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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Governo do Paraná: a face do mal

Que profissão dignifica mais o homem? 
Qual delas é responsável pelo equilíbrio das relações sociais?
Quanto devemos a esses profissionais que todos os dias repassam cidadania, sabedoria e educação a humanidade?
O que seria de nós sem eles? O que seria do mundo sem eles? O que seria do Paraná, sem eles?
Quanto sofre um povo por ter feito escolhas erradas?

O Estado do Paraná tem vivido tempos sombrios. Isso é o resultado em legitimar o poder nas mãos de um tirano.
A classe Docente do Estado do governador eleito pelo voto do povo, beto [hitler] richa, está sangrando.

Não existe um Professor no país ou, quiçá, no mundo, que saiba como está sendo tratado os profissionais da Docência do Paraná, que não esteja sentido a dor.
Mais doida que as marcas no corpo pela ação dos cassetetes  e a falta de ar nos pulmões das bombas de gás, é a dor da alma. 

Valeu a pena tanto esforço?
A busca por um mundo melhor, o equilíbrio universal, valeu a pena?
A profissão que deveria ser mais valorizada... 

O profissional que deveria ser mais respeitado, nesse país, está sendo aniquilado por um governo legitimamente eleito pelo sufrágio universal.
Que povo dá poder a um homem pra agir contra esse mesmo povo?


Até quando durará a tirania do Paraná?

Como pode o executivo e o legislativo federal, a justiça, os homens de bem desse país, assistir a tudo isso sem se indignar.

De onde virá a voz que vai mudar isso!
Já passou da hora de haver uma intervenção no Estado. O mais rápido possível!

Cessem essa dor.
Tirem esse louco sarcástico do poder o quanto antes. 

Esse governo já deu prova de que não tem condições de dialogar nem com Professores. 

Um governo que não sabe dialogar com a classe Docente do Estado vai saber dialogar com qualquer outra classe profissional?

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fragilizado o psb de PE corre pra junto de Lula e Dilma.

Governador de PE  dentro de um Jeep com a Presidenta.

A política, assim como na vida, nos causa reveses que nos marcarão pra sempre. 

É o caso do psb de Pernambuco. Não falo do partido nacionalmente, mas, exclusivamente referente ao meu Estado.

O partido, após longa aliança com o PT, escolheu por abandonar uma relação que só trazia êxito para o Estado de Pernambuco. O então presidente do partido e candidato ao Planalto, Eduardo Campos, preferiu um caminho mais à direita, fortalecendo os críticos de Lula e de Dilma.

Ironicamente aqueles, de fora do partido, que mais fortaleceram o projeto do psb no Estado, foram vítimas do descaso, ódio e traição. Lula e Dilma, não mereceram as críticas propagadas pelos políticos psbista.
  
Dilma venceu as eleições no âmbito nacional e o candidato do candidato a presidência, Eduardo Campos, também venceu as eleições no Estado.

Comovidos com a morte trágica e prematura do político de maior expressão do Estado, os pernambucanos legitimaram Paulo Câmara, governador.

Em menos de um ano de mandato, o aprendiz de governador, como é por aqui chamado, tem enfrentado os piores dias de sua vida pública. Greve de professores, alto índice de homicídio, obras paralisadas... O Estado de Pernambuco está uma verdadeira bagunça administrativa.

Lá a traz, o psb do Eduardo Campos não só deu as costas pra Dilma, como a perseguiu de forma degradante e preconceituosa. Chegaram, inclusive, a movimentar a militância do partido contra ela na ocasião do velório do Eduardo.

Depois de uma longa caminhada tentando, junto com outras forças reacionárias pelo país, aniquilar com o partido de Lula, o psb de PE dá prova de desgaste político no Estado.

A verdade é que sem o apoio de Lula e Dilma, o psb de Pernambuco não teria o que tem hoje. Digamos que o psb de PE sempre esteve sob a sombra da Estrela Vermelha.

Diante do naufrágio do partido no Estado, em quem se segurar?

