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domingo, 28 de agosto de 2016

Silêncio!





cristovam buarque - Extrema Decepção


A política brasileira parece ser o palco do ser abjeto, o mau caráter, dos maus feitores, cretinos, traidores, fascistas, mentirosos e enganadores. Mas, vez em quando um se sobressai. Conseguimos pincelar um honrado entre muitos cafajestes. 

É o exato momento quando encontramos a agulha no palheiro, a laranja boa no meio das podres, aquela farinha que não é do mesmo saco.

O senador cristovam buarque era um desses "milagres" da nossa política. Foi assim, considerado por mim, como um grande brasileiro apaixonado pela Democracia, durante muito tempo. 

Seu discurso, sua postura, sua figura democrática, sua face roseada de paixão pelo Brasil e olhos transmissores de verdades. Acompanhei esse conterrâneo por vários anos da minha vida. Sempre desejoso que ele pudesse vir fazer política aqui, no meu Estado, na minha cidade, no meu bairro. 

Queria ouvir suas ideias e os pensamentos que ele defende, suas queixas e projetos para o Brasil e para educação. 

Acreditava que cristovam jamais seria um daqueles políticos sem o brilho da democracia. Falsos democratas apoiados pela ganância de uma elite fascista, excludente e desumana. 

Ratos! Víboras! 

Mesmo estando entre eles, jamais o cristovam seria um deles, pensava eu. Jamais adotaria o discurso demagógico. Um político probo e acima de tudo justo, jamais sequer, insinuaria condenar uma pessoa honesta. 

Ledo engano! O brilho democrático que parecia existir no cristovam, era pura  enganação. 

Acreditava, piamente, que aquele a quem depositei minha confiança, como a poucos no meio político, jamais desceria ao mesmo nível de um aécio, jucá, cunha, roberto freire, jereissati, agripino e tantos outros falsos moralistas.

Infelizmente não há mais verdades em suas palavras. Sua face já não transmite a paixão democrática. Seu semblante denota uma falsidade jamais percebida. O político que aprendi a admirar, hoje tem um olhar perturbador que não transmite mais confiança. Em seu discurso passou a dizer o mesmo que os falsos democratas e inimigos da Democracia e do Brasil.

Sepulcros caiados! 

O cristovam não conseguiu manter-se diferente entre os iguais. Se deixou igualar-se por aqueles que solapam a Democracia perturbando a paz dos brasileiros. Deixou que interesses pessoais e políticos fossem maiores que a Nação.

O senador conseguiu jogar sua história, outrora tão brilhante, na lata do lixo. Nada pode ele fazer para mudar o sentimento de desprezo e descrédito, hoje sentido por ele.

Nem mesmo se ele absolver uma inocente. 
   

sábado, 27 de agosto de 2016

Recife - em quem votar!


Voto em Recife e não estou acompanhando o pleito dos candidatos a prefeito da cidade. Após muitos anos participando quase que ativamente, desistir do debate político da minha cidade ao ver que os problemas, na maioria das vezes, sempre são os mesmos, sem que prefeito nenhum consiga resolvê-los, embora eles - os problemas do Recife - figure sempre em suas propostas de campanha.

Lixo, comercio informal desorganizado, calçadas esburacadas, ruas escuras, indigentes dormindo em praças e avenidas, famílias inteiras tomando banho nos chafariz da cidade, fiação elétrica exposta, rio poluído e muita desordem por toda parte.

Recife é uma daquelas cidades do Brasil que, na maioria do meses, parece não ter prefeito e nem vereador. Os legisladores municipais desaparecem após as eleições, só voltando a ter contato com os recifenses quatro anos depois.

Mas não é sobre os vereadores que pretendo falar. Até porquê sobre esse assunto tenho minha opinião  já definida, como mostrei nesse artigo de 5/7/13: http://emiltonx.blogspot.com.br/2013/07/pra-mim-principal-proposta-da-reforma.html

A minha preocupação é a quem deverei dá meu sagrado voto!

