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terça-feira, 31 de março de 2015

A briga entre dois maus-caracteres


Quando dois maus-caracteres resolvem brigar, pode ter certeza, os podres dos dois serão jogados no ventilador e vai ser M#@%* pra todo lado.

O ronaldo caiado resolveu dar resposta ao demóstenes torres.

Vamos ver até onde isso vai dar!👇

Apenas mais um bandido que enfrento

"O comportamento do ex-senador Demóstenes Torres é típico de um psicopata. Cassado pelos seus pares, em seus momentos de alucinação, por não suportar a sua derrocada política e moral, ele tenta lançar mentiras contra mim. Pela fama que tem de montar dossiês, de perseguir e ameaçar as pessoas, até como fonte de manutenção de seus gastos faraônicos, acha que esse expediente vai funcionar comigo. Nessa moita que Demóstenes está escondido, não tem nenhum leão, apenas ratos.

Todos me aconselharam a não polemizar com um corrupto, mau-caráter, sem credibilidade, cheio de mágoas por ter sido flagrado num esquema que envergonhou Goiás e o Brasil. Mas minha formação é diferente. Sou preparado e acostumado a enfrentar bandidos. Até com mais determinação que o debate das teses políticas. Enfrentar o canalha Demóstenes será mais um capítulo de minha vida.

Nunca fui sustentado por Carlinhos Cachoeira nem fui de seu círculo de amizades. Sou um homem desencabrestado. Como médico, atendi um filho dele a pedido de Demóstenes. A criança, que possuía uma displasia, foi a meu encontro acompanhada apenas de sua mãe, ex-mulher de Cachoeira. Encaminhei o paciente para o professor Carlos Giesta, especialista nesse assunto.

Se tem um papel a que nunca me prestei foi de intermediário. Essas mentiras de que intermediei contatos para o senador José Agripino são descabidas e sem sentido. Até porque de Detran quem entende é Demóstenes e sua turma. Sobre não dar direito à dúvida no caso de Demóstenes, vou relembrar alguns fatos ao senador cassado. Quando estourou o seu escândalo, fiz todos os contatos com Demóstenes buscando explicações. Me lembro bem de uma passagem, ocorrida numa quarta-feira à tarde, quando foi dado conhecimento que as gravações viriam à tona. Na quinta-feira pela manhã, na reunião da Executiva do partido, chamei Demóstenes para conversar. E ele me pediu para irmos ao seu gabinete. Lá, com as lágrimas escorrendo, falou que, por ter brigado com o ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel, ele estava sendo colocado nesse escândalo. Ao enxugar o rosto, Demóstenes disse para me afastar, para não defendê-lo, "para não me meter nisso", porque, com as gravações, ele e Marconi Perillo não poderiam ser salvos. Depois disso, estive em seu apartamento funcional e em sua casa em Goiânia. Foi quando veio à tona a publicação pela imprensa das gravações, não dando a ele a menor condição de permanecer no partido, sendo obrigado a se desfiliar.

Em relação às minhas campanhas, que Demóstenes torne público onde Carlos Cachoeira teria participação. Os dados estão divulgados para quem quiser conferir. Ameaça, Demóstenes, é coisa de bandido. Torne público o que você diz ter contra mim. O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), fez questão de, publicamente, no Restaurante da Câmara, na presença de vários colegas, dizer que ele e sua equipe ouviram atentamente 250 mil horas de gravação e que não tinha nada que me desabonasse. E completou dizendo que, dada a minha ligação com o Demóstenes, achava que eu estaria envolvido.

Eurípedes Barsanulfo, amigo de meu pai, tem o hábito de jogar, mas eu jamais soube da participação dele em esquema de caça-níqueis. Não acredito que ele tenha envolvimento com isso. Demóstenes mente porque sabe que eu jamais poderia ter interferido num assunto que eu sempre enfrentei com coragem. Já que ele toca no assunto, Barsanulfo me disse recentemente duas histórias que eu até então não sabia. Uma que o delegado Marcos Martins, armado, entrou na sala de Demóstenes, então secretário de Segurança Pública, para surrá-lo. Foi Barsanulfo que o tirou da sala impedindo uma tragédia. Assim como o seu suplente, José Eduardo Fleury, ameaçava denunciar Demóstenes, foi Eurípedes, a pedido do então senador, que contornou os problemas e não deixou que levasse a denúncia adiante.

Há vários anos passo o Réveillon na companhia de Carlos Suarez, meu amigo e padrinho de minha filha caçula, que há anos não faz mais parte da OAS. Nossas esposas são amigas fraternas, desde a infância na Bahia. Sempre vivi com meu trabalho de médico e produtor rural. Na minha casa, meus gastos são pagos por mim. Os vinhos que sirvo estão de acordo com o poder aquisitivo que tenho para comprá-los. Não sou financiado e nem sustentado por terceiros. Não mudei meu estilo de vida porque me elegi deputado e depois senador da República.

No corredor do Jerivá, não existiu qualquer encontro. Simplesmente nos cruzamos casualmente naquele restaurante.

Além de psicopata, Demóstenes é mal-agradecido. Estive em toda a sua campanha de 2006, até quando ele abandonou uma carreata em Cristalina, porque as pesquisas indicavam que não teria mais chances vencer. Demóstenes me disse para continuar a campanha porque ele já estava derrotado. Bateu em retirada. Em 2010, Demóstenes fez chantagem emocional para se aliar a Marconi e avalizou o nome de José Eliton para a vice. Um grande negócio para eles, conforme a operação Monte Carlo revelou.

