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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O pacto pela mobilidade urbana – O governo tem respondido a principal reivindicação das manifestações de junho?



Na semana passada o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgou proposta intitulado, Transporte Integrado Social (TIS), que visa possibilitar a mais de 7,5 milhões de brasileiros o acesso ao transporte público de passageiros.


Desempregados, trabalhadores informais, donas de casas, estudantes da rede pública, seriam alguns dos beneficiados pela proposta. Ou seja, ma parcela significante da população que hoje não utiliza o transporte urbano por questões econômicas e financeiras.

Segundo o técnico de Planejamento do IPEA explicou: “A gratuidade sempre é paga por alguém, o que acontece hoje é que os outros passageiros pagam pela tarifa dos isentos. Sugerimos que o Governo Federal arque com os subsídios”. 

Em junho deste ano, aumentos das passagens e as péssimas condições do transporte público, levaram uma multidão de brasileiros as ruas. Foram várias reivindicações de movimentos sociais, exigindo entre outras coisas a gratuidade da tarifa.   

O governo Dilma atento as ruas, colocou na pauta de negociações o Pacto da Mobilidade. Desde então tem tratado o assunto como prioridade. Hoje no Brasil existem mais de 163 empreendimentos de Mobilidade Urbana espalhados por todo o país.  

No “Balanço da Copa” divulgado também na semana passada, Aldo Rebelo publicou que já foram empregados em mobilidade urbana, pelo governo federal, oito bilhões de reais. Isso só referente aos projetos relacionado à Copa do Mundo.

Mas o IPEA diz que ainda é pouco, que é preciso não apenas investimentos em grandes obras viárias, mas principalmente, a participação de governos estaduais e municipais. Desse último, então, é primordial!

Precisamos lembrar que mobilidade urbana também diz respeito a calçadas, a acesso livre para pedestre, uso de bicicletas. Políticas públicas de responsabilidade do prefeito.

A proposta do TIS (Transporte Integrado Social) é uma proposta política federativa, juntando União, Estados e Municípios, visando à diminuição das tarifas e desonerando impostos que possibilite gratuidades sociais. 

A desoneração do serviço e a isenção da tarifa para uma parcela da sociedade, solucionaria as demandas solicitadas nas manifestações.

Enquanto a desoneração causaria a diminuição da tarifa, a isenção, um custo de quase cinco bilhões para os governos.  

Esse é o grande problema!

Quando se envolvem estados e municípios numa mesma proposta com aumento de custos para ambos.

Outra coisa:  a sociedade sabe, que mexer na caixa preta das empresas de ônibus é algo dificílimo. A relação entre gestores municipais e estaduais com empresários do transportes é no mínimo duvidosa. 

Muitas empresas de transporte urbano são de familiares de políticos. Daí a dificuldade de solucionar esse problema.

Do jeito que está, o usuário pagando a conta, é o melhor para os governantes e empresários de transportes!

Embora haja boas intenções do governo federal, as melhorias do transporte urbano esbarram na má vontade de muitos gestores municipais e estaduais.O que não falta no Brasil são políticos defensores do empresariado do transporte.


A questão é: será que o governo federal pode assumir um gasto anual de cinco bilhões? 


Se a resposta for não, só resta esperar que o TIS, por ser uma proposta federativa, vire Proposta de Lei e assim determine qual a parcela de cada ente federativo. 

Entre o governos federal, estaduais e municipais, e mais os usuários do serviço, espero que a maior parte desse custo seja pago pelos empresário de ônibus.



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