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quarta-feira, 14 de maio de 2014

DISCURSO DE LULA NO 2º CONGRESSO DOS DIÁRIOS DO INTERIOR


É por isso que ele precisa falar mais. Os donos de jornais, espalhados pelo Brasil, após esse discurso de Lula, deverão pensar duas vezes, antes de reproduzir as mentiras do PIG.
Um dos melhores discurso do melhor presidente que esse país já teve. Vale a pena ler.
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É sempre um prazer dialogar com os jornalistas e empresários da imprensa regional brasileira. Por isso agradeço o convite da Associação dos Diários do Interior do Brasil para participar desse Congresso.

Vocês acompanharam as transformações que ocorreram no Brasil nesses 11 anos e que beneficiaram o conjunto do país, não apenas os privilegiados de sempre ou as grandes capitais.

Sabem exatamente como essa mudança chegou às cidades médias e aos mais distantes municípios.

O Brasil antigo, até 2002, era um país governado para apenas um terço dos brasileiros, que viviam principalmente nas capitais. A grande maioria da população estava condenada a ficar com as migalhas; excluída do processo econômico e dos serviços públicos, sofrendo com o desemprego, a pobreza e a fome.

Os que governavam antes de nós diziam que era preciso esperar o país crescer, para só depois distribuir a riqueza. Mas nem o país crescia o necessário nem se distribuía a riqueza.

Nós invertemos essa lógica perversa, adotando um modelo de desenvolvimento com inclusão social. Criamos o Fome Zero e o Bolsa Família, que hoje é um exemplo de combate à pobreza em muito países.

Adotamos uma política de valorização permanente do salário e de expansão do crédito, que despertaram a força do mercado interno, e ao mesmo tempo garantimos a estabilidade, controlando a inflação e reduzindo a dívida pública.

O resultado vocês conhecem: 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, 42 milhões alcançaram a classe média e mais de 20 milhões de empregos foram criados.

O Brasil não é mais um país acanhado e vulnerável. Não é mais o país que seguia como um cordeirinho a política externa ditada de fora. Não é só o país do futebol e do carnaval, embora tenhamos orgulho da alegria e do talento do nosso povo.

O Brasil tornou-se um competidor global – e isso incomoda muita gente, contraria interesses poderosos.

A imprensa cumpre o importante papel de traduzir essa nova realidade para a população. E isso não se faz sem uma imprensa regional fortalecida, voltada para aquela grande parcela do país que não aparece nas redes de TV.

Todo governo democrático tem a obrigação de prestar contas de seus atos à sociedade. E tem obrigação de divulgar os serviços públicos à disposição da população.

A publicidade oficial é o instrumento dessa divulgação, que se faz em parceria com os veículos de imprensa – desde a maior rede nacional até os jornais do interior profundo do país.

Uma das mudanças mais importantes que fizemos nestes 11 anos foi democratizar o critério de programação da publicidade oficial.

Quero recordar que esta medida encontrou muito mais resistências do que poderíamos imaginar, embora ela tenha sido muito importante para aumentar a eficiência da comunicação de governo.

Essa medida foi também uma questão de justiça, para reconhecer a importância do interior no desenvolvimento do Brasil.

Quando o companheiro Luiz Gushiken, que era o ministro da Secom em meu primeiro mandato, começou a democratizar a publicidade oficial, muita gente foi contra.

As agências de publicidade, os programadores de mídia e os representantes dos grandes veículos achavam que era uma mudança desnecessária.

Reclamaram quando o Luiz Dulci incluiu a imprensa regional na programação de publicidade do governo federal.

E reclamaram ainda mais quando o Franklin Martins aprofundou a política de democratização da publicidade, abrangendo as empresas estatais.

Diziam que para falar com o Brasil bastava anunciar nos jornais de circulação nacional e nas redes de rádio e TV.

Hoje é fácil ver como estavam errados, pois a imprensa regional está cada vez mais forte. São 380 diários que circulam 4 milhões de exemplares por dia, de acordo com os dados da ADI-Brasil.

Isso ocorre porque temos políticas que levam progresso e inclusão social ao interior do país.