Não sei quantos candidatos estão disputando a prefeitura do Recife. Na foto acima temos seis. O primeiro não sei o nome e nunca vi. Até aqui, ainda não votei em nenhum candidato que eu não tenha um mínimo de conhecimento sobre sua vida e seus projetos. De modo que será impossível escolher o primeiro da foto. 

O segundo da foto é o daniel coelho. Político que pertencia ao partido Verde, que mostrava ser um nome promissor na política local, com um discurso conciliador e voltado para as classes mais necessitadas da cidade, mas que decidiu trocar o Verde pelo tucanato. Além de ser do psdb ainda é um político golpista. Como eu não voto nem em tucanos e nem em golpista, fica descartada qualquer possibilidade de votar no daniel.

O próximo é edilson silva. Tive uma experiência com esse candidato que passo a relatar. Estávamos nós dois certa vez, cada um numa fila do caixa 24 horas da Caixa Econômica do 13 de Maio. Quando fui surpreendido com edilson, reclamando de forma agressiva com um senhor idoso que tentava sacar dinheiro, mas com muita dificuldade, não conseguia. A vista cansada, as mão trêmulas e a idade avançada, dificultava a operação. Não gostei da forma que ele tratou o senhorzinho e deixei isso transparecer no meu semblante. O olhei de forma repreensiva e o candidato vendo que havia feito besteira, tentou remediar seu comportamento, mas já era tarde. Disse-lhe que esperaria ele me pedir votos nas próximas 300 eleiçõs. O edilson perdeu meu voto naquele dia.

O "poste" do fantasma de Eduardo Campos, o geraldo júlio, esse certamente eu faria campanha contra. Assim como o atual governador de Pernambuco, geraldo surgiu do nada, apoiado pelo prestígio de um homem público carismático como EC, que o fez vencer para governar uma das principais capitais do país. Prometeu na campanha anterior que iria "arrumar a casa". Recife nunca esteve tão desarrumada como nos quatro anos de seu governo. O meu desejo é que acabe logo esse ano e geraldo saia sem deixar saudades. Que ele desapareça da vida pública da mesma forma como surgiu. Eu diria que infelizmente, qualquer um, seja de qual partido for, será melhor que o geraldo.

João Paulo, o petista. Por meio das redes sociais e emails enviados ao candidato, questionei o auxílio moradia, se não me engano de cinco mil reais, que ele recebia ou ainda recebe. Auxílio esse que não vemos juízes e nem procuradores serem contra, simplesmente porque todos eles recebem. Primeiro foram os políticos, depois os senhores da justiça e da promotoria. Num país onde o défice habitacional é tão grande, onde milhares de pobres estão a viver em casebres em beira de estradas, morros e leitos de rios, homens público como João Paulo, se dão ao luxo de receber auxílio moradia. O candidato nunca falou a respeito desse assunto. Reconheço que entre os vários prefeitos que Recife teve nas últimas décadas, João Paulo foi o que mais trabalhou e inovou. Mas, não merece meu voto por se achar com direito a receber o auxílio moradia, ainda que a justiça e os procuradores atestassem que sim. Esses, tinham claramente a intenção de aprovar o auxílio moradia da classe política, porque sabiam que ocorreria o efeito cascata e eles próprios seriam os próximos beneficiados.

Por fim sobrou a filha do krause. Priscila é o que seria a esperança de um governo municipal de qualidade. Ela seria a fiel da balança, não estivesse atrelada a um partido golpista, com nomes como o de agripino, mendonça e caiado. Infelizmente não dá! Por mais vontade que eu tenha em votar na Priscila krause, sua imagem e seus projetos estão manchados por essa gente porca que faz parte dos democratas.

