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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O que há em comum entre: Martin Luther King, Oprah Winfrey, Micheline Borges, Black Bloc e médicos cubanos.





















Essa semana o mundo lembrou o discurso memorável de Martin Luther King. O sonho do símbolo dos direitos humanos ainda não foi alcançado, nem nos EUA, nem no Brasil e nem em lugar nenhum no mundo. Em toda parte, por todos os lados, o preconceito contra negros tem sido sentido e expressados de várias formas. Talvez a figura do Luther King e seu discurso não teriam se eternizados não tivesse sido assassinado. 

Se nem nos EUA o preconceito contra negros acabou, imagine nos países pobres do mundo. Na África, por exemplo, tribos inteiras estão sendo dizimadas, principalmente por serem negros. O mundo sabe pouco o que acontece na África contra os negros.

Por aqui, no mundo "civilizado", há poucos dias, a apresentadora americana Oprah Winfrey, foi vítima de preconceito em Zurique, na Suíça. Uma vendedora de uma loja se negou a lhe mostrar uma bolsa, alegando que a peça era muito cara. Dando a impressão que a Oprah não teria condições para compra-la, por ser negra. Segundo a apresentadora, a vendedora explicou que a bolsa era um modelo exclusivo criada para a atriz Jennifer Aniston (branca) e que custava 86 mil reais. Oprah disse que teve vontade de comprar toda a loja ao som do filme Uma Linda Mulher. Oprah tem sua fortuna estimada em quase três bilhões de dólares.

Mas afinal, o que faz as pessoas serem avaliadas pela cor da pele? E o pior: o que faz pessoas acharem que só quem deva ser bem atendido, ou tenha direitos, ou seja, digno de respeito, sejam os brancos?

Talvez possamos responder a essas e outras perguntas analisando o perfil da jornalista Micheline Borges, que num comentário desastrado, esboçou a opinião de muitos outros jornalistas e médicos brasileiros. Aquilo que muitos “formadores de opinião” da grande mídia e representantes de instituições médicas queriam dizer, foi materializado na postagem da jornalista Micheline Borges. 

Dizer que as médicas cubanas tinham "cara de domésticas" e que médico "geralmente tem postura, tem cara de médico, se impõe pela aparência", é de uma falta de conhecimento humano enorme! É preciso saber onde, em que mundo essa jornalista se formou, para tentar entender tanto preconceito. Não é possível que ela tenha adquirido tudo isso sozinha.

Relacionar cor da pele com a profissão da pessoa é algo doentio! 

Médicos, jornalistas, engenheiros, são profissões exercidas por brancos de olhos azuis. Domésticas, porteiros, pedreiros, são profissões exercidas por negros.

Agora mesmo, o Brasil experimenta algo novo na sociedade. O modelo extremista de fazer protestos está sendo vinculado ao grupo Black Bloc, que numa tradução para o português seria o Bloco de Preto. Esse grupo, por enfrentar a polícia, mascarados e de preto, estão recebendo críticas pesadas por parte da sociedade que não aceita o comportamento anárquico. 

Esquecemos muitas vezes, que esses jovens, mascarados de preto, são nossos filhos e netos. E que embora estejam de preto, vejam que ironia, são em sua grande maioria, brancos.

Diante das cenas de preconceitos que estamos assistindo no Brasil, principalmente contra os médicos cubanos, será se, ao invés de Black Bloc, esse grupo chama-se White Bloc, haveria tanta indignação e críticas aos estragos que eles têm provocado na sociedade?

Outra pergunta para reflexão:

Se médicos negros brasileiros fizessem um corredor polonês por onde fosse passar um médico americano branco, e o chamassem de “branquelo” escravo, será que o Ministério Público não entraria com uma ação de crime de xenofobia contra os médicos negros brasileiros?

Heimnnn!!!!

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