De cada 3 empregos criados no ano passado, 2 se encontram em cidades do interior e apenas 1 nas regiões metropolitanas.

Nunca antes o governo federal investiu tanto no desenvolvimento regional, para combater desequilíbrios injustos e injustificáveis.

Nunca antes a relação entre o governo federal, os Estados e as prefeituras foi tão republicana quanto nestes 11 anos.

E são jornais do interior – e não os veículos nacionais – que traduzem essa realidade.

Quando chegamos ao governo, a publicidade oficial era veiculada em anunciava em 249 rádios e jornais. Em 2009, o governo federal já estava anunciando em 4.692 rádios e jornais de todo o país.

Meus amigos, minhas amigas

Pediram-me para contar aqui uma experiência com a imprensa regional no período em que fui presidente da República. Vou contar o que aprendi comparando a cobertura da imprensa regional com a que fazem os grandes jornais.

Quando o Luz Pra Todos chega numa localidade rural ou numa periferia pobre, está melhorando a vida daquelas pessoas e gerando empregos. Isso é uma notícia importante para os jornais da região.

Os grandes jornais nunca deram valor ao Luz Pra Todos, mas quando o programa superou todas as expectativas e alcançou 15 milhões de brasileiros, um desse jornais deu na primeira página: “1 milhão de brasileiros ainda vivem sem luz”. Está publicado, não é invenção.

Onde é que estava esse grande jornal quando 16 milhões de brasileiros não tinham luz?

Quando chega o momento de plantar a próxima safra, são os jornais regionais que informam sobre as datas, os prazos, os juros e as condições de financiamento nas agências bancárias locais.

Mas na hora de informar à sociedade que em 11 anos o crédito agrícola passou de R$ 30 bilhões para R$ 157 bilhões, o que a gente lê num grande jornal é que a inflação pode aumentar porque o governo está expandindo o crédito.

Quando uma agência bancária da sua cidade recebe uma linha do BNDES pra financiar a compra de tratores e veículos pelo Mais Alimentos, vocês sabem que isso aumenta a produtividade e aquece o comércio local. É uma boa notícia.

Mas quando o programa bate o recorde de 60 mil tratores e 50 mil veículos financiados, a notícia em alguns jornais é que o governo “está pressionando a dívida interna bruta”.

Quando nasce um novo bairro na cidade, construído pelo Minha Casa Minha Vida, essa é uma notícia local muito importante.

Mas um programa que contratou 3 milhões de unidades, e já entregou mais da metade, só aparece na TV e nos grandes jornais se eles encontram uma casa com goteira ou um caso qualquer de desvio.

Quando o governo federal inaugura um hospital regional, isso é manchete nos jornais de todas as cidades daquela região. O mesmo acontece quando chega o SAMU ou um posto do Brasil Sorridente.

Mas lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo das quase 300 UPAs, 3 mil ambulâncias do SAMU e mais de mil consultórios odontológicos que foram abertos por todo o país nestes 11 anos.

A maior cobertura de políticas públicas que os grandes jornais fizeram, nesse período, foi para apoiar o fim da CPMF, que tirou R$ 50 bilhões anuais do orçamento da Saúde.

Quando sua cidade recebe profissionais do Mais Médicos, vocês sabem o que isso representa para os que estavam desatendidos. Vão entrevistar os médicos, apresentá-los à população.

Mas quando 15 mil profissionais vão atender 50 milhões de pessoas no interior do país, a imprensa nacional só fala daquela senhora que abandonou o programa por razões políticas, ou daquele médico que foi falsamente acusado de errar numa receita.

Quando um novo câmpus universitário é aberto numa cidade, os jornais da região dão matérias sobre os novos cursos, as vagas abertas, debatem o currículo, acompanham o vestibular.

Lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo que nestes 11 anos foram criadas18 novas universidades e abertos 146 novos campi pelo interior do país.

É nos jornais do interior que se percebe a mudança na vida de milhões de jovens, porque eles não precisam mais sair de casa, deixar para trás a família e os valores, para cursar a universidade.