Torcia muito que Marília Arraes fosse candidata a prefeita. Ela reúne todos os atributos que admiro em um candidato. É mulher, é de um partido de esquerda e enfrentou todas as críticas ao não compactuar com as decisões do psb, partido de Eduardo Campos, dos atuais governador e prefeito. Marília mostrou que tem fibra. Seria minha candidata, é certo.

Acho que pela primeira vez chego a uma eleição sem candidato. A esperança é que o primeiro da foto, esse que eu nem sei o nome, consiga me surpreender.

Espero realmente que sim!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Texto nota 10 - eles não têm HONRA.


Carta a personagens imaginários
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
Em primeiro lugar, por favor, ninguém pense que estou falando com seres reais, nem se considere ofendido em sua honra. É que, como meros e ocasionais personagens de uma extraordinária farsa que se desenrola num lugar também imaginário, não poderiam ter existência própria nem honra que se lhes pudesse atribuir.
Quem seria o autor de tão assombrosa tragicomédia? É difícil saber, até mesmo porque os atores trocam de papéis a cada momento, numa volúpia que uma única mente, por mais delirantemente criativa, não poderia conceber. De cúmplices ou co-autores de supostos delitos, passam de repente a acusadores, transmudam-se em seguida em juízes ou jurados, sob a fantasia da isenção ou integrando a claque dos que se aplaudem uns aos outros, cada um mais convencido da excelência de suas múltiplas e medíocres representações. Um de cada vez ou em grupos, todos muito cientes dos torpes proveitos que almejam.
Cabe, porém, oportuna advertência. Quando as buscas e apreensões invadirem de surpresa seus lares e as conduções coercitivas os expuserem com ou sem razão à volúpia sádica das multidões insufladas pela mesma mídia que hoje os incensa e amanhã os vilipendiarão, não invoquem a presunção de inocência nem o direito de saber do que são acusados; não peçam que lhes seja assegurado o direito de defesa e do contraditório, nem supliquem pela presença de um juiz imparcial. Mas antes que isso ocorra, não percam tempo nem gastem dinheiro promovendo a operação lava-memória. A História não esquecerá nem apagará o nome de vocês do rol das iniqüidades e das vergonhas. E não adianta fingir que não há golpe; todo mundo já sabe.
Penitencio-me por não haver percebido antes quão distante me acho de vocês. A rotina das chamadas boas maneiras esconde a essência das pessoas. De uma coisa, porém, não tenham medo. Não cuspirei em vocês. Não é que não lhes tenha nojo. Compartilho, quanto a isso, do mesmo sentimento que Ulisses Guimarães pronunciou e prenunciou em relação àqueles a quem se dirigiu em mensagem que as ondas do Atlântico ainda hoje – e com mais força agora – repercutem. Contudo, diante da inominável deterioração moral em que estão mergulhados, o meu cuspe seria inócuo; não lavaria nada.
Devo admitir, entretanto, que me fizeram um grande favor: o de me propiciarem vê-los e ouvi-los como realmente são: preconceituosos, convencidos ou convincentes propagadores do ódio e da mentira. Em suma, cúmplices entusiasmados do que há de pior no lastimável cenário escancarado ao mundo desde a tragicômica encenação do último 17 de abril e na farsa que dali para frente cada vez mais se desenvolveu como uma enxurrada de iniquidades.
Caiu a máscara dessa gente que lhes faz companhia, cujos rostos não conseguem ocultar a mais repugnante feiúra moral. Juntando-se ao painel de mentecaptos que a televisão sem qualquer sombra de pudor ou recato revelou para assombro, vergonha ou riso de brasileiros e outros povos do mundo, vocês estarão para sempre ligados. E dessa memória pegajosa nada os livrará.
Não me digam que estão surpresos com os termos desta carta. Posso até imaginar a cena em que estarão diante de seus queridos familiares, tentando justificar a própria conduta. Por isso, explico: não se pode ser tolerante com o delito e o delinqüente quando o crime é permanente e flagrante. Seria como dialogar com o ladrão que invade a nossa casa, rouba nossa liberdade, se apossa do nosso patrimônio e quer se fazer passar por mera visita, com direito a impor o que chama de ordem. A hipocrisia se mostra com sua mais indecente nudez. Não! O diálogo e a compreensão são naturais e necessários entre pessoas que se respeitam no ambiente democrático; não, entre o predador da democracia e sua presa, entre o ofensor e a vítima. As regras de civilidade, próprias da democracia, não socorrem quem contra elas atenta. Contra esses, todas as formas de resistência são necessárias e legitimas. Não há diálogo possível.
Não importa se o arrombador dos pilares da ordem democrática possa eventualmente se valer de uma maioria parlamentar corrompida e mal-cheirosa ou de juízes parciais e desacreditados.Quando a injustiça e a corrupção se fantasiam de direito e moralidade, a justa indignação e a resistência se tornam obrigação.
Por fim, uma brevíssima oração: que Deus não os perdoe; vocês sabem muito bem o que fazem! Mas os mantenha vivos e com saúde pelo tempo suficiente para a reflexão e o mais avergonhado arrependimento.