Pelo jeito só lhe resta como tábua de salvação, o PT de Lula e da Dilma. Justamente aqueles que eles difamaram com o intuito de destruir.

Essa semana na inauguração da fábrica da Fiat, Dilma deu um recado aos políticos do psb do Estado. De forma coerente, com humildade e grandeza humana [própria da pessoa da Dilma], reconheceu a parceria entre os governos federal e estadual e o esforço do Lula e do Eduardo, em trazer a fábrica da Fiat para Goiana.

A verdade não dita antes, agora vai sendo mencionada por políticos do partido do Eduardo e publicada de forma modesta, pelos jornais locais. A de que as escolhas de Lula e da Dilma para Pernambuco, foram primordiais para impulsionar o emprego, o PIB do Estado e o bem estar social do povo pernambucano.

A fábrica da Fiat, o Complexo Industrial de Suape, o Polo Naval, a Refinaria Abreu e Lima, a Hemobras, e muitos outros empreendimentos que chegaram e estão chegando ao Estado.

Antes o governador Paulo Câmara, tinha repulsa em, sequer, tocar no nome da Dilma. Hoje já a acompanha de helicóptero da Base Aérea do Recife até a planta da Jeep, em Goiana.

Hoje o governador de Pernambuco se submete a fazer um tour com a Presidenta, pelas dependências da montadora Fiat.

Pois é... Assim como na vida é na política.


terça-feira, 28 de abril de 2015

Uma aula de civilidade.

Engana-se quem acha que no Supremo Federal todos os ministros são iguais. Não são!

Luís Roberto Barroso é uma das provas disso. Ele é um exemplo de civilidade e caráter que faz gosto a gente ver. Homem digno e sensato. 

Como seria aquela casa se houvesse seis, sete, oito ministros com a mesma envergadura e capacidade de julgamento do Barroso? 

A justiça brasileira não deveria se espelhar no Supremo. Deveria sim, seguir os passos de homens como o Ministro Barroso. Uma parte que dignifica o todo.

Há outros no mesmo nível do Barroso, no Supremo. Há poucos, é verdade! Mas, ele não é o único. Que bom!

Essa semana ele proferiu discurso na Universidade do Rio de Janeiro, onde foi Patrono de uma turma de formandos em Direito. 

Foi o que podemos dizer de... emocionante ouvi-lo. 

Se os formandos seguir o Mestre... 

Segue o discurso na integra. 


A vida e o Direito: breve manual de instruções
I. Introdução
Eu poderia gastar um longo tempo descrevendo todos os sentimentos bons que vieram ao meu espírito ao ser escolhido patrono de uma turma extraordinária como a de vocês. Mas nós somos – vocês e eu – militantes da revolução da brevidade. Acreditamos na utopia de que em algum lugar do futuro juristas falarão menos, escreverão menos e não serão tão apaixonados pela própria voz.
Por isso, em lugar de muitas palavras, basta que vejam o brilho dos meus olhos e sintam a emoção genuína da minha voz. E ninguém terá dúvida da felicidade imensa que me proporcionaram. Celebramos esta noite, nessa despedida provisória, o pacto que unirá nossas vidas para sempre, selado pelos valores que compartilhamos.
É lugar comum dizer-se que a vida vem sem manual de instruções. Porém, não resisti à tentação – mais que isso, à ilimitada pretensão – de sanar essa omissão. Relevem a insensatez. Ela é fruto do meu afeto. Por certo, ninguém vive a vida dos outros. Cada um descobre, ao longo do caminho, as suas próprias verdades. Vai aqui, ainda assim, no curto espaço de tempo que me impus, um guia breve com ideias essenciais ligadas à vida e ao Direito.
II. A regra nº 1
No nosso primeiro dia de aula eu lhes narrei o multicitado "caso do arremesso de anão". Como se lembrarão, em uma localidade próxima a Paris, uma casa noturna realizava um evento, um torneio no qual os participantes procuravam atirar um anão, um deficiente físico de baixa altura, à maior distância possível. O vencedor levava o grande prêmio da noite. Compreensivelmente horrorizado com a prática, o Prefeito Municipal interditou a atividade.