O número de universitários no Brasil dobrou para 7 milhões, graças ao Prouni, ao Reuni e ao FIES. Os grandes jornais não costumam falar disso, mas são capazes de fazer um escândalo quando uma prova do ENEM é roubada de dentro da gráfica – que por sinal era de um dos maiores jornais do país.

Quando uma escola técnica é aberta numa cidade do interior, essa é uma notícia muito importante para os jovens e para os seus pais, e vai sair com destaque em todos os jornais da região.

Quando eu informo que nesses 11 anos já abrimos 365 escolas técnicas, duas vezes e meia o que foi feito em século neste país, os grandes jornais dizem apenas que o Lula “exaltou o governo do PT e voltou a atacar a oposição”.

Quando chega na sua cidade um ônibus, um barco ou um lote de bicicletas para transportar os estudantes da zona rural, essa é uma boa notícia.

O programa Caminho da Escola já entregou 17 mil ônibus, 200 mil bicicletas e 700 embarcações, para transportar 2 milhões de alunos em todo o país. Mas só aparece na TV se faltar combustível ou se o motorista do ônibus não tiver habilitação.

Eu costumo dizer que os grandes jornais me tratam muito bem. Mas eu gostaria mesmo é que mostrassem as mudanças que ocorrem todos os dias em todos os cantos do Brasil.

Meus amigos, minhas amigas,

Quanto mais distante estiver da realidade, mais vai errar um veículo de comunicação. Basta ver o que anda publicando sobre o Brasil a imprensa econômica e financeira do Reino Unido.

O país deles tem uma dívida de mais de 90% do PIB, com índice recorde de desemprego, mas eles escrevem que o Brasil, com uma dívida líquida de 33%, é uma economia frágil.

Não conheço economia frágil com reservas de US$ 377 bilhões, inflação controlada, investimento crescente e vivendo no pleno emprego.

Escrevem que os investidores não confiam no Brasil, mas omitem que somos um dos cinco maiores destinos globais de investimento externo direto, à frente de qualquer país europeu.

Dizem que perdemos o rumo e devemos seguir o exemplo de países obedientes à cartilha deles. Mas esquecem que desde 2008, enquanto o mundo destruiu 62 milhões de postos de trabalho, o Brasil criou mais de 10 milhões de novos empregos.

O que eu lamento é que alguns jornalistas brasileiros fiquem repetindo notícias erradas que vêm de fora, como bonecos de ventríloquo. Isso é ruim para a imprensa, porque o público sabe distinguir o que é realidade do que não é.

Alguns jornalistas dos grandes veículos passaram o ano de 2013 dizendo que a inflação ia estourar, mas ela caiu. Passaram o ano dizendo que a inadimplência ia explodir, mas ela também caiu.

Diziam que o desemprego ia crescer, e nós terminamos o ano com a menor taxa da história. Chegaram a dizer que o Brasil entraria em recessão, mas a economia cresceu 2,3%, numa conjuntura internacional muito difícil.

Eu gostaria que esses jornalistas viajassem pelo interior do país, conhecessem melhor a nossa realidade, estudassem um pouco mais de economia, antes de repetir previsões pessimistas que não se confirmam.

E vou continuar defendendo a liberdade de imprensa e o direito de opinião, porque sei que, mesmo quando erra, a imprensa livre é protagonista essencial de uma sociedade democrática.

Meus amigos, minhas amigas,

A democracia é o único sistema que permite transformar um país para melhor. E ela não existe sem que as pessoas participem diretamente da vida política. Por isso digo sempre aos jovens: se querem mudar a política, façam política. E façam de um jeito melhor, diferente. Negar a política é o caminho mais curto para abolir a democracia.

Aprimorar a democracia significa também garantir ao cidadão o direito à informação correta e ao conhecimento da diversidade de ideias, numa sociedade plural. Esse tema passa pela construção do marco regulatório da comunicação eletrônica, conforme previsto na Constituição de 1988.

O Código Brasileiro de Telecomunicações é de 1962, quando no país inteiro havia apenas 2 milhões de aparelhos de TV. Como diz o Franklin Martins, havia mais televizinhos do que televisores.