sábado, 20 de agosto de 2016

O triplex que NÃO é do Lula


Há quase um ano, o mp, pf, moro e globo, saíram com suspeitas pelos quatros cantos do país, acusando Lula e família de serem donos de um triplex no Guarujá. Como se isso fosse um crime, os algozes do ex presidente traziam, diuturnamente, a ideia de que o Lula deveria ser preso por ser suspeito de ser proprietário do tal triplex.

Desde então o Lula vem dizendo não ser o dono do imóvel. Passou a ter a responsabilidade de provar que não era dono de algo que o acusavam de ser. A globo, a pf, o moro e o mp, é que na verdade deveriam provar o crime do Lula, ser dono do triplex, uma vez que eles o acusavam. 

Lula disse certa vez: Eu já cansei, eu não tenho que provar que tenho apartamento, quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público que fala o que eu tenho, a Polícia Federal que falou o que eu tenho, eles que têm que apresentar documento de compra, pagamento de prestação, algum contrato assinado, porque se não tiver, eles terão que me dar de presente um apartamento e uma chácara, aí eu ganharei de graça essas cosias que eles falam que eu tenho.

Mas, por mais que o Lula dissesse que não era dono, seus acusadores afirmavam o contrário. 

Lula chegou a divulgar seus bens na imprensa. A ideia era tirar a intenção deles em prosseguir com as denúncias infundadas. Ele próprio compartilhou as provas necessárias para elucidação do caso. Provas essas que o moro ou a globo, pf ou mp, conseguiriam facilmente. Tudo poderia ser resolvido num cartório de imóveis. Mas a globo e o moro não têm conhecimento disso.

Numa das centenas de vezes que o Lula declarou não ser o dono do imóvel, o site do Instituto Lula, publicou lá trás, março de 2016:

Lula entrou e saiu do governo com o mesmo patrimônio imobiliário que tinha antes de ser presidente da República:
- O apartamento onde ele mora em São Bernardo, na avenida Prestes Maia, o mesmo que ele morava antes de ser presidente, e conhecido por toda a imprensa
- Dois apartamentos de 72 m2 na av. Getúlio Vargas, também em São Bernardo.
- O rancho “Los Fubangos”, no distrito de Riacho Grande (São Bernardo), na região da represa Billings.

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Cinco meses se passaram desde lá, sem que o moro e a globo não tivessem o mínimo de responsabilidade, de enxergar o contraditório.

Mesmo com todas as provas apresentadas na imprensa, ainda assim, de lá até aqui, o presidente foi escrachado na mídia por ser o "dono" do triplex. Dificilmente houve um dia sequer que os jornalões não tenha divulgado essa mentira como se verdadeira fosse.

Agora, após quase um ano de insistente perseguição ao Lula, a pf conclui o inquérito do triplex do Guarujá sem citar o nome do Presidente ou de um seus parentes.