Após recursos, idas e vindas, o Conselho de Estado francês confirmou a proibição. Na ocasião, dizia-lhes eu, o Conselho afirmou que se aquele pobre homem abria mão de sua dignidade humana, deixando-se arremessar como se fora um objeto e não um sujeito de direitos, cabia ao Estado intervir para restabelecer a sua dignidade perdida. Em meio ao assentimento geral, eu observava que a história não havia terminado ainda.
E em seguida, contava que o anão recorrera em todas as instâncias possíveis, chegando até mesmo à Comissão de Direitos Humanos da ONU, procurando reverter a proibição. Sustentava ele que não se sentia – o trocadilho é inevitável – diminuído com aquela prática. Pelo contrário.
Pela primeira vez em toda a sua vida ele se sentia realizado. Tinha um emprego, amigos, ganhava salário e gorjetas, e nunca fora tão feliz. A decisão do Conselho o obrigava a voltar para o mundo onde vivia esquecido e invisível.
Após eu narrar a segunda parte da história, todos nos sentíamos divididos em relação a qual seria a solução correta. E ali, naquele primeiro encontro, nós estabelecemos que para quem escolhia viver no mundo do Direito esta era a regra nº 1: nunca forme uma opinião sem antes ouvir os dois lados.
III. A regra nº 2
Nós vivemos em um mundo complexo e plural. Como bem ilustra o nosso exemplo anterior, cada um é feliz à sua maneira. A vida pode ser vista de múltiplos pontos de observação. Narro-lhes uma história que li recentemente e que considero uma boa alegoria. Dois amigos estão sentados em um bar no Alaska, tomando uma cerveja. Começam, como previsível, conversando sobre mulheres. Depois falam de esportes diversos. E na medida em que a cerveja acumulava, passam a falar sobre religião. Um deles é ateu. O outro é um homem religioso. Passam a discutir sobre a existência de Deus. O ateu fala: "Não é que eu nunca tenha tentado acreditar, não. Eu tentei. Ainda recentemente. Eu havia me perdido em uma tempestade de neve em um lugar ermo, comecei a congelar, percebi que ia morrer ali. Aí, me ajoelhei no chão e disse, bem alto: Deus, se você existe, me tire dessa situação, salve a minha vida". Diante de tal depoimento, o religioso disse: “Bom, mas você foi salvo, você está aqui, deveria ter passado a acreditar". E o ateu responde: "Nada disso! Deus não deu nem sinal. A sorte que eu tive é que vinha passando um casal de esquimós. Eles me resgataram, me aqueceram e me mostraram o caminho de volta. É a eles que eu devo a minha vida". Note-se que não há aqui qualquer dúvida quanto aos fatos, apenas sobre como interpretá-los.
Quem está certo? Onde está a verdade? Na frase feliz da escritora Anais Nin, “nós não vemos as coisas como elas são, nós as vemos como nós somos”. Para viver uma vida boa, uma vida completa, cada um deve procurar o bem, o correto e o justo. Mas sem presunção ou arrogância. Sem desconsiderar o outro.

Aqui a nossa regra nº 2: a verdade não tem dono.
IV. A regra nº 3
Uma vez, um sultão poderoso sonhou que havia perdido todos os dentes. Intrigado, mandou chamar um sábio que o ajudasse a interpretar o sonho. O sábio fez um ar sombrio e exclamou: "Uma desgraça, Majestade. Os dentes perdidos significam que Vossa Alteza irá assistir a morte de todos os seus parentes". Extremamente contrariado, o Sultão mandou aplicar cem chibatadas no sábio agourento. Em seguida, mandou chamar outro sábio. Este, ao ouvir o sonho, falou com voz excitada: "Vejo uma grande felicidade, Majestade. Vossa Alteza irá viver mais do que todos os seus parentes". Exultante com a revelação, o Sultão mandou pagar ao sábio cem moedas de ouro. Um cortesão que assistira a ambas as cenas vira-se para o segundo sábio e lhe diz: "Não consigo entender. Sua resposta foi exatamente igual à do primeiro sábio. O outro foi castigado e você foi premiado". Ao que o segundo sábio respondeu: "a diferença não está no que eu falei, mas em como falei".
Pois assim é. Na vida, não basta ter razão: é preciso saber levar. É possível embrulhar os nossos pontos de vista em papel áspero e com espinhos, revelando indiferença aos sentimentos alheios. Mas, sem qualquer sacrifício do seu conteúdo, é possível, também, embalá-los em papel suave, que revele consideração pelo outro.