É de um tempo em que não havia rádio FM, não havia computadores, não havia internet. De um tempo em que era preciso marcar hora para fazer interurbano.
No Brasil de hoje é preciso garantir a complementariedade de emissoras privadas, públicas e estatais. Promover a competição e evitar a contaminação do espectro por interesses políticos. Estimular a produção independente e respeitar a diversidade regional do país.

Uma regulação democrática vai incentivar os meios de comunicação de caráter comunitário e social, fortalecer a imprensa regional, ampliar o acesso à internet de banda larga. Por isso foi tão importante aprovar o Marco Civil da Internet.

Este é o desafio que se apresenta aos meios de comunicação, seus dirigentes e seus profissionais, nesse novo Brasil: o desafio de ser relevante num país com uma população cada vez mais educada, com um nível de renda que favorece a independência de opinião e com acesso cada vez mais amplo a outras fontes de informação.

Quero cumprimentar a ADI-Brasil, mais uma vez, pela realização desse Congresso, e dar os parabéns aos seus associados, que levam notícias para a população do interior desse imenso país.

Muito obrigado.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Copa do Mundo e as Eleições 2014



A trinta dias do início da Copa do Mundo, a população brasileira parece não está motivada para o evento. O espírito de participação e união entre os povos, que envolve o evento, não contagiou [ainda] os anfitriões. Parte dessa má vontade, com a Copa, se deve a mídia local. Os principais veículos de comunicação do país colocaram o pé no freio, em se tratando de propaganda motivadora para Copa do Mundo.

O que parece, nos grandes centros populacionais do país, é que não estamos às vésperas de sediar um grande evento como a Copa do Mundo. Em outras épocas, nas Copas da África, Alemanha e Ásia, se via a população brasileira motivada, pintando ruas, enfeitando praças, vestindo as cidades de verde e amarelo... E essa, aqui na nossa casa, não se percebe alegria. Pelo menos ainda não.

Isso nos leva a perceber a importância dos meios de comunicação para o sucesso de um evento como este. A imprensa brasileira [não é preciso muito esforço para constatar] preferiu se colocar contra o evento. 

Numa visão perspicaz, dos barões da mídia, para consegui atingir o governo federal. Seria mais ou menos assim, o pensamento daqueles que fazem a Grande Mídia:

- se o país se der mal na realização da Copa do Mundo, o governo petista perde a eleição.   
- se a seleção canarinho não ganhar a Copa, Dilma perde a eleição.

Daí, todas as fichas dos barões da mídia, estão sendo apostadas no fracasso total do evento, que aliás, tem sido ventilado pelos jornalões e revistas semanais, desde 2007, ano da escolha do país como sede da Copa de 2014.

Os “formadores de opinião” vêm atacando a “falta de competência” do governo em realizar a Copa, há mais de cinco anos. Achavam que os estádios não estariam prontos. Decepcionados, passaram a atiçar a opinião pública quanto ao dinheiro público empregado na construção dos estádios. Uma vez negado e comprovado pelo governo [os estádios não foram construídos com dinheiro público], passaram a atacar as obras de mobilidade, dos portos e aeroportos, a expansão do parque hoteleiro do país e uma gama de obras de infraestrutura que estão sendo movimentada em todas as cidades sedes e em muitas outras localidades.

A Copa tem que ser um fracasso. É o que espera a Grande Imprensa. Só isso pode levar ao poder central do país, em outubro desse ano, o candidato dos barões da mídia. Aquele que dará de volta o Brasil nas mãos da elite burguesa brasileira. Os que se acham os verdadeiros donos do país.

O cenário pós Copa será esse: ainda que 99% dos turistas que vieram ao Brasil declarem que a Copa foi excelente, que 99% dos jogadores parabenizem o Brasil pela organização, que 99% da população esteja feliz e satisfeita com a realização da Copa... Ainda assim, a oposição irá atrás dos que fazem parte do 1% que não estão satisfeitos e propagarão o "fiasco" que foi a Copa. 

É claro que muitas obras não estará prontas para a Copa. Mas, ficará prontas para nós. Para o povo brasileiro. Isso é o que importa.