Tenho 65 anos de idade e posso andar de cabeça erguida em todos os lugares do País, com coragem de enfrentar meus opositores. Nas manifestações do dia 15 de março, estava em São Paulo me recuperando de uma cirurgia. No dia 12 de abril, estarei em Goiânia, em praça pública. E você, Demóstenes? Estará trancafiado.

Em relação ao dossiê da Carta Capital, Demóstenes não precisa criar essas ilações. Não sou homem de fazer esse jogo, sempre joguei limpo. Tenho essa característica. Na minha vida, as cicatrizes são no peito por enfrentar os adversários de frente. Não sou como Demóstenes, fugitivo e subserviente a seus patrões. Quanto ao final do artigo de Demóstenes, dizendo que eu me calasse e que ele não se furtará a continuar essa briga, me alegra em saber que nesse momento ele está tomado dessa "coragem". Uma pena que não tenha durado uma manhã. Hoje já disparou ligações a políticos, entre eles, o deputado José Nelto, pedindo para que eles não entrassem nessa briga. Fique tranquilo, bicheiro. Essa briga é entre nós dois."
Ronaldo Caiado, senador pelo Democratas de Goiás

E o troféu A Pessoa de Hoje, vai para: Demóstenes Torres


Hoje estou me sentindo regozijado. 

Ao ler o texto de demóstenes torres, tratando de assuntos relevantes, sobre [ou seria melhor dizer] CONTRA caiado, agripino e perillo, tive uma sensação de que os ventos, finalmente, passaram a soprar a favor da verdade.

Não nutro nenhuma admiração por demóstenes, mas, não posso deixar de admirar um homem quando ele resolve ser honesto e falar a verdade. Ainda que este homem seja um mau caráter como demóstenes torres.

O que dizer de uma pessoa que consegue chegar ao Senado Federal, representante de um Estado da Federação, e mesmo assim, resolve se vender. Prefere, de ser a voz de um povo a ser um office boy de um bicheiro. Um homem que não honrou os votos que lhes foram confiados. Que escolheu ser um "lambe-botas" de um contraventor do jogo do bicho.

Mas hoje demóstenes conseguiu dar exemplo de honradez! 

Confesso que jamais imaginei reconhecê-lo como uma pessoa digna. Não depois de tudo aquilo que ele protagonizou no Senado. 

Mas, com esse texto, publicado nesta terça no Diário da Manhã, ele conseguiu fazer com quê passássemos a olhá-lo de forma diferente.

O ex paladino da revista veja, aclamado pela mídia conservadora de o melhor senador da república, por um momento hoje, deu um exemplo de civilidade e respeito a democracia, antes tão maltratada por ele.

Quisera que o demóstenes honrasse a todos aqueles que ele enganou e resolvesse falar o que sabe. 

Seu recado, ao também mau caráter ronaldo caiado, ficou bem entendido por todos. 👇

"Continue fingindo que é inocente e lembre-se que não está na sarjeta porque eu não tenho vocação para delator"

O que há mais, para demóstenes nos dizer, sobre caiado, agripino e perillo?

Por esse texto abaixo transcrito, por tudo o que nele há de esclarecido e subentendido, o troféu A Pessoa de Hoje, vai para: Demóstenes Torres.

Nitroglicerina pura!👇👇

Ronaldo Caiado: uma voz à procura de um cérebro

"Fiz uma opção íntima, à partir das turbulências que enfrentei , de permanecer em silêncio até que a justiça desse o veredito final e me aclamasse inocente, como de fato sou. Já obtive duas liminares no STF e uma no STJ, suspendendo os processos contra mim, porque, na verdade, fui vítima de um grande complô, que , ao final, será desnudado. Jamais desejei vir a público expor meu enredo antes que houvesse uma decisão definitiva sobre a licitude da prova contra mim forjada e mesmo sobre o conteúdo desta ,ou seja, não me recuso a enfrentar o mérito das escutas, ainda que elas sejam ilegais.
Sofri toda espécie de acusação, pilhagem intelectual e moral, deserções e contrafações, a tudo resisti porque as esvaziarei.

Mais que as decisões de instâncias superiores, há várias verdades iniludíveis. Jamais fui acusado de desviar qualquer centavo público: ninguém diz que roubei valores de estradas, pontes, hospitais, escolas... Nada.

Uma perícia realizada pelo próprio Ministério Público, e jamais oficialmente divulgada, assevera que eu poderia ter um patrimônio 11 por cento maior do que possuo; prova de que não há enriquecimento ilícito, que o apartamento que financiei junto ao Banco do Brasil teve todas as parcelas pagas em débito de conta corrente, cujo único abastecimento é o salário que percebo e com mais 27 anos de prestações restantes. A insinuação de que tinha conta corrente no exterior sucumbiu, nada sequer passou perto de ser comprovado e nas garras da imprensa continuo, vez por outra, sendo arranhado. Aliás, todos os membros do Ministério Público que me molestam têm um padrão de vida superior ao meu e muitos com gostos idênticos. Não os acuso de nada, mas por que então o que eles possuem é legal e o que eu tenho não?

A acusação que pesava contra mim era ser amigo de Carlos Cachoeira. Era não, sou. Não vivo como Lula e José Dirceu, nem como um monte de hipócritas. Não devo e não temo.

Clamei da tribuna, que me investigassem, que me dessem o direito de defesa e do contraditório, tudo em vão. Em um processo sumário fui execrado e humilhado, o que não acontece com os parlamentares envolvidos na operação lavajato , que contribuíram para o desvio de bilhões de dólares dos cofres da Petrobras. O PT e os governistas me enxovalharam no intuito de melar o julgamento do mensalão. O PSDB resolveu salvar Marconi Perillo, que gastou uma fortuna dos cofres públicos para custear sua absolvição. Os "éticos" do Senado viram uma oportunidade para se livrarem de quem os retirava do noticiário cotidiano nacional. O Judas Ronaldo Caiado reinventou a tese de que não existem traições de pessoas e sim de princípios e que para isso estava autorizado a qualquer coisa com algum alcance moral, inclusive trair, à semelhança de Hitler, Mussolini, Stalin e tantos outros degenerados. Viu aí uma oportunidade para soerguer-se politicamente. Bastava afundar-me no buraco e, prazenteiramente, o fez.