Esta a nossa regra nº 3: o modo como se fala faz toda a diferença.

V. A regra nº 4Nós vivemos tempos difíceis. É impossível esconder a sensação de que há espaços na vida brasileira em que o mal venceu. Domínios em que não parecem fazer sentido noções como patriotismo, idealismo ou respeito ao próximo. Mas a história da humanidade demonstra o contrário. O processo civilizatório segue o seu curso como um rio subterrâneo, impulsionado pela energia positiva que vem desde o início dos tempos. Uma história que nos trouxe de um mundo primitivo de aspereza e brutalidade à era dos direitos humanos. É o bem que vence no final. Se não acabou bem, é porque não chegou ao fim. O fato de acontecerem tantas coisas tristes e erradas não nos dispensa de procurarmos agir com integridade e correção. Estes não são valores instrumentais, mas fins em si mesmos. São requisitos para uma vida boa. Portanto, independentemente do que estiver acontecendo à sua volta, faça o melhor papel que puder. A virtude não precisa de plateia, de aplauso ou de reconhecimento. A virtude é a sua própria recompensa.
Eis a nossa regra nº 4: seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando.
VI. A regra nº 5
Em uma de suas fábulas, Esopo conta a história de um galo que após intensa disputa derrotou o oponente, tornando-se o rei do galinheiro. O galo vencido, dignamente, preparou-se para deixar o terreiro. O vencedor, vaidoso, subiu ao ponto mais alto do telhado e pôs-se a cantar aos ventos a sua vitória. Chamou a atenção de uma águia, que arrebatou-o em vôo rasante, pondo fim ao seu triunfo e à sua vida. E, assim, o galo aparentemente vencido reinou discretamente, por muito tempo. A moral dessa história, como próprio das fábulas, é bem simples: devemos ser altivos na derrota e humildes na vitória. Humildade não significa pedir licença para viver a própria vida, mas tão-somente abster-se de se exibir e de ostentar. Ao lado da humildade, há outra virtude que eleva o espírito e traz felicidade: é a gratidão. Mas atenção, a gratidão é presa fácil do tempo: tem memória curta (Benjamin Constant) e envelhece depressa (Aristóteles). Portanto, nessa matéria, sejam rápidos no gatilho. Agradecer, de coração, enriquece quem oferece e quem recebe.
Em quase todos os meus discursos de formatura, desde que a vida começou a me oferecer este presente, eu incluo a passagem que se segue, e que é pertinente aqui. "As coisas não caem do céu. É preciso ir buscá-las. Correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. Muitas vezes, será necessário voltar ao ponto de partida e começar tudo de novo. As coisas, eu repito, não caem do céu. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos e coração, chegarem à vitória final, saboreiem o sucesso gota a gota. Sem medo, sem culpa e em paz. É uma delícia. Sem esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais. Que ninguém é bom sozinho. E que, no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu, e é preciso agradecer".
Esta a nossa regra nº 5: ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.
VII. Conclusão
Eis então as cláusulas do nosso pacto, nosso pequeno manual de instruções:
1. Nunca forme uma opinião sem ouvir os dois lados;
2. A verdade não tem dono;
3. O modo como se fala faz toda a diferença;
4. Seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando;
5. Ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.
Aqui nos despedimos. Quando meu filho caçula tinha 15 anos e foi passar um semestre em um colégio interno fora, como parte do seu aprendizado de vida, eu dei a ele alguns conselhos. Pai gosta de dar conselho. E como vocês são meus filhos espirituais, peço licença aos pais de vocês para repassá-los textualmente, a cada um, com toda a energia positiva do meu afeto:
(i) Fique vivo;
(ii) Fique inteiro;
(iii) Seja bom-caráter;
(iv) Seja educado; e
(v) Aproveite a vida, com alegria e leveza.
Vão em paz. Sejam abençoados. Façam o mundo melhor. E lembrem-se da advertência inspirada de Disraeli: "A vida é muito curta para ser pequena".
 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Uma vergonha as Casas Legislativas desse país.

