessoas por meio da internet, Snowden, conseguiu mostrar a outra face do governo americano, que embora o mundo conheça, nunca esteve tão exposta como agora.

A face do governo sem escrúpulos, movido sem razão e enxergando só o que na verdade para eles importa, que é seus próprios interesses. Um governo que se coloca como “centro do mundo”, numa visão exclusivamente individualista. Todas as nações devem aos EUA respeito e obediência!? Pra isso, na visão deles, tudo é válido. Criar prisões americanas fora do seu território, montar base militar ao redor do mundo em terras de países pobres, ter acesso ao conteúdo que até pessoas comuns digitam na internet.

Todas essas ações do governo americano, são só detalhes! Aos EUA é dado o direito de fazer tudo, ainda que possa vir a prejudicar cidadãos comuns, de dentro e de fora dos EUA.

Snowden, contrariando todas as regras de segurança imposta pelo governo americano aos seus funcionários, divulgou informações sobre o programa de “bisbilhotagem” do tio sam. 

Certamente, se tivesse ocorrido em outro país, a ONU pediria explicações e já teria determinado sanções contra o país agressor. Aliás, essa é a palavra que cabe bem sobre esse ato, AGRESSÃO. 

Foi uma agressão à integridade e a liberdade de expressão das pessoas. Só pra se ter uma ideia, o que o governo americano fez, foi tão grave, que feriu diretamente a própria Constituição Americana. A mais antiga democracia do mundo, abalada por um ato fascista de um governo que se intitula “guardião dos direitos individuais e coletivos dos povos do mundo”. Quanta ironia.

A caça ao Edward Snowden tem produzido muita “saia justa” na diplomacia mundial. Vivendo num espaço reduzido num aeroporto da Rússia, ele é pessoa “não grata” entre os governos do mundo inteiro. Nenhum governo deseja dá-lhe abrigo e ter que enfrentar o poder norte americano. A fúria do governo de Obama, se materializou no episódio que envolveu o presidente da Bolívia. Proibido de entrar no espaço aéreo da França, Portugal, Espanha e Itália, o avião presidencial de Evo Morales, teve que fazer uma escala forçada na Áustria, porque havia suspeita (do setor de inteligência norte americano) que o cidadão mais procurado, o “bandido mais perigoso do mundo”, estivesse escondido no avião do presidente da Bolívia.


Putz Grila!
 
Esse episódio, do presidente boliviano, trouxe a tona algo surpreendente. Graças ao super herói Edward Snowden, o mundo tomou conhecimento da falta de legitimidade dos governos de países da Europa. Ficou claro que França, Itália, Portugal e Espanha, são na verdade, governos subservientes aos EUA. Claro que essa postura nada tem a ver com o povo desses países. São os seus respectivos líderes que estão devendo uma resposta a seus governados, aos norteamericanos, ao Presidente da Bolívia e ao Edward Snowden.

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