Hoje, lamentavelmente, saio do ostracismo a que me tinha recolhido para enfrentar declarações dadas ao "painel" da revista Veja, em que o senador por Goiás, Ronaldo Caiado, afirma que sou uma grande decepção em sua vida e um traidor.

Confesso que surpreendi-me. Ronaldo fez uma campanha em que aproveitou meu número, 251, e o meu slogan "defender Goiás". Jamais fez qualquer pronunciamento sobre mim, mesmo na presença de correligionários seus que às vezes me atacavam entendendo que isso granjearia votos junto à claque.

Nesse período, mandou vários recados na tentativa de "tranquilizar-me", sem obter resposta e num dia, quando não era ainda candidato, encontrou-me num estabelecimento comercial chamado "Jerivá", quando eu saía do banheiro, e tentou conversar comigo, bem risonho, o que mereceu uma esquiva de minha parte.

Ronaldo é um mitômano e tem um comportamento dúbio, às vezes tíbio, às vezes dissimulado. Na tribuna oscila. É sintomático o caso Garotinho. Ronaldo o acusa de formação de quadrilha, é o que está unicamente nas redes sociais; Garotinho o acusa de ser traíra por ter me abandonado; Caiado volta à tribuna e pede arreglo à Garotinho. Os dois últimos vídeos desapareceram das redes sociais.
Mas, enfim, Caiado se passava como uma espécie de irmão mais velho pra mim, falava da afinidade de nossas teses, que era um conservador não beligerante, pra isso não poupando sequer seus antepassados, e que desejava um futuro liberal para o Brasil.

Ronaldo, fazia sim, parte da rede de amigos de Carlos Cachoeira, era , inclusive, médico de seu filho. Mas não era só de amizade que se nutria Ronaldo Caiado, peguem as contas de seus gastos gráficos, aéreos e de pessoal, notadamente nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, que qualquer um verá as impressões digitais do anjo caído. Siga o dinheiro. 

Caiado não ousou me defender, me traiu, mas, em relação a Agripino Maia, figura pouquíssimo republicana, disse que ele merece o benefício da dúvida. Poucos sabem, mas o político potiguar e seus companheiros de chapa em 2010 foram beneficiados pelo "esquema goiano", com intermediação de Ronaldo Caiado.

Ronaldo Caiado é chefe de um dos mais nocivos vagabundos de Goiás, o delegado de polícia civil aposentado, Eurípedes Barsanulfo, que era o melhor amigo de Deuselino Valadares, o delegado de polícia federal que fez um "relato", segundo "Carta Capital", onde me acusava de ser beneficiário do jogo do bicho. Esse relato jamais apareceu oficialmente, mas serviu para que o PSOL dele se utilizasse para representar-me perante o conselho de ética do Senado. No final do ano passado, o jornal Diário da Manhã de Goiânia , publicou uma matéria assinada em que acusa o dito delegado de ter forjado o documento a mando de um seu chefe político. Quem era ele? Ronaldo Caiado, todos sabem. Aliás, Eurípedes Barsanulfo, este sim, era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito. Simplesmente, disse a ele, como era verdade, que desconhecia a prática de ilicitudes por parte de Cachoeira.

Ronaldo Caiado é um oportunista. Muitos que vivem fora de Goiás devem imaginar que ele é um coerente, uma figura emergida dos anseios das ruas, um puritano. Qual o quê! Na atividade política é um profissional de lupanar. Dois fatos podem elucidar seu caráter de Fouché. No primeiro, em 2006, Caiado me incentivou a ser candidato a governador. Quando minha candidatura fez água, ainda em agosto, ele pode ser visto acompanhando tanto o candidato Maguito ,quanto o outro, Alcides. No pior declínio moral, chegou a ser filmado no palanque da candidata Vanusa Valadares, mulher do hoje prefeito Eronildo Valadares em Porangatu. Portanto, quadrúpede que é, tinha suas patas, simultaneamente, em 3 canoas. 

Ano passado sua degradação se expandiu. Ronaldo Caiado ,no afã de ser candidato a Senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves e Agripino Maia(este dependente financeiro de Perillo) para que eles compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de desavenças com o carcamano. Um pouco mais vexatório, mandou a própria esposa num evento na cidade de Americano do Brasil, onde a apedeuta, além de usar a palavra, pregou o voto em Perillo, alegando que ele era um grande estadista e que esperava sua reeleição para o bem de Goiás. Relembre-se: quem teve negócios com Cachoeira foi Perillo, eu não.

Resumo da ópera: o tenor recusou os apelos da mezzosoprano e mandou o barítono procurar rumo. Ronaldo acabou nos braços de Iris Rezende a quem tinha acusado ,toda a vida, de ser um corrupto diante do qual os demais se afigurariam "trombadinhas".

Nessa sua linha vesga de assinalar uma coisa e fazer outra, Ronaldo Caiado deseja a extinção do DEM a fim de se filiar ao PMDB de Íris Rezende por um motivo muito simples: ambiciona estar em uma agremiação que lhe dê estrutura para disputar o governo de Goiás. Na fusão do DEM com o PTB irá para o PMDB, possibilidade constitucionalmente aceita de adesão partidária. Irá, oficialmente, se opor. Parecerá até o fim um coerente, um habanero puro. Seguirá as ordens de seu chefe político ACM Neto, que financiou sua última campanha em Goiás e que lhe assegurou, caso perdesse a eleição, o confortável posto de secretário de saúde em Salvador, em cuja região Caiado costuma passar suas férias às expensas da empresa OAS.