Um amigo me ligou hoje pela manhã, pedindo que eu assistisse a reportagem do fantástico, sobre uma casa legislativa municipal onde existem, segundo a reportagem, os vereadores mais caros das cidades brasileiras.

A cidade é Boa Vista, Roraima, e os vinte e um vereadores ganham quase 90 mil reais por mês, pra fazer absolutamente nada ou quase nada. 

As sessões da casa legislativa de Boa Vista ocorrem duas vezes na semana e duram duas horas. 

Ou seja, os caras “trabalham”, em média, dezesseis horas por mês e embolsam R$: 90.000,00.

A globo quando quer faz um bom serviço de utilidade pública e de investigação contra os que realmente roubam os cofres públicos.

Mas isso é só quando ela quer!

Sobre a matéria, eu tenho dito sempre: primeiro que o dinheiro que está sendo desviado em todas as casas legislativas desse país é absurda. Seja a casa federal, as estaduais e principalmente as casas legislativas municipais.

Em segundo lugar, já questionei aqui outras vezes: pra quê serve o vereador da sua cidade?

Em julho de 2013 escrevi que, diante da possibilidade de uma Reforma Política, seria oportuno que os congressistas colocassem em discussão, junto a sociedade, o fim dessa função pública.


O rombo nos cofres públicos é menos visível nas falcatruas entre vereadores, ministério público e prefeitos. O que ocorre, em muitos municípios, são verdadeiras quadrilhas roubando dinheiro da merenda escolar, da compra de medicamentos, da construção de casas, de obras importantes para os munícipes.

Se passar um pente fino nas câmaras de vereadores de todo o país, vão encontrar desvio de conduta de vereadores em obras superfaturadas, obras inexistentes embora já pagas, conluio entre vereadores e prefeitos, entre aqueles e deputados estaduais, federais, senadores e toda leva de funcionários públicos.

É no município a base de toda cafajestada dos "HOMENS de BENS" desse país. E põe BENS nisso! Um cara é eleito vereador, entra pra cumprir o mandato "puxando uma cachorrinha", um ou dois anos depois, passa a ser dono de lanchonete, imóveis, carros importados, casa de praia, sítio, milhares de reais em contas bancárias.

"É preciso olhar em volta e perceber que vivemos novos tempos, e a sociedade precisa acompanhar as mudanças. A função de vereador, não faz parte da relação de funções necessárias, fundamentais,  importantes para o ordenamento político. Se transformou numa função arcaica, ultrapassada e sem fundamento!"    

O único fundamento da função de vereador é o enriquecimento deles próprios. Enquanto isso, na nossa casa, que é a cidade onde moramos, falta obras básicas de infraestrutura. Simplesmente porque o vereador esqueceu de exercer sua principal função: fiscalizar o executivo e exigir a conclusão das obras e das leis.

Um registro: parabéns ao Fantástico e a Rede "grobo".
Aprendi algo na vida que jamais lançarei fora de mim: reconhecer os acertos dos outros. Até mesmo da grobo.   

É isso!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Por que os nossos filhos crescem?



O que mais critiquei na minha adolescência foi o saudosismo dos mais velhos daquela época. E hoje me pego com saudades das minhas filhas ainda criança. 

Lembro-me de suas caras no primeiro dia em que as vi na maternidade, logo depois de nascidas. Há poucos minutos de suas vindas ao mundo.

Enroladas no lençol do hospital, chupando o dedo e chorando ao mesmo tempo. Lembro das carinhas sujas ainda. Do medo que tive de machucá-las ao tê-las no colo. Meio sem jeito, quase que executando ao mesmo tempo, a mais prazerosa tarefa e a mais difícil. Sentia como se elas pudessem cair dos meus braços a qualquer momento.