Portanto, cabe a mim e a você não compartilhar o pensamento pernicioso dos “colunistas” da mídia conservadora. 

Estamos diante de uma grande oportunidade de mostrar ao mundo que nosso país é um lugar extraordinário. Que estamos prontos para recebê-los com um sorriso no rosto.

Nunca diga que não estamos preparados! Daqui a trinta dias eu e você vamos ajudar o Brasil a realizar a maior e melhor Copa do Mundo, de todos os tempos. Afinal, Copa é copa e eleição é outra coisa.  

sábado, 10 de maio de 2014

Quando vai acabar essa perseguição? Por que Dirceu causa tanto medo a Barbosa?

Nota dos Advogados de Dirceu sobre a decisão de Barbosa

Há muitos anos os Tribunais brasileiros, em especial o Superior Tribunal de Justiça (STJ), entendem perfeitamente cabível a concessão de trabalho externo para o preso condenado ao regime semiaberto.
É uma questão jurídica pacificada, não existe controvérsia. Como prova, basta observar que o Procurador-Geral da República Dr. Rodrigo Janot, os representantes do Ministério Público do Distrito Federal e os juízes da Vara de Execuções Penais de Brasília, todos, sem exceção, concordaram que os presos da Ação Penal 470, condenados ao semiaberto, pudessem exercer imediatamente o direito ao trabalho externo.

O Ministro Joaquim Barbosa tinha absoluta ciência que os demais condenados da Ação Penal 470 estavam trabalhando fora do presídio e também não discordou da viabilidade jurídica deste importante direito.

Justamente no momento em que o Ministro Joaquim Barbosa teria que decidir sobre um condenado específico, o ex-Ministro da Casa Civil José Dirceu, sobreveio uma abrupta mudança de entendimento.

O Ministro Joaquim Barbosa passou a alegar que os brasileiros condenados ao regime semiaberto não possuem mais o direito ao trabalho externo. Devem,primeiro, cumprir o total de um sexto da pena imposta. Para justificar esta decisão, que contraria o entendimento atual unânime e consolidado dos tribunais brasileiros, citou julgados da década de noventa. Inovou no direito brasileiro, criando a jurisprudência que evolui para trás e caminha para o atraso.

O retrocesso pretendido pelo Ministro Joaquim Barbosa é ilógico e cruel. No seu entendimento, todo cidadão condenado ao semiaberto somente poderá trabalhar fora da prisão depois de cumprir um sexto da pena. Porém, depois deste período, o condenado deixa o regime semiaberto em progressão ao regime aberto. Na prática, o Ministro Joaquim Barbosa proclamou que nenhum preso condenado ao semiaberto poderá exercer o direito ao trabalho externo.

Em complemento, o Ministro Joaquim Barbosa afirmou que um escritório de advocacia não é adequado para José Dirceu exercer trabalho administrativo porque não permitiria a fiscalização do Estado. Esqueceu-se de observar que o escritório em questão foi devidamente vistoriado e aprovado pelos técnicos da Seção Psicossocial da Vara de Execuções Penais de Brasília. O Juiz e o Ministério Público de Brasília aprovaram a fiscalização realizada.

A incoerência da decisão do Ministro Joaquim Barbosa é chocante, pois ele próprio nunca manifestou oposição ao trabalho externo que os demais condenados da AP 470 exercem há meses. É importante que o Supremo Tribunal Federal casse imediatamente esta decisão individual de seu Presidente para evitar um desastroso impacto no sistema penitenciário brasileiro, que terá que absorver, não apenas os presos da AP 470, mas todos os outros sentenciados que hoje exercem pacificamente o trabalho externo e caminham para a ressocialização.

Por fim, a decisão adotada pelo Ministro Joaquim Barbosa deixa claro, para aqueles que ainda podiam ter alguma dúvida, que o julgamento da Ação Penal 470 foi um lamentável ponto fora da curva.

