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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Brasileiros são excelentes anfitriões?!


Imaginemos que uma família vai dar uma festa. 

Mas, é uma festa daquelas! Uma festa pra ficar na memória das pessoas por muito tempo. Pra isso foram meses de preparação. Empresas contratadas para fazer a manutenção da casa, do jardim, da piscina, pintura, novos móveis, escolha do conceito da festa, banda ou DJ, divulgação, envio de convites, contratar empresa para recepcionar os convidados, bebidas, Buffet... Uffa! Quanto trabalho! Mas, enfim tudo pronto, tudo maravilhosamente arrumado e agora é só esperar o grande dia.

Na véspera da festa, um irmão sai às tapas com a irmã. O cunhado não gosta do que vê e vai tirar satisfação. De repente está armado, o maior “barraco” na casa. O ambiente da festa vira um ambiente de guerra. Sogros e sogras, pais, primos, filhos, amigos que não tinham nada a ver com a história, entram na briga.

Chega o dia da festa, e os convidados não avisados do ocorrido vão chegando em grupos. A festa acontece, mais nem de longe tem a alegria esperada. Um ambiente hostil e que não apresenta nenhuma condição para os visitantes permanecerem. A decepção dos convidados é visível!

Comparação à parte é mais ou menos assim que o Brasil está em referência a Copa das Confederações. Em Recife, por exemplo, metroviários aproveitaram o evento para paralisar os trabalhos. Se por acaso, as seleções do Uruguai, Espanha e Itália, precisassem irem de metrô até a Arena Pernambuco, ficariam sem jogar. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, destino de entrada da maioria dos turistas que estão chegando ao país, para assistir o evento, um grupo de pessoas mostram a “receptividade do povo brasileiro”, o cartão postal da intolerância, falta de diálogo e vandalismo. Na principal capital do país e em várias outras capitais, os protestos contra o aumento das passagens de ônibus, só nos deixa uma conclusão: que o direito de quatro dúzias de pessoas valem mais que o de milhares. O direito de quatro dúzias de pessoas em São Paulo vale mais que o direito de 10 milhões de habitantes que vivem na capital paulistana.

Assim como muitos, eu também estou insatisfeito com o alto valor das passagens de ônibus e de metrô. Acho que pagamos muito caro por um serviço de péssima qualidade. Mas, isso não me dá o direito de sair quebrando tudo que encontro pelo caminho. Não me dá o direito de depredar o que é público ou particular! Há várias maneiras de protestar. Eu poço protestar quebrando tudo que é meu, por exemplo. Por que devo quebrar o que é de todos ou que pertence ao privado?

Assim como muitos, também não aprovei a realização da Copa do Mundo no Brasil. Ainda acredito que todo esse dinheiro gasto poderia ter sido usado na saúde, na educação, nos transporte. Mas, putz grilla! Já que a festa está aí, já que os visitantes já chegaram, custa pedir pra recebê-los bem! 

Que impressão terão seus convidados, ao chegar a sua casa e perceber um clima pesado, temerário, inseguro! O mais incrível de tudo isso é que muitos desses, que estão aí nas ruas, chamando atenção do mundo, amedrontando os visitantes que foram convidados para a festa, muitos deles estarão marchando pela paz e reclamando contra a violência, mais cedo ou mais tarde.

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