Aquele ser molengo sem estrutura óssea. “Enfermeira, por favor! É melhor deixá-la com a mãe”.

As primeiras mamadeiras, as primeiras noites sem dormir. A cadeira de balanço, tão amiga, nas horas mais difíceis. Ter que acordar às duas da manhã pra fazer o leite e imaginar que conseguiria, enfim amamentadas, ter algumas horas de sossego.  

Sossego? Puro engano!

Depois de tomar o leite, ativavam o "botão" brincar!

Alguém já imaginou ter que às três da matina brincar com gugu gaga? Cantar “boi, boi, boi...” E receber em troca uma gargalhada do seu filho de seis meses de nascido?

Quem disse que tomar leite dá sono? Dá muita energia, perda de sono, vontade de brincar e gargalhar.

Decidi, ainda na barriga da mãe, que não iríamos comprar chupeta pra elas. Sempre achei que [a chupeta] seria a primeira e mais danosa mentira que os pais dão a seus filhos. Pagamos um preço por isso, é certo. Mas, não as enganamos toda vez em que elas chorassem, colocando a chupeta em sua boca. 

Sobre o bem de criar filhos sem chupeta, eu digo: valeu muito a pena. 

Entre choros, noites de sono e gargalhadas, elas cresciam e se desenvolviam dia a dia.

Com o passar de alguns meses, elas perceberam que a casa tinha outros compartimentos. 

Engatinhando, elas descobriram que chegariam mais longe. Era chegada a fase do quebra-quebra, do “tira tudo das partes inferiores da estante”; tudo colocado no alto pra o bebê não pegar. 

Fechar o acesso delas pra cozinha. Não deixar as portas abertas dos quartos. Limitar o espaço delas na sala e, tão somente, na sala. 

Incrível! Um ser indefeso e tão perigoso.

Se engatinhando elas já criavam tantas desordens e preocupação, que dizer quando começarem a andar.



São com os primeiros passos que elas perceberam que a casa era muito, mais muito pequena pra elas. Descobriram que havia ruas, avenidas, gente, e mais gente, e mais gente... “que legal!” pensaram elas.

Por que criança gosta tanto da rua? 

Eu não lembro que eu era assim quando tinha dois ou três anos.

Mas, uma coisa é certa, nada referente aos filhos, se compara as primeiras palavras ditas por eles. Quando ouvir pela primeira vez, elas chamarem papai, foi o som mais lindo que já ouvi na vida.

Mas, nem tudo nos nossos filhos bebês, é... assim... lindo! 

Quando começaram a andar, entraram também na fase das palavras impertinentes. A primeira foi a fase do NÃO. Tudo que falávamos ouvíamos sempre um NÃO. 

Depois da fase NÃO veio a do POR QUE.

Você imagina ter que encontrar resposta pra tudo que você falar? E é um interrogatório que NÂO tem fim. Terrível! Super inconveniente.

Aí vem a fase do EU SABO.

Na verdade deveria ser: EU SEI, mas elas têm, desde muito cedo, uma enorme capacidade de irritar a mim e a mãe. 

Sabe aquela pessoa com três anos de idade achando que tudo sabe. Um cotoco de gente no meio da sala, achando que sabe ligar a TV, que sabe por o DVD pra tocar, que sabe amarrar o sapato, que sabe cortar a carne no prato...

“Deixe que EU SABO!"

"EU SABO a hora que vou dormi"

Dói só em lembrar.

Então chega a idade de ir pra escola. E a gente se surpreende em ver que elas foram mais corajosas do que, eu. O primeiro dia de aula parecia que elas já estavam esperando, ansiosamente, por aquele momento. A adaptação foi extraordinária. Eu precisei de uns seis meses pra me sentir “marromeno” na sala de aula das minhas lamentações. 

E a expectativa delas quanto quem iria buscá-las na escola(?!). Sei não, viu, mas os pais sofrem.

