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domingo, 1 de novembro de 2020

Nada a perdoar, minha irmã.

 

Quando criança eu sempre sabia quem me apoiaria. Me ensinou a escrever as primeiras letras e fazer as primeiras somas. 

Na minha adolescência sabia quem me ampararia. Me puxou as orelhas e me deu alguns solavancos que foram básicos na minha formação moral e social.

Adulto, sabia com quem contaria. Ela chorou os meus fracassos e minhas angústias; e se alegrou com minhas conquistas.

Nos últimos anos, compartilhamos suas dores. A batalha travada contra um câncer que insistia em voltar.

Não foi fácil!  

Amou e defendeu seu único filho como seu bem mais precioso. Sempre se fez presente! Pronta a lhe oferecer o melhor que tivesse.

Gênio forte, destemida e altiva, muitas vezes incompreendida, soube lidar bem com as adversidades da vida. Uma existência intensa e explosivamente em busca de seus objetivos. 

Hoje, o filho perde uma mãe; as netas, a avó(!); os irmãos, a irmã; eu perco uma grande amiga. Um dos poucos presentes que Deus me concedeu.

O melhor, depois do Cristo, "escolhida para mim".

Mas, só quem perde é quem sabe e todo mundo perde um dia. Todo mundo sofre e chora suas perdas.

Hoje fui eu que perdi um bem precioso, resultando uma dor e um choro que não cessa; e que vai se transformando numa dessas cicatrizes que não sara.

Sinal de que você estará em mim todo tempo.

Só eu, você e Deus sabemos o tamanho desse amor.

Obrigado, minha irmã!

Adeus, Celhita! 😔

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