Quem pensa que Ronaldo Caiado é espontâneo se engana. Tudo é meticulosamente calculado. Por que ele não veio para as ruas de Goiânia na passeata e preferiu São Paulo? Porque em Goiânia seria vaiado. E por que São Paulo? Porque era mais fácil de mentir. O desafio a mostrar uma filmagem dele no meio dos manifestantes na avenida Paulista em São Paulo. Só aparecem coisas periféricas. Tirou uma fotografia com uma camiseta fascista - não porque Lula não mereça vaias, as merece mais que os demais- e deu motivos para uma gritaria justa em favor de um injusto. Como é do seu caráter, estava simulando caminhar na passeata. Nesse aspecto , se assemelha ao Deputado Federal goiano Giuseppe Vecci que participou da passeata em Goiânia por ser um ilustre desconhecido, apesar de eleito. Ironia: Vecci desfilou porque é uma nulidade da sombra, Caiado se absteve por ser uma do sol. Parece que o tesoureiro-mor,Jaime Rincon, chefe da agência goiana de obras públicas, também fez evoluções pela passarela.

Ronaldo Caiado foi um dos relatores da reforma política na Câmara dos Deputados, sempre alegou que sua motivação era a coerência política, que a prática demonstrou não ser o seu forte. Ele diz que gostaria de ter um embate com Lula na eleição pra presidente da república. Eu acho que seria ótimo, os dois se equivalem moralmente. Um já foi desmascarado , o outro poderá sê-lo amanhã.
Um dia, no meu escritório político no setor sul, em Goiânia, houve um telefonema entre Ronaldo Caiado e o hoje conselheiro do Tribunal de contas dos municípios de Goiás, Tião Caroço. Este trazia uma notícia que transtornou o Senador, que disse então aos berros: "avisa ao Marconi que eu vou resolver com ele da forma que ele quiser, no braço, na faca, no revólver". Esse episódio se tornou público e gerou os maiores desgastes para o fanfarrão, que pra minha surpresa repeliu tudo. Um dia, me contando a história, negou que havia falado isso, se esquecendo que eu era a testemunha ocular.
Pois agora, Ronaldo Caiado, quero ver se você é homem mesmo. Nos mesmos termos que você mandou oferecer ao frouxo Marconi Perillo, eu me exponho. 

Me lembro da veneração ,que quando criança, meu pai tinha pelo grande Emival Caiado e pelo seu pai o advogado Edenval Caiado, que se envergonharia de ver que um filho seu foge à luta.
Você diz em seus discursos que Caiado não rouba, não mente e não trai. Você rouba, mente e trai.
Talvez o meu silêncio tenha sido entendido por você como um sinônimo de covardia, de pusilanimidade. Essas palavras não existem no meu dicionário. Não posso dizer que você seja um mau-caráter, pois você simplesmente não o possui. É , na verdade, um espécie de Zelig oportunista e bravateiro.

Você deveria ir pra Brasília em seu cavalo branco, estacioná-lo na chapelaria do Senado e subir à tribuna para fazer o que já faz: relinchar, relinchar.

Me deixe em paz Senador. Continue despontando para o anonimato. É o seu destino. Não me move mais interesses políticos. Considero vermes iguais a você Marconi Perillo e Íris Rezende. Toque sua vida, se fizer troça comigo novamente não o pouparei. Continue fingindo que é inocente e lembre-se que não está na sarjeta porque eu não tenho vocação para delator. Tome suas medidas prudenciais e faça-se de morto. 

Ano passado deu-se o centenário do nascimento de Carlos Lacerda e uma horda de hipossuficientes passou a rotular a qualquer um de lacerdista, que para eles é apenas alguém estridente e barulhento. Ronaldo Caiado diz que se inspira em Lacerda.Mentira, Lacerda foi tradutor de Shakespeare, foi o primeiro brasileiro a romancear um quilombola, falava e escrevia como um clássico. Demoliu presidentes e adversários. Eleito governador foi sem sombra de dúvidas o melhor gestor da Guanabara. Ronaldo Caiado jamais conseguiu terminar de ler um livro. Por sua formação francesa, o mais perto que chegou do fim foi" o menino do dedo verde" , mas o achou muito "profundo". Ronaldo Caiado é só uma voz à procura de um cérebro".

Demóstenes Torres é ex-senador e procurador de Justiça
 
  

segunda-feira, 30 de março de 2015

A Folha de SP decidiu fazer jornalismo?



Hoje, 30/03/2015, a Folha de SP trouxe um editorial sobre o tratamento diferenciado que a justiça brasileira dá ao psdb. 

Essa observação vindo da Folha é algo muito importante, porque nos leva, entre outras coisas, a ter um mínimo de esperança da imprensa brasileira passar a fazer Jornalismo e não o terrorismo que impera nas redações de jornais e revistas.

A mídia brasileira e sua parcialidade, tem desgastado a nossa democracia. 

Claro que toda imprensa, do mundo inteiro, tem sua fatia de parcialidade. É natural que esse ou aquele jornal prefira esse ou aquele partido político. Mas, no caso da imprensa brasileira, é vexatório, degradante e antiético, o seu relacionamento com alguns partidos políticos.

Seria um primeiro passo, para o jornal dos Frias, passar a propagar a verdade, nada mais que a verdade? Seja sobre o PT, psdb, dem, pmdb, ou qualquer outro partido ou político brasileiro?