Quando era eu, tinha que vim o percurso todo explicando as razões porque a mãe não pode ir buscá-las. Elas vinham de cara feia, resmungando pelo caminho. 

Pai, por acaso, não sabe ir buscar filhos na escola?   

Quando era a mãe que as buscavam, acontecia o contrário.

Por que pai não veio? Perguntavam elas a mãe.

Filhos adoram “tirar onda” com os país. 

Por tudo que foi vivido, as noites de sono, as várias fases que atravessamos, os primeiros passos, as primeiras palavras, a iniciação a vida escolar, as tarefas, as broncas, as tossis e febres, as idas ao médico, tudo, tudo e tudo. Como seria bom se elas não tivessem crescido.

Mas, lá no nosso âmago, pra nós elas sempre serão crianças.

 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ou a sociedade assumi ou continuará à margem.



Segundo o TSE, na eleição de 2014, foram gastos em campanha política cinco BILHÕES de reais. Isso computado nos terminais do Tribunal Superior Eleitoral. 

Candidatos a presidência, deputados (estaduais e federais), senadores, todos os políticos em campanha, juntos, gastaram o equivalente a R$: 5.000.000.000,00.

Arriscaria dizer que mais que o dobro disso não entrou pra contagem do TSE. Foram contribuições “por fora”. O chamado Caixa Dois.

Político experto, em época de eleição, multiplica seus ganhos. Não só os deles como os de seus familiares e amigos laranjas.

Trago esse assunto hoje, porque tenho percebido muita gente, inclusive a imprensa imperial, criticar Dilma por ter sancionado a verba do Fundo Partidário. 

Manchetes nos principais jornais têm divulgado que a Presidenta triplicou os recursos destinados aos partidos. 

Passou de R$ 290 milhões para R$ 870 milhões

A sociedade tem que decidi: ou pagamos do próprio bolso a manutenção dos partidos políticos ou continuaremos sendo coadjuvantes no processo político brasileiro.

Porque, engana-se quem acredita que a sociedade está sendo representada nas casas legislativas.
 
Desses R$ 5 Bilhões gastos na eleição passada, mais de 90% foram de contribuição de empresas privadas. Cerca de R$ 4.500.000.000,00.

Quem MANDA nas casas legislativas do Brasil, seja a federal, estaduais ou municipais, são aqueles QUE PAGA MAIS

Nosso voto, o voto da sociedade, não está valendo coisa nenhuma. Pelo menos quantos aos políticos eleitos para as casas legislativas.

Nós os elegemos para que ele defenda os interesses da sociedade. No entanto, eleitos, eles defendem os direitos daqueles que financiaram a sua campanha política. Aqueles que lhes deixam "GORDOS" de dinheiro.

Veja o exemplo do projeto que permite a terceirização de todos os setores de uma empresa, sem distinção entre atividade-meio ou atividade-fim. Dos 513 deputados da câmara federal, 324 votaram contra o trabalhador, contra o povo, contra a sociedade, contra a maioria dos que o elegeu.

Políticos que aparecem na mídia “defendendo” o trabalhador, mas, na verdade, são defensores da agenda dos patrões. O paulinho da força, eduardo cunha, toda a  bancada tucana, do dem e do pps, votaram a favor da terceirização.

A discussão sobre a contribuição pública de campanha é um assunto de interesse de todos e precisamos discutir a exaustão.

Se não pararmos com essa ideia fascista de “pra que dá dinheiro público a partidos”, iremos continuar a ser enganados por um sistema político excludente, sujo e que atende somente a uma parcela da sociedade: os donos dos meios de produção.

Cabe aqui um registro:

Tem sido árdua a função do executivo federal na conclusão de obras e projetos úteis para a sociedade, devido a malversação da casa legislativa federal. No Congresso Nacional, hoje mais do que nunca, há políticos que não tem responsabilidade nenhuma com o país, nem com o Estado e Município que supostamente deveria representar, e muito menos com seu eleitor. Passam o mandato inteiro fazendo futrica e apoiando grupos antidemocráticos. Administrar o país, com um congresso como nosso, é pra poucos!