A moda é fazer protesto!
Seja na praça taksim em Istambul, seja
na praça Tahrir no Egito, na Espanha ou em Portugal, em São
Paulo ou Rio de Janeiro, não importa!
Num mundo globalizado, só o que os defensores
da causa querem é uma razão para iniciar o seu protesto.
O motivo até pode
parecer pouco ou até mesmo irrisório(!), mas, na verdade, há sempre muito mais
por trás de míseros 20 centavos no aumento das passagens.
O que está, realmente
“pegando”, é o cansaço que muitas pessoas têm tido ao redor do
mundo, pelos debates das causas sociais e pouca ou quase nenhuma mudança. Hoje, existem mais problemas que soluções, e muito menos ainda, autoridades
preocupadas em solucioná-los. Isso está gerando ou já gerou, em grande parte dos
grandes centros mundiais, uma indignação coletiva.
Eu, por exemplo, estou indignado com muitas
coisas!
Meus 20 centavos de indignação são referentes à corrupção no meu país, à insistência da imprensa brasileira em achar que é um partido político o culpado por tudo de ruim, à questão
do lixo nos grandes centros urbanos, à criminalidade e ao sistema prisional brasileiro
que não socializa ninguém.
Estou
indignado com a violência contra a mulher, crianças e idosos.
Com a postura de alguns
dos ministros do STF, a indiferença às causas sociais por parte de alguns políticos, a música
de baixa qualidade tocada nas rádios, os “colunistas” da Grande Imprensa e suas
invencionices.
Estou indignado com a PGR que escolhe quem deve ser investigado e
julgado, as famílias que moram nas ruas, a quantidade de jovens menores de 18
anos presos, a vulgaridade que está sendo imposta às nossas crianças e
adolescentes.
Estou indignado com o governo americano por bisbilhotar o
particular de pessoas na internet, a caça de crianças albinas na África para
rituais de matança, a caça de animais na África, no Brasil e no mundo.
Os
estupros coletivos na Índia, o trabalho escravo, os povos exterminados no continente africano sem que haja uma ação da ONU.
Estou indignado com as mortes de crianças na Síria.
Vejam quanto custam os meus 20 centavos!
Mesmo assim, é importante dizer: nada justifica quebrar o
patrimônio público ou privado por causa dos meus 20 centavos de indignação.
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