Esse caso bem que poderia servir para algo maior e necessário. Poderíamos, uma vez que Lula expôs seu patrimônio para que todos nós tivéssemos conhecimento, mesmo por meio de erro ou má fé de seus acusadores, que tal passar um pente fino nos imóveis dos homens públicos desse país, assim como de seus familiares.

- Quais os imóveis do fhc e seus familiares?
- Quais os imóveis do serra e seus familiares? 
Quais os imóveis do temer, do cunha, do jucá e de seus familiares?
- Quais os imóveis do moro e de seus familiares?
- Quais os imóveis do gilmar, do janor, do aécio e seus familiares?
- Quais os imóveis dos marinhos?

Sabemos quais os imóveis do Lula. 
Sabemos que o triplex do Guarujá não é do Lula.

É preciso saber!  
   

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A Carta



AO SENADO FEDERAL E AO POVO BRASILEIRO

Brasília, 16 de agosto de 2016

Dirijo-me à população brasileira e às Senhoras Senadoras e aos Senhores Senadores para manifestar mais uma vez meu compromisso com a democracia e com as medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao País.

Meu retorno à Presidência, por decisão do Senado Federal, significará a afirmação do Estado Democrático de Direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política.

Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho.

Precisamos fortalecer a democracia em nosso País e, para isto, será necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso, reconhecendo, diante das provas irrefutáveis, que não houve crime de responsabilidade. Que eu sou inocente.

No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a desconfiança política para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime.

Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições.

Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta.

Ao invés disso, entendo que a solução para as crises política e econômica que enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas. A democracia é o único caminho para a construção de um Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social. É o único caminho para sairmos da crise.

Por isso, a importância de assumirmos um claro compromisso com o Plebiscito e pela Reforma Política.

Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes.

Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral.

Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla e profunda reforma política, estabelecendo um novo quadro institucional que supere a fragmentação dos partidos, moralize o financiamento das campanhas eleitorais, fortaleça a fidelidade partidária e dê mais poder aos eleitores.

A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral brasileiro.

Devemos construir, para tanto, um amplo Pacto Nacional, baseado em eleições livres e diretas, que envolva todos os cidadãos e cidadãs brasileiros. Um Pacto que fortaleça os valores do Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o desenvolvimento econômico e as conquistas sociais.

Esse Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social permitirá a pacificação do País. O desarmamento dos espíritos e o arrefecimento das paixões devem sobrepor-se a todo e qualquer sentimento de desunião.

A transição para esse novo momento democrático exige que seja aberto um amplo diálogo entre todas as forças vivas da Nação Brasileira com a clara consciência de que o que nos une é o Brasil.

Diálogo com o Congresso Nacional, para que, conjunta e responsavelmente, busquemos as melhores soluções para os problemas enfrentados pelo País.

Diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, para que as demandas de nossa população sejam plenamente respondidas por políticas consistentes e eficazes. As forças produtivas, empresários e trabalhadores, devem participar de forma ativa na construção de propostas para a retomada do crescimento e para a elevação da competitividade de nossa economia.

Reafirmo meu compromisso com o respeito integral à Constituição Cidadã de 1988, com destaque aos direitos e garantias individuais e coletivos que nela estão estabelecidos. Nosso lema persistirá sendo “nenhum direito a menos”.

As políticas sociais que transformaram a vida de nossa população, assegurando oportunidades para todas as pessoas e valorizando a igualdade e a diversidade deverão ser mantidas e renovadas. A riqueza e a força de nossa cultura devem ser valorizadas como elemento fundador de nossa nacionalidade.

Gerar mais e melhores empregos, fortalecer a saúde pública, ampliar o acesso e elevar a qualidade da educação, assegurar o direito à moradia e expandir a mobilidade urbana são investimentos prioritários para o Brasil.