José Luis Oliveira Lima
Rodrigo Dall’Acqua
Advogados de José Dirceu

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Carta de Rodrigo Viana ao Senador Aloysio Nunes

Extraído do blog: ESCREVINHADOR

Lembre-se, caro senador, que esse clima de “pega pra capar” costuma começar com Robespierre cortando cabeças. E depois a cabeça de Robespierre também vai pra guilhotina. Com todo o respeito, não perca a cabeça.
 
por Rodrigo Vianna
 
Caro senador, essa “carta” é escrita sem rancor nem ironia. O senhor provavelmente nem me conhece. Escrevo depois de vê-lo agredir verbalmente um blogueiro que tentou entrevistá-lo na última terça-feira, no Congresso. O senhor xingou o rapaz, avançou contra ele, e depois tentou se justificar nas redes sociais, dizendo que ele era um “ex-assessor do PT”. Aqui um tweet do @Aloysio_Nunes: “acha que um senador de oposição pode ser ofendido por um ex-assessor do PT ? Acha que não há câmeras no Senado?”
A mídia ligada ao tucanato rapidamente espalhou a notícia (falsa) de que um senador reagira a “insultos” de um blogueiro ligado ao PT. O nome do blogueiro é Rodrigo Pilha. As imagens, senador, não mostram insultos por parte do blogueiro. Mas um tratamento até respeitoso – apesar de provocativo.

Parece-me que o PSDB está mal acostumado: protegido pela mídia paulista e mineira, tem queixo de vidro. Não sabe apanhar, perdeu a capacidade de levar uns golpes. Já quer partir pra briga, pedir cabeças, mandar prender. Lamentável.

Senador, preciso dizer que eu costumava ter certo respeito pelo senhor, pela sua história. Respeito, justamente, pela firmeza que o senhor demonstrou nos momentos em que seu partido esteve na defensiva no segundo governo Lula. Enquanto Serra e Alckmin “esconderam” FHC, e renegaram o privatismo, o senhor fez campanha ao Senado com FHC no horário eleitoral em 2010. Defendeu FHC, e foi apoiado por ele. Gosto de gente que atua assim, de peito aberto. Mesmo carregando um fardo pesado.

Além disso, quando era Chefe da Casa Civil de Serra no governo paulista, o senhor alocou recursos para publicar livro importante, sobre desaparecidos políticos – editado por famílias de gente que morreu lutando contra a ditadura.

Muita gente não sabe que o senador Aloysio foi um dia o “camarada Mateus” – guerrilheiro da ALN. Atuou ao lado de Marighella, deu tiros, assaltou. Jamais renegou esse passado. E nem teria porque fazê-lo: lutava contra uma ditadura. O senhor foi mais prestativo do que certos petistas no momento em que famílias de desaparecidos e mortos pela ditadura precisaram de ajuda. De novo, postura corajosa, na medida em que contraria posições de eleitores e da base social tucana em São Paulo – que se deslocou para a direita.
Pois bem. Ao avançar contra o blogueiro no Congresso, o senhor não mostrou coragem. Ao contrário, confundiu bravura com desrespeito e autoritarismo. Foi covarde, até.

Mais que isso: o senhor justificou o ataque ao blogueiro pelo fato de ele ser do PT. Não esperava que o senhor aderisse à lógica justiceira que já incendeia as ruas e a internet. Há um movimento, um desejo latente em certos setores, de “exterminar o PT”. E ele gera um clima violento de parte a parte. “Tucanalha” de um lado. “Petralha” do outro. Onde isso vai nos levar, senador?

De fato, a abordagem do blogueiro Pilha pode ter irritado o senhor. Mas já imaginou se Genoíno ou Dirceu reagissem da mesma forma, quando foram abordados de forma muito mais agressiva por equipe de TV? Imagine se um parlamentar do PT avançasse sobre um jornalista ou humorista, gritando e xingando como o senhor fez? Estaria sujeito a pedido de cassação, por quebra de decoro. Viraria manchete. Sabemos que a mídia tucana não fará isso com o senhor. Mesmo assim, sua imagem (perseguindo aos berros o blogueiro) percorre a internet; e  não é das mais edificantes.