Almejar uma imprensa livre e imparcial é uma utopia?

Será que a Folha estaria disposta a fazer o caminho inverso percorrido ao longo dos seus 90 anos de existência, em parte, promovendo o ódio, publicando mentiras, criando um exército de leitores alienados?

Só o tempo dirá. 

Sobre esse assunto escrevi em 27/01/2014 - Eternos Suspeitos http://emiltonx.blogspot.com.br/2014/01/eternos-suspeitos.html

Mas, foi bom ler esse editorial de hoje da Folha SP. 


Editorial: Justiça tarda e falha

Prescrição, atrasos, incúria e engavetamento beneficiam políticos do PSDB acusados de irregularidades, inclusive no dito mensalão tucano.

A liberdade, como ensina o lema dos inconfidentes, será sempre desejável, mesmo que tardia. Nem sempre se pode dizer o mesmo, contudo, da Justiça.

Uma decisão tardia pode bem ser o equivalente da iniquidade completa, e um processo que se arrasta sem condenados nem absolvidos só pode resultar no opróbrio de todos –inocentes e culpados, juízes e réus, advogados e acusadores.

Há um ano, o Supremo Tribunal Federal encaminhou à primeira instância da Justiça de Minas Gerais o julgamento do ex-senador Eduardo Azeredo, do PSDB. Nada aconteceu desde então.

Ex-presidente de seu partido, Azeredo é acusado de ter abastecido sua campanha ao governo de Minas, em 1998, com verbas desviadas de estatais, valendo-se de empréstimos fictícios.

Não são mera coincidência as semelhanças desse episódio com o que viria a ser revelado no escândalo do mensalão petista, alguns anos depois. Um de seus principais personagens, o empresário Marcos Valério, havia sido também responsável pelo esquema tucano.

Apesar de inúmeros adiamentos e dificuldades, o caso petista foi julgado no STF. Natural que inspire movimentos de revolta e consternação o fato de que, embora ocorrido alguns anos antes, seu equivalente tucano continue a repousar no regaço da Justiça mineira.

Correndo inicialmente no Supremo, uma vez que parlamentares como Clésio Andrade (PMDB) e o próprio Azeredo figuravam entre os implicados, o processo teve de ser enviado à primeira instância: os réus tinham renunciado a seus cargos no Congresso.

A decisão do STF, remetendo o caso a Minas Gerais, foi tomada em março de 2014. O trajeto de Brasília a Belo Horizonte consumiu cinco meses. Em 22 de agosto, o processo chega à 9ª vara criminal. Era só proceder ao julgamento; nenhuma instrução, nenhuma audiência, nada mais se requeria. Que o juiz examinasse os autos.

Juiz? Que juiz? A titular da vara aposentou-se em janeiro; não se nomeou ninguém em seu lugar.

Havia –e ainda há– pressa: alguns réus, dentre eles Azeredo, podem beneficiar-se da prescrição; outros envolvidos já escaparam por esse motivo.

A lentidão mineira se soma ao caso de entravamento da Justiça ocorrido em São Paulo, para benefício de outro político do PSDB.

Por três anos, um desembargador retardou o exame de irregularidades na gestão do hoje deputado estadual Barros Munhoz à frente da Prefeitura de Itapira. Veio a prescrição, e as suspeitas sobre crimes como formação de quadrilha e omissão de informações nem chegaram a ser julgadas.

Não se trata, claro está, da “liberdade ainda que tardia” ostentada na bandeira de Minas Gerais. Entre essas figuras do PSDB, “impunidade na última hora” há de ser lema bem mais adequado.



quinta-feira, 26 de março de 2015

(Podemos tirar se achar melhor)



- O pedido de investigação contra aécio neves no caso de Furnas? (Podemos tirar se achar melhor).
- O envolvimento do senador álvaro dias na investigação Lava jato? (Podemos tirar se achar melhor).
- O processo de corrupção contra o senador agripino maia? (Podemos tirar se achar melhor).

- Os crimes relacionados no livro Privataria Tucana? (Podemos tirar se achar melhor).
- A sonegação da rede globo? (Podemos tirar se achar melhor).
- O nome de maitê proênça da lista do hsbc? (Podemos tirar se achar melhor).

- Os processos aos quais demóstenes torres responde? (Podemos tirar se achar melhor).
- A pressão que a sociedade está fazendo sobre gilmar mendes pelo fim das doações privadas? (Podemos tirar se achar melhor).
- O recurso que o Sindicato dos Advogados de São Paulo entregou ao Procurador Geral da República para instaurar imediatamente investigação sobre o papel do Senador Aécio Neves na Lista de Furnas? (Podemos tirar se achar melhor).

- A greve, protestos e manifestação dos professores do estado de São Paulo? (Podemos tirar se achar melhor).
- Os projetos exitosos do Governo Federal? (Podemos tirar se achar melhor).
- Os aumentos dos lucros e produção de petróleo da Petrobras? (Podemos tirar se achar melhor).

- O legado dos governos Lula e Dilma? (Podemos tirar se achar melhor).
- Os crimes contra o patrimônio público ocorridos no governo fhc? (Podemos tirar se achar melhor).
- A frase dita pela ministra rosa weber: Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite? (Podemos tirar se achar melhor).

- A pesquisa ibope que trata da pífia audiência do jn? (Podemos tirar se achar melhor).
- Quanto a admitir que Cuba tem o melhor sistema educacional e de saúde da América Latina? (Podemos tirar se achar melhor).
- Sobre os EUA está financiando os protestos contra o governo Dilma? (Podemos tirar se achar melhor).

- O aeroporto de Claudio? (Podemos tirar se achar melhor).
- O helicóptero de cocaína? (Podemos tirar se achar melhor).
- Os protestos ocorridos contra o governo do Paraná?  (Podemos tirar se achar melhor).