Todas as variáveis da economia e os instrumentos da política precisam ser canalizados para o País voltar a crescer e gerar empregos.

Isso é necessário porque, desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas necessárias para o país enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica irresponsável do “quanto pior, melhor”.

Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos impostos à população. Podemos superar esse momento e, juntos, buscar o crescimento econômico e a estabilidade, o fortalecimento da soberania nacional e a defesa do pré-sal e de nossas riquezas naturais e minerais.

É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade daqueles que, comprovadamente, e após o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, tenham praticado ilícitos ou atos de improbidade.

Povo brasileiro, Senadoras e Senadores,

O Brasil vive um dos mais dramáticos momentos de sua história. Um momento que requer coragem e clareza de propósitos de todos nós. Um momento que não tolera omissões, enganos, ou falta de compromisso com o país.

Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachment sem crime de responsabilidade fragilize nossa democracia, com o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988. Unamos nossas forças e propósitos na defesa da democracia, o lado certo da História.

Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Tenho orgulho de dizer que, nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei os votos que recebi. Em nome desses votos e em nome de todo o povo do meu País, vou lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para assegurar a democracia no Brasil.

A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime. Os atos que pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles, e também não é crime agora.

Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição. Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém.

Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. O que peço às senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente.

A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça.

Minha esperança existe porque é também a esperança democrática do povo brasileiro, que me elegeu duas vezes Presidenta. Quem deve decidir o futuro do País é o nosso povo.

A democracia há de vencer.

Dilma Rousseff

domingo, 14 de agosto de 2016

Impossível levar a sério o tse


"A Democracia garante a igualdade de todos. Num país democrático o voto de cada cidadão tem o mesmo poder". 

Assistir agora pouco a propaganda do tse que trata sobre a estrutura do sistema eleitoral brasileiro. A "justiça eleitoral" como provedor do direito de escolha dos cidadãos brasileiros, através do voto.

A propaganda continua a expor a estrutura do órgão. Os cartórios eleitorais, os juízes eleitorais, TREs e o tse, todos trabalhando para "fortalecer" a Democracia do nosso país por meio do sufrágio  universal.

O voto. Coitado do meu voto.

Como acreditar num sistema que fechou os olhos para o Golpe que usurpou o poder em nosso país. Uma classe política nefasta, juntamente com a mídia e setores de uma elite igualmente fascista, tomou de assalto um governo legitimamente eleito, justamente pelo mesmo instrumento que a "justiça eleitoral" propaga como um instrumento de garantia da democracia.

       54.501.118 votos jogados no lixo 

E um desses votos foi o meu. Portanto não dá pra acreditar mais na "justiça eleitoral" desse país. 

Durante alguns meses em dúvida, não tínhamos a certeza da participação da "justiça" como um dos integrantes responsáveis pelo ataque a democracia brasileira. Mas, diante da passividade do supremo tribunal federal,  já não há mais o que duvidar.

O Golpe institucional que ocorre no Brasil tem a participação da direita, representada pela classe política, pela mídia (em especial a globo), por setores da elite e da classe média, e por fim, por parte dessa "justiça" que insiste em nos fazer de idiotas.

A injustiça social tende a aumentar. A desigualdade social, também! A impunidade, idem!

Quando um togado se vende, a sociedade sofre as consequências.
Quando um togado age diferente do que rege a Constituição, ele fere de morte a Democracia.

Portanto, a culpa por tudo que está acontecendo no nosso país, não é da classe política nem da mídia fascista, não é da elite preconceituosa nem da classe média alienada. 

Os verdadeiros culpados são os togados.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Esse "pato" vai sair caro!


O governo golpista nem esperou ser efetivado no cargo, desde maio deu inicio ao desmanche do Brasil. A ordem é "privatizar" tudo. Em outras palavras, entregar barato as joias da coroa as grandes e megas companhias internacionais ou favorecer os amigos mais chegados. 

