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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A reação de Alckmin, do psdb e da imprensa, sobre o propinoduto tucano.


A comissão criada por Alckmin para acompanhar e analisar o que a imprensa insiste em chamar de “Cartel no Governo de São Paulo praticado por empresas sem a participação de agentes públicos”, foi uma iniciativa já esperada, se tratando da pessoa do Alckmin. Já foi dito aqui, numa outra postagem, que seria surpresa tê-lo como responsável por desvio de conduta. Alckmin é um mau administrador, não um usurpador de bens públicos. O peso do estado de São Paulo, talvez, tem sido desgastante para o governo. Mal assessorado tem sido incapaz ao longo dos anos de solucionar problemas sociais que já deveriam há muitos anos terem sido sanados no estado. Problemas de enchentes, segurança, corrupção no setor de segurança, questão da saúde no estado, a mobilidade e tantos outros.

Envolver o Alckmin no propinoduto é a mesma coisa que tentar exaurir a participação de agentes públicos dos governos Covas, Serra e do próprio Alckmin, no caso. Uma coisa é o governador atual ter participação, outra é pessoas do seu governo está envolvidos. Se a alemã Siemens e a francesa Alstom, juntamente com outras empresas, praticaram o cartel durante 20 anos de governos tucanos, querer manipular a opinião publica afirmando que agentes públicos não participaram ou não tinham conhecimento, é demais da conta!

Como a maioria do povo brasileiro não se deixa manipular, o que as pessoas tem se perguntado, nesse caso, é se confirmada a ação de agentes públicos do estado de São Paulo, caberia o domínio do fato contra Alckmin, Serra e Covas, assim como foi usado contra o Dirceu, no julgamento do mensalão?

Já tem "formadores de opinião" dando chiliques, dizendo que não é bem assim.

O partido do PSDB demorou muito para se pronunciar sobre o assunto. Esperou, como sempre, que a grande imprensa se pronunciasse pra só depois publicar nota. Depois que o JN noticiou, o partido expressou sua opinião saindo em defesa dos acusados. Mas, enquanto o PSDB, na mensagem divulgava a defesa, no mesmo tempo FHC em pronunciamento, de certo modo, jogou no colo do Serra a responsabilidade de explicação sobre o assunto. Seria como se, entre os governos Covas e Alckmin, o do Serra é que deveria explicações sobre o provável “Cartel”. Nas palavras do FHC, não querendo “misturar as farinhas” e mencionando que “as palavras do Serra explicam bem o caso”, caiu como um recado muito bem dado.

Não seria a primeira vez que FHC jogava a batata quente no colo do Serra. Numa entrevista montada com um “colunista” da Veja, anos atrás, indagado sobre a Privatização no seu governo, ele disse: o Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale.

A grande imprensa, representada pelos seus “colunistas”, insistem em não relacionar o partido e os nomes dos gestores, se limitando a tratar o assunto como cartel. Acusam os organismos públicos de estarem fazendo ação política sobre o caso, ao soltar, a contas gotas, documentos e informações sobre o caso. Mesmo tendo essas denúncias sido públicas desde 2008 e ela, a grande imprensa, preferiu sentar com sua enorme bunda, em cima dos documentos e provas contra essa quadrilha que desvia dinheiro público há 20 anos em São Paulo. Os barões da imprensa utilizam  a tática do "não sei, não vi e não ouvi".

Chamou atenção o descaso da revista Época. Durante quatro semanas, a revista se negou a tratar sobre o propinoduto, cartel, trensalão, seja lá como queiram chamar. Nas últimas semanas três assuntos tomaram conta do país: a jornada da juventude, o propinoduto tucano e as mortes da família do casal de policiais. A Época, no entanto, deixou de lado o Cartel da Siemens e da Alston e preferiu essa semana trazer na capa uma denuncia de corrupção na Petrobrás, contra o PMDB e claro, contra o PT. Denuncia essa já negada pelo próprio acusador. 

O JN de sábado, declarou a negação do agente acusador da matéria de Época.

Eu pergunto: como uma revista publica uma denúncia sem ouvir as partes envolvidas, procurar detalhes sobre a denúncia que possam servir como contra ponto e o mais sério, qual o objetivo de destacar na capa?

Eu repondo: o Brasil é um dos poucos países do mundo, onde a imprensa faz o que bem entender!


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