Imagine se o ex-presidente Lula fizesse o mesmo com certos blogueiros da “Veja” que o atacam de forma muito mais virulenta todos os dias? O Lula teria que dar uns sopapos na turma da “Veja”? Mandar a “PQP”? Esfolar? Prender?

Caro senador Aloysio, o senhor errou.

Perder a cabeça é algo normal. Quem sou eu pra dar lição de moral nesse sentido… Quem me conhece sabe que eu também brigo, não aceito desaforo. Então, senador, o mais grave não foi perder a cabeça. Mas tentar justificar o ataque porque afinal, do outro lado, estava um petista.

Senador, isso parece aquela turma que lamenta o linchamento da moça no Guarujá, porque afinal “ela não fez nada”, “não era a pessoa certa”. Ah, se tivesse feito, então podia linchar?

Esse clima de “linchamento”, de “criminalização” política, afeta hoje mais gravemente o PT. Até porque o bombardeio midiático é desproporcionalmente mais intenso quando há um petista envolvido em denúncias. Mas essa história de “vai pra puta que te pariu, seu petista”, pode virar fácil “morte aos tucanos que acabaram com a água de São Paulo”.

Senador, o senhor deveria pedir desculpas ao rapaz. Isso não o diminuiria em nada. Não significaria ceder em um milímetro nos duros embates com o PT. Legítimos, apesar de quase sempre eu estar do outro lado – e não ao seu lado nesses embates.

A sua história, apesar do PSDB ter ido para a direita, não merecia esse momento Toninho Malvadeza. O senhor é melhor que isso. Apesar de todas nossas discordâncias, sei que é.
E acho que o senhor faria bem se respondesse às perguntas que o blogueiro tentou fazer ao ser interrompido pelo “vai pra puta que te pariu”:

- por que o PSDB quer CPI em Brasília, mas não admite CPI em São Paulo para apurar as denúncias graves de “corrupa” no Metrô e nos trens?
- se o senhor acha que não precisa de CPI em São Paulo porque afinal já há outras instâncias (MP, policia etc) a investigar, por que diabos esse raciocínio não vale para a Petrobrás?
- e o que o senhor acha do envolvimento de seu nome nas denúncias em São Paulo? O senhor não deve? Então explique, sem gritar – por favor.
Lembre-se, caro senador, que esse clima de “pega pra capar” costuma começar com Robespierre cortando cabeças. E depois a cabeça de Robespierre também vai pra guilhotina.

Com todo o respeito, não perca a cabeça.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Verdades repercutem: Pérolas de Pereio sobre fhc no Twitter

Respeito até o mentiroso, o debilóide, um cretino com ideia fixa (tipo Serra). Mas não aceito cinismo. Nunca fui cínico... e o FHC é um - Um sujeito que faz carreira como sociólogo de esquerda, respeitado e incensado, chega ao poder e pede "esqueçam o que eu escrevi", presta?

- Só a elite paulistana, decadente, ridícula, quatrocentona de merda, pra achar que um presidente que quebrou o país vale alguma coisa, porra! - E o avião presidencial, levando o Paulo Henrique Cardoso, mulher e filhas para passear em Punta del Este? Já se esqueceram dessa esbórnia?

- Centenas de conversas telefônicas entre Eduardo Jorge, braço-direito de FHC, e o juiz Lalau, aquele corruptaço.

- Foi, também, no gov. FHC que um grampo mostrou conversas entre ele, André Lara Resende, Mendonção, direcionando a privatização da telefonia

- No governo do FHC um grampo pegou o embaixador Júlio César Santos, seu homem de confiança, se corrompendo. Foi na CPI do Sivam e caiu - Governo FHC: a mulher, o filho, a filha e o genro.E quem confunde o público com o privado é o Lula, sem um parente no governo. Que cínico!

- Luciana Cardoso, a mulher mais mal-educada da República, foi secretaria de qual presidente?
Do Lula? Não! Do paizão FHC. E o Lula é o aético?

- FHC diz que Lula confunde o público com privado.
Paulo Henrique Cardoso, que torrou + de US$ 20 milhões na Feira de Hannover é filho de Lula?