- As razões e os culpados pela crise de água em São Paulo? (Podemos tirar se achar melhor).
- O nepotismo no governo tucano do Pará? (Podemos tirar se achar melhor).
- Os 400 achacadores da Câmara Federal? (Podemos tirar se achar melhor).

(Podemos tirar se achar melhor)


terça-feira, 24 de março de 2015

Não se enganem! Dilma [e Lula] estão trabalhando muito pelo Brasil

O governo Dilma é diuturnamente acusado de corrupção pela oposição - midiática, partidária e elitizada - ainda que setores da sociedade não tenha conseguido provar as acusações propagadas na imprensa e em muitos sites na internet.

Tivesse Dilma [e Lula] desviado alguma verba pública, a imprensa investigativa da globo, veja, estadão e folha, já não teria conseguido encontrar provas? 

Afinal, quando se trata de petistas, a imprensa imperial põe em prática toda sua expertise. Todo o seu "exército de jornalistas" se predispõe a apurar os fatos custe o que custar.

Quisera fossem ávidos assim, para tirar debaixo do tapete os atos espúrios dos homens probos do tucanato.

Imaginemos, só por um segundo, se o PT tivesse governando o estado de São Paulo nos últimos vinte anos. Se Beto Richa fosse petista. Se fosse o Fernando Pimentel, governador de Minas, que tivesse construído um aeroporto no quintal do tio.  Se os nomes na lista do hsbc fossem majoritariamente de petistas, simpatizantes do pt ou amigos de petistas. Se Lula tivesse comprado a reeleição. Se, se, se...

Dilma [e Lula] têm demonstrado ser um exemplo de governo para o mundo. 

Você até pode se indignar com isso, mas, no fundo você sabe que é verdade. E talvez pra você, porque pra mim não há dúvidas, essa é a principal razão do ódio explicito de setores da elite, da imprensa e da oposição, por esse governo.

Com muito trabalho, projetos e disposição, além de muita batalha, os dois presidentes petistas têm mudado a cara do Brasil.

A melhora da saúde de milhares de brasileiros por meio do Programa Mais Médicos. O ingresso de negros, pobres e índios nas universidades. As milhares de famílias que estão conseguindo obter sua casa própria. A permanência de crianças e adolescentes na escola, por meio do Bolsa Família. 

A redução da miséria, da mortalidade infantil, da desigualdade e tantas outras ações criadas por Dilma [e Lula] que não é possível que sejamos tão tacanhos, de não notar. 

Por mais que exista os que não goste do governo federal, mas, se colocar indiferente a tudo isso, é querer enganar a si próprio.

Portanto, não se enganem! Dilma [e Lula] estão trabalhando muito pelo Brasil.

Cego é aquele que não quer ver!

Daí, convido-os para uma viagem pelo site do governo que apresenta as 10 maiores obras  do PAC. 

Um governo desses, com tanto trabalho já realizado, realizando e a realizar, não tem tempo pra dá respostas a todas as falácias criadas pela imprensa conservadora e propagadas na sociedade, pelos os que odeiam Dilma [e Lula].

Uma boa viagem!

As 10 Maiores Obras do PAC

10ª Obra

 
          
Piloto de Produção Lula (RJ)
A perfuração, completação e interligação de poços para o sistema piloto de produção do campo Lula do Pré-Sal é o décimo maior projeto do PAC e tem investimento total previsto de R$ 3,4 bilhões. O campo, que se chamava Tupi até dezembro de 2010, quando foi declarada sua comercialidade, poderá processar 100 mil barris de óleo e cinco milhões de metros cúbicos de gás diários, e terá seis poços produtores e dois poços injetores (de gás e água), além de um gasoduto de interligação entre a plataforma de produção e a PMXL-1 no Campo de Mexilhão para integrar o sistema comercial de gás.

9ª Obra



Trecho sul da ferrovia Norte-Sul
(Palmas-TO a Bárbara d'Oeste-SP)

O trecho sul da ferrovia Norte Sul, que passa pelos estados de Tocantins, Goiás e São Paulo, tem 1.536 km de extensão e é a nona maior obra do PAC. Vai do município de Palmas, no Tocantins, a Estrela d'Oeste, em São Paulo, facilitando o escoamento da produção de grãos, cana de açúcar e diversos outros produtos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste pelos portos da região Sudeste. Ao longo de seu percurso, três pólos industriais foram instalados - Goianira, Santa Helena e São Simão. O trecho sul da ferrovia está gerando 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.

8ª Obra



Conversão da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR)
A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Paraná, foi construída na década de 70 pela Petrobras. Com mais de 10 mil metros quadrados de área, é a maior companhia do setor químico do Paraná e maior indústria do sul do país. As obras de modernização (conversão e ampliação) começaram em março de 2009 e o investimento previsto é de R$ 8,6 bilhões. Tem capacidade de refino de 189 mil barris/dia de petróleo, produzindo gasolina, óleo diesel, gás de cozinha, óleos combustíveis, nafta e asfalto, entre outros. A Repar é responsável por cerca de 12% da produção nacional de derivados de petróleo no Brasil.

7ª Obra



Usina Hidrelétrica Jirau (RO)
A usina de Jirau, a exemplo de Santo Antônio, também será construída no rio Madeira, em Rondônia. Sua capacidade de geração de energia é maior (3.300 MW contra 3.150 MW), mas sua produção média será menor (1.975,3 MW contra 2.218 MW). O investimento total previsto é de R$ 9,6 bilhões e ela deve começar a operar em janeiro de 2013. Os números da obra impressionam: serão quase 15 milhões de sacos de cimento (50kg), 146 mil quilos de aço, 1 milhão de metros cúbicos de rochas e argila, barragem com 1,15 km de extensão e mais de 10 mil trabalhadores.

