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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Uma história que envergonha a todos nós.



Uma adolescente de 16 anos, indiana, que aqui vamos chamá-la de Abani, nome fictício, uma vez que as autoridades daquele país têm mantido sua identidade e de seus familiares em sigilo, por questão de segurança.

Abani era uma jovem adolescente igual a qualquer outra. Seja da Índia, dos EUA, do Brasil ou de qualquer parte do mundo. 

Ter dezesseis anos de idade é ter toda uma vida de conquistas pela frente. É ser a esperança de construir um mundo melhor.

Em 26 de outubro de 2013, Abani foi brutalmente estuprada, por cerca de sete homens, perto de sua casa na cidade de Madhyagram, 25 km ao norte de Calcutá. Naquele dia, ela sofreu todo tipo de agressão que o um ser humano possa imaginar. Agressões físicas e psicológicas que chegaram a machucar sua alma.

Inocente e sonhadora, Abani acreditava num mundo melhor. Acreditava que os seres humanos possuem capacidade de realizar boas ações e que, ali onde vivia, estava protegida do mal.

Na Índia estupros coletivos são comuns. Bandidos chegam a sequestrar meninas para vendê-las a grupos que participam de estupro coletivo. Num país onde abortos de fetos femininos ocorrem com frequência, assassinatos de recém nascidas é uma prática rotineira e a mulher não recebe o respeito que lhe é devido, que proteção tinha a Abani?

Ela, assim como todas as jovens de sua idade, corre um sério risco. Mas ela não sabia.

Não acreditava que poderia acontecer com ela.

Tratada como uma mercadoria, por muitos, meninas e adolescentes do sexo feminino, sofre o estigma de uma cultura do mal. E o pior de tudo, sem que o resto do mundo tome alguma medida para coibir essa prática danosa que a todos nós envergonha.  
  
Abani, após o estupro foi pra casa. Debilitada por ter sido usada por sete homens durante dois dias, precisou ser levada ao hospital. Temendo pela sua própria vida e de seus familiares, ela se negou a apontar seus agressores. 

Em qualquer sociedade que tenha um mínimo de justiça, autoridades públicas no mínimo se compadecem de caso como esses. Há no ser humano o que chamamos de empatia, essa capacidade de nos colocar no lugar do outro, de sentir suas dores. De buscar soluções para um problema que embora não seja nosso, nos abala e nos entristece.

Pelo que parece, na Índia está longe de florescer esse sentimento nas autoridades daquele país sobre o sofrimento de meninas, adolescentes e mulheres, vítimas do estupro coletivo.

Não bastasse o que sofrera do dia 26 de outubro, quase dois meses depois, em 22 de dezembro de 2013, quando voltava para casa depois de prestar queixas na delegacia, por insistência das autoridades da cidade que alegaram dar-lhe toda a proteção, Abani foi sequestrada por dez homens e novamente estuprada por eles durante parte do dia 22 e 23 de dezembro.

Na tarde do dia 23, Abani foi encontrada com seu corpo completamente queimado e fortes hematomas. Ainda respirando, foi encaminhada ao hospital onde não resistiu e morreu no dia 24 de dezembro.

É nessas horas que nos perguntamos: pra que serve a ONU? Onde estão as instituições de direitos humanos? Até quando teremos que conviver com atos “animais” como esses?

Se algum indiano ler esse texto, me responda: o que eu posso fazer para ajudar mudar isso?

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezado Sr. Emilton Xavier

Viemos por meio desta notificar-lhe que, na presente data de hoje, 03/01/2014, estamos entrando com uma ação judicial contra seu blog. A ação difere sobre seu comportamento criminoso e danoso contra nossos clientes, e se encontra em juízo na comarca de São Sebastião, no 2° distrito de São Paulo, atendendo, pois, ao fato de o sr, Emilton Xavier entrar em crime de calúnia, difamação, e injúria contra pessoas íntegras, probas, honestas e de bem, representadas pelo Sr. Senador Aecio Neves e pelo Sr. Governador do estado de Goiás, Marconi Perillo (ambos PSDB).

Nada consta que os senhores citados acima tenham de fato incorrido nas denúncias e crimes relatados pelo Sr. Emilton Xavier em seu blog, sua página pessoal na Internet.

Assim, resta ao Google, dono e detentor dessa plataforma de blogs, 24 horas de prazo para se manifestar, ou conforme seja, excluir definitivamente seu blog. Lembrando que, mesmo isto ocorrendo, diante das mentiras e injúrias proferidas pelo Sr. Emilton Xavier aos meus clientes, estas, ainda são passíveis de pagamento por danos morais, em juízo.

Sem mais,

Gerson Gordon
Advogado criminalista