- FHC, aquele senhor simpático que protagonizou três quebradeiras do Brasil, criticando o PIB da Dilma Tá faltando espelho para o Narciso

- David Zulberstajn, um esperto que foi presidente-dono da Agência Nacional do Petróleo no governo de FHC, era genro do Lula? Não! Era de FHC!

-Recordar é viver: quem revelou as contas escandalosas da Comunidade Solidária,
brinquedo da falecida Ruth, foi o tucano Álvaro Dias, porra!

- FHC, volta para o seu mausoléu de luxo, volta.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O papel da imprensa brasileira no processo eleitoral de 2014.



Outro dia ouvi um presidenciável oposicionista dizer que Dilma só estava a frente nas pesquisas de intenções de votos, para presidente da república, devido sua exposição na imprensa brasileira.

Quanta cara de pau desse candidato. O Aécio não perde tempo em querer nos fazer de idiotas.

Pra Dilma seria melhor se a imprensa brasileira não tocasse no nome dela. Porque o que se ver nas empresas dos barões da mídia conservadora é o achincalhe da pessoa da Presidente do Brasil.

Você pode fazer uma pesquisa agora. Faça um "tour" pelos sites dos "formadores de opinião" da Grande Mídia. Veja se descobre se um deles [somente um] que não esteja usando um termo pejorativo sobre a presidente Dilma.

Nenhuma medida tomada pelo governo federal, nenhuma palavra dita por Dilma recebe elogios. São só críticas estampadas nos jornalões e revistas semanais.

Ações orquestradas dão visibilidade negativa a políticos petistas por todo país. Seja os que estão na Papuda ou os que serão candidatos a governos estaduais,não importa!, está aberta a caça aos petistas com o intuito de, principalmente, diminuir o prestígio e a vantagem de votos de Dilma Rousseff.

A imprensa brasileira perdeu muito, em todos os sentidos, com a chegada do PT ao governo. No tempo do fhc era diferente. Os barões da mídia sabem que com Aécio ou Eduardo, vai ser melhor PRA ELES.

O papel da imprensa é tão crucial no processo eleitoral de 2014, que Aécio e Eduardo se laçaram candidatos sem haver a preocupação em apresentar propostas de governo. Bastando apenas afiar a língua com suas críticas ao governo petista.

A ajuda que a imprensa tem dado aos dois, diuturnamente, se por um lado afasta o público que não se deixa manipular, por outro aliena os fracos de questionamentos. O que tem de gente falando abobrinhas nesse país... Leiam as caixas de comentários dos sites da globo ou da veja, por exemplo. Mas, um conselho: antes tome um DRAMIN para evitar à náuseas.

Não cabe nesse momento, da ação midiática de enfraquecimento aos governos petistas com todas as armas disponíveis, propagar os erros e falhas dos opositores. Vários casos de corrupção envolvendo políticos do psdb, dem, pps, psol, estão sendo investigados ou estão guardados em gavetas no MP ou no STF, mas, que não é FUNÇÃO DA IMPRENSA BRASILEIRA PUBLICAR.

O que vale, nesse momento, é expor a relação do Padilha com doleiro preso, é dá manchete a palavra de uma deputada tucana que foi visitar o Dirceu e achou que ele está tendo privilégios, é mostrar ao Brasil (ao vivo) em pleno 1º de maio o Genoíno voltando pra Papuda, é repercutindo pesquisas de intenção de votos duvidosas, é propagando o "fiasco" da Copa, é trazendo a tona o caso de Pasadena, é mostrando falhas no Mais Medico...

Esse negócio dos trens de São Paulo, de 20 anos de “Cartel”, de tucano sendo condenado na Suíça e no Brasil nada(!), de cem mil funcionários exonerado em Minas, do helicóptero de coca, de privataria tucana, mensalão do tucano, mensalão do dem, de Cachoeira com Caneta, de Demóstenes Torres, da dieta que Roberto Jeffesson está recebendo no presídio... ISSO NÃO É DÁ RESPONSABILIDADE DA MÍDIA BRASILEIRA DIVULGAR!

Globo, Veja, Folha e Estadão, o câncer do Brasil!