6ª Obra



Usina Termelétrica Nuclear Angra 3 (RJ)
Único projeto nuclear em andamento no país atualmente, a usina de Angra 3 é o sexto maior empreendimento do PAC, com cerca de R$ 10 bilhões de investimentos previstos. Vai gerar uma média de 1.124 MW e tem previsão de conclusão para 2016. O seu reator é o mesmo de Angra 2, do tipo PWR, com projeto da Siemens/KWU, atual Areva NP. A usina de Angra 3 está localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ), onde já funcionam Angra 1 e 2. Sua construção foi paralisada na década de 1980, retomada em 2008 e hoje 10% das obras já foram realizadas.

5ª Obra



Usina Hidrelétrica Santo Antônio (RO)
A usina de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, é a segunda maior em construção no país - atrás apenas de Belo Monte. Sua capacidade de geração de energia é de 3.150 MW (média de 2.218 MW) e o investimento previsto é de R$ 16 bilhões. As obras foram iniciadas em 2008 e estima-se que as primeiras unidades geradoras, de um total de 44, estejam em operação no final de 2012. Suas turbinas são as que têm maior potência nominal no mundo: cada uma tem capacidade de gerar 72 MW. Santo Antônio emprega cerca de 20 mil trabalhadores.

4ª Obra



Usina Hidrelétrica Belo Monte (PA)
A usina hidrelétrica que será construída no rio Xingu (PA) é a quarta maior obra do PAC e, apesar de entrar em operação em 2015, só será concluída em 2019, ficando atrás apenas de Itaipu e Três Gargantas, na China, entre as maiores do mundo. Com capacidade de gerar 11.223 MW de energia elétrica (média de 4.571 MW), Belo Monte é o principal projeto energético do PAC e uma das grandes prioridades do programa por garantir energia limpa e renovável a um custo bem abaixo das alternativas existentes. O investimento previsto na usina é de R$ 25,8 bilhões.

3ª Obra



Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (RJ)
Completando o "top 3" de grandes obras do PAC, mais uma refinaria, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), projeto iniciado em 2008 na cidade de Itaboraí (RJ) que terá capacidade (quando em operação, em 2014) de processar 165 mil barris/dia de petróleo pesado da Bacia de Campos para produzir petroquímicos (plásticos, por exemplo), diesel, nafta e coque. A obra deverá gerar mais de 200 mil empregos diretos e indiretos e tem investimento inicial previsto de R$ 22,1 bilhões.

2ª Obra



Refinaria Abreu e Lima (PE)
A segunda maior obra do PAC começou a ser construída em 2007 em Ipojuca, no Complexo Portuário de Suape, a cerca de 60 km ao sul de Recife (PE), e tem previsão de passar a operar em 2013. Quando pronta, a refinaria Abreu e Lima poderá processar 230 mil barris de óleo/dia (70% desse total vai virar diesel), produzirá gás de cozinha (GLP), nafta petroquímica e combustível para siderurgia e indústria de cerâmica (coque), entre outros. Estima-se que 20% da produção será voltada para Pernambuco e o restante para os demais estados do Nordeste.

1ª Obra



Refinaria Premium I (MA)
A refinaria Premium I, da Petrobras, é a maior obra do PAC e fica no município de Bacabeira, Maranhão. Ela irá maximizar a produção no Brasil de óleo diesel de alta qualidade. Com investimentos na ordem de R$ 40 bilhões, ela terá capacidade de processar cerca de 600 mil barris/dia. Início de operação em 2016. Será uma das maiores refinarias do mundo e deverá gerar em torno de 100 mil empregos, diretos e indiretos.


Fonte:
http://www.pac.gov.br/i/f1e1c8ab
Um abraço a todos!

segunda-feira, 23 de março de 2015

A Entrevista - 2


Segundo o historiador político Luiz Alberto de Vianna, os EUA está por trás dos protestos contra o governo brasileiro. Diz que o objetivo é desestabilizar governos de esquerda na América Latina (Venezuela, Argentina e Brasil). Ele deu entrevista ao PT Câmara e citou algumas ações adotadas pelos governos Lula e Dilma, que contrariaram interesses americanos. Entre elas a criação do Banco do Brics e o regime de partilha para o pré-sal.

Segue a entrevista 👇

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), comentou nas redes sociais que a CIA tem atuado nas tentativas de desestabilização de governos democráticos na América Latina. Como o senhor avalia isso, diante de vários episódios históricos que mostram os EUA por trás da desestabilização de governos de esquerda e progressistas?

Moniz Bandeira – Washington há muito tempo cria ONGs com o objetivo de promover demonstrações empreendidas, com recursos canalizados através da USAID, National Endowment for Democracy (NED) e CIA; Open Society Foundation (OSF), do bilionário George Soros, Freedom House, International Republican Institute (IRI), sob a direção do senador John McCain etc. Elas trabalham diretamente com o setor privado, municípios e cidadãos, como estudantes, recrutados para fazerem cursos nos EUA. Assim o fizeram nos países da Eurásia, onde de 1989 ao ano 2000 foram criadas mais de 500.000, a maioria das quais na Ucrânia. Outras foram organizadas no Oriente Médio para fazer a Primavera Árabe.
Protesto contra o governo no dia 15 de março 

A estratégia é aproveitar as contradições domésticas do país, os problemas internos, a fim de agravá-los, gerar turbulência e caos até derrubar o governo sem recorrer a golpes militares. Na Ucrânia, dentro do projeto TechCamp, instrutores, a serviço da Embaixada dos EUA, então chefiada pelo embaixador Geoffrey R. Pyatt, preparavam, desde pelo menos 2012, especialistas, profissionais em guerra de informação e descrédito das instituições do Estado, a usar o potencial revolucionário da mídia moderna – subvencionando a imprensa escrita e falada, TVs e sites na Internet – para a manipulação da opinião pública, e organização de protestos, com o objetivo de subverter a ordem estabelecida no país e derrubar o presidente Viktor Yanukovych.

