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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Se cada um cuidasse do seu próprio lixo...

Imagine se em sua casa você acumulasse em um dos cômodos, ainda que seja no quintal, todo o lixo produzido pela sua família.

É mais ou menos dessa forma que muitas empresas, pessoas e prefeituras brasileiras estão agindo.

Num terreno periférico, longe dos olhos da maioria da população, na beira de rios e lagos, dentro de matas e vales, está sendo depositado todo lixo gerado por empresas e pelos munícipes. 

No caso de prefeituras, cada gestor público do município, prefere manter "longe" dos olhos dos seus eleitores, o problema do lixo.

E assim, eles vão empurrando com a barriga e se esquivando de solucionar um problema que é de todos.Todos nós somos responsáveis pelo lixo que produzimos. E não adianta fechar os olhos ou culpar o vizinho ou o prefeito. Infelizmente, o povo brasileiro, em se tratando de lixo, é um analfabeto.

Passam-se os anos e o problema vai ficando, vai aumentando e produzindo um problema ainda maior. 

O que pra muitos seria a solução jogar o lixo “embaixo do tapete”, torna-se um problema muito maior pra o mundo.

Todos são atingidos pela falta de educação ambiental de grande parte da população e pela irresponsabilidade do poder público. 

A porta de entrada das doenças existentes no Brasil é devido, principalmente a falta de cuidados com o lixo. 

Diversas doenças se propagam na sociedade, com o passar dos anos, atacando quem mora perto ou longe dos lixões. De uma forma ou de outra, serão todos atingidos por aquele lixo jogado na rua ou na praça, nas margens dos rios ou lagos.

Munícipes que moram em cidades onde o prefeito tem responsabilidade com a questão do lixo sofrem pelo município vizinho que não zela pela higienização.

Isso porque a chuva e o vento transportam parte desse lixo para todos os lados. As cidades são alagadas por águas das chuvas. O chorume, material tóxico proveniente do processo de desintegração do lixo, chega até os lençóis freáticos e contaminam a água que a população bebe.

Ao não dá um destino adequado ao lixo que produzimos diariamente estamos ajudando a propagar doenças que vão atingir a nós mesmos. Isso é apenas um pouquinho do quanto o lixo, ou melhor, que o mau descarte do lixo provoca ao mundo. 

É de responsabilidade do prefeito a elaboração do Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Mas, cada um de nós, somos também responsáveis pelo lixo que produzimos todos os dias. Dá destino adequado para o lixo é um dever de todos. Olhar com outros olhos os catadores de lixo. Agradecê-los pelo tão importante trabalho que eles vêm desenvolvendo em nossas cidades. Criar práticas de separação do lixo sólido em nossa casa e entregar aos catadores, facilitando seu trabalho. Dá pra imaginar como estariam nossos rios e matas, ruas e praças, se não fosse o trabalho dos profissionais de coleta de reciclagem?

Precisamos fiscalizar e exigir dos prefeitos e vereadores a ação eficiente de coleta do lixo. Campanhas de coleta seletiva e de não descarte do lixo em áreas públicas como ruas e praças, lagos e rios. 

Enquanto tivermos jogando nosso lixo no quintal dos outros ou num terreno baldio bem longe de nossa casa, pensando que agindo assim resolveremos o problema, estaremos contribuindo para o aparecimento de doenças cada vez mais vorazes e difícil de combatê-las.

O lixo precisa ser tratado. O principal caminho pra ele é a reciclagem e o descarte correto. Se cada um cuidar do seu lixo, as ruas ficarão mais limpas, os bairros, os rios, as praças, a cidade ficará mais limpa e a população mais saudável.

É uma cadeia de melhorias que no final de tudo levará o planeta a ter uma qualidade de vida melhor. E pra isso, tudo começa a partir de cada um de nós.  

O lixo é o maior problema que esse país deve enfrentar nos próximos anos. Por que ninguém quer falar sobre ele?

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho feito minha parte, emilton. As vezes penso que sou uma gota de água no oceano. Muito difícil e chega a dá dó. ver tanta sujeira nas ruas.