Desde sempre se falou, essa turma que tomou o Brasil por meio de um Golpe, tem no seu plano de governo: arrocho salarial, quebra das empresas nacionais, venda do patrimônio público, pressão total contra a classe trabalhadora e aposentados, perseguição as entidades sociais e a diminuição do papel do estado nos problemas dos mais pobres.

Mas aí, os caras foram pras ruas defender o patrimônio dos mais ricos. Tem coisa mais ridícula e ingênua, do que pobre na avenida carregando faixa de apoio ao "pato" da fiesp? 

O que se podia esperar de homens da qualidade dos que estão hoje a governar o país. Um governo ilegítimo, que conseguiu chegar ao poder apoiado pela globo, "justiça", elite e um punhado de alienados do povo, que não imaginam o mal que fizeram a eles próprios.

Um exemplo é o que eles estão fazendo com a Petrobras. A mais importante empresa do Brasil está sendo desmanchada. O foco da corrupção, como muitos costumam dizer da Petrobras, passa por um processo de "privatização" só comparado a Vale do Rio Doce, no governo fhc. 

É como se tivéssemos um pernil, após desossa-lo, entregássemos de graça a carne  e ficássemos apenas com os ossos.  Isso depois de termos criado, cuidado e alimentado por anos, o porquinho. 

A Petrobras teve competência para achar o ouro negro, fazer a prospecção, criar as ferramentas necessárias para extrair o óleo, mas, para o governo golpista e a globo, é preciso deixar tudo que foi conquistado até aqui pela empresa, nas mãos da Shell, da Chevron, da Exxon Mobil ou qualquer outra gigante do petróleo no mundo.

O mais interessante disso tudo, é que a Petrobras é considerada uma Gigante do Petróleo no mundo. Mesmo sendo vítima de roubos de políticos de todos os partidos e empreiteiras, a Petrobras, com o trabalho de seus funcionários conseguiu está entre as grandes empresas petrolíferas.

Mas, nada disso importa para os golpista! Patriotismo só se for com a bandeira americana. 

O mesmo desmanche está acontecendo na educação, com a quebra de contratos com os estudantes, acabando com os programas educacionais. Na saúde, com a diminuição do repasse de verbas e a propensa possibilidade do fim do Mais Médicos. A Embraer começa a ser desmantelada, para felicidade de suas concorrentes internacionais. 

Ou seja, "pato" vai sendo exposto e já temos uma ideia do quanto ele sairá caro para a sociedade brasileira como todo. Com exceção (claro!) para os golpistas. O serra, o aécio, o temer, o cunha, a "grobu", a veja, os ministros do stf e tantos outros golpistas, não sentirão as agruras das medidas, que segundo os "especialistas" da globo: dolorosas, mas, necessárias.

Quando entrar setembro, o congresso golpista vai votar uma série de projetos "dolorosos, mas, necessários", que atingirão negativamente, oito em cada dez brasileiros.

- aumento da idade para aposentadoria para 70 anos o limite
- mulheres e homens terão idade de aposentadoria equivalentes, ou seja, mulheres também se aposentarão aos 70 anos.
- o valor da aposentadoria vai diminuir
- professores e policiais que se aposentavam com 25 anos de serviço, passarão a se aposentar também aos 70 anos
- será criada uma faixa salarial mais baixa que o salário mínimo
- será posto em votação a terceirização
- o tempo de contribuição para aposentaria passará a ser de 20 anos
- fundo de garantia só será sacado quando o trabalhador se aposentar

Isso é apenas uma parte do pacote de maldades que o governo golpista está preparando para o povo brasileiro. Tem muito mais! Porque esse governo que aí está, chegou para favorecer os ricos e tirar os pobres, trabalhadores e aposentados, da sua agenda.

Agora sim! 
O Brasil é, verdadeiramente, um país pra poucos!

Cadê aquele pessoal da dancinha do impintimam? 
Não esqueçam do "pato".