Essa estratégia baseia-se nas doutrinas do professor Gene Sharp e de Political defiance, i. e., o desafio político, termo usado pelo coronel Robert Helvey, especialista da Joint Military Attache School (JMAS), operada pela Defence Intelligence Agency (DIA), para descrever como derrubar um governo e conquistar o controle das instituições, mediante o planejamento das operações e mobilização popular no ataque às fontes de poder nos países hostis aos interesses e valores do Ocidente (Estados Unidos).
Essa estratégia pautou em larga medida a política de regime change, a subversão em outros países, sem golpe militar, incrementada pelo presidente George W. Bush, desde as chamadas “revoluções coloridas” na Europa e Eurásia, assim como na África do Norte e no Oriente Médio. Explico, em detalhes e com provas, como essa estratégia se desenvolve em meu livro A Segunda Guerra Fria, e, no momento estou pesquisando e escrevendo outra obra – A desordem mundial – onde aprofundo o estudo sobre o que ocorreu e ocorre em vários países, sobretudo na Ucrânia.

Além da CIA, como os EUA atuam contra os governos de esquerda da América Latina?

Moniz Bandeira –  Não se trata de uma questão ideológica, mas de governos que não se submetem às diretrizes de Washington. Uma potência mundial, como os EUA, é mais perigosa quando começa a perder a hegemonia do que quando expandia seu Império. E o monopólio que adquiriu após a II Guerra Mundial de produzir a moeda internacional de reserva – o dólar – está sendo desafiado pela China, Rússia e também o Brasil, que está associado a esses países na criação do banco internacional de desenvolvimento, como alternativa para o FMI, Banco Mundial etc.

Ademais, a presidenta Dilma Rousseff denunciou na ONU a espionagem da NSA, não comprou os aviões-caça dos EUA, mas da Suécia, não entregou o pré-sal às petrolíferas americanas e não se alinhou com os Estados Unidos em outras questões de política internacional, entre as quais a dos países da América Latina.

O governo da Venezuela tem denunciado a participação de Washington em tentativas de golpe. O mesmo poderia estar acontecendo em relação ao Brasil?

Moniz Bandeira –  Evidentemente há atores, profissionais muito bem pagos, que atuam tanto na Venezuela, Argentina e Brasil, integrantes ou não de ONGs, a serviço da USAID, Now Endowment for Democracy (NED) e outras entidades americanas. Não sem razão o presidente Vladimir Putin determinou que todas as ONGs fossem registradas e indicassem a origem de seus recursos e como são gastos. O Brasil devia fazer algo semelhante. As demonstrações de 2013 e as últimas, contra a eleição da presidente Dilma Rousseff, não foram evidentemente espontâneas. Os atores, com o suporte externo, fomentam e encorajam a aguda luta de classe no Brasil, intensificada desde que um líder sindical, Lula, foi eleito presidente da República. Os jornais aqui na Alemanha salientaram que a maior parte dos que participaram das manifestações de domingo, dia 15, era gente da classe média alta para cima, dos endinheirados.

Que interesses de Washington seriam contrariados, pelo governo do PT, para justificar a participação da CIA e de grupos empresariais de direita, como os irmãos Koch (ramo petroleiro) , no financiamento de mobilizações contra Dilma? O pré-sal, por exemplo?

Moniz Bandeira –  Os interesses são vários, como expliquei acima. É muito estranho como começou a Operação Lava-Jato, a partir de uma denúncia “premiada”, com ampla participação da imprensa, sem que documentos comprobatórios aparecessem. O grande presidente Getúlio Vargas já havia denunciado, na sua carta-testamento, que “a campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. (…) Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente”.

Como o senhor interpreta o surgimento de grupos de direita no Brasil, com agenda totalmente alinhada aos interesses dos EUA?

Moniz Bandeira –  Grupos de direita estão no Brasil como em outros países. E despertaram com a crise econômica deflagrada em 2007-2008 e que até hoje permanece, em vários países, como o Brasil, onde irrompeu com mais atraso que na Europa. E a direita sempre foi fomentada pelos interesses de Wall Street e do complexo industrial nos EUA, que é ceifado pela corrupção, e onde a porta giratória – executivos de empresas/secretários do governo – nunca deixa de funcionar, em todas as administrações.

Há, entre os organizadores dos protestos, gente francamente favorável à privatização da Petrobras e das riquezas nacionais, com um evidente complexo de vira-latas diante dos interesses estrangeiros. Como analisar esse movimento à luz da história brasileira? De novo o nacionalismo versus entreguismo?

Moniz Bandeira –  Está claro que, por trás da Operação Lava-Jato, o objetivo é desmoralizar a Petrobras e as empresas estatais, de modo a criar as condições para privatizá-las. Porém, estou certo de que as Forças Armadas não permitirão, não intervirão no processo político nem há fundamentos para golpe de Estado, mediante impeachment da presidenta Dilma Rousseff, contra a qual não há qualquer prova de corrupção, fraude eleitoral etc., elemento sempre usado na liturgia subversiva das entidades e líderes políticos que a USAID, NED e outras entidades dos EUA patrocinam.


Extraído do Portal Fórum

http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/03/eua-promovem-desestabilizacao-de-democracias-na-america-latina-denuncia-moniz-bandeira/