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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O terror em primeiro - como explicar?


Sigismund Freud, certamente, saberia o que está acontecendo no Brasil. O terror, após ser alimentado por setores da imprensa, justiça e elite, está sendo preferido para governar o país, sem que haja, claramente, uma justificativa que possa explicar esse fenômeno destrutivo e odioso.

Parece estarmos vivendo os anos de 1930 da Alemanha, quando pessoas comuns assinavam um cheque em branco para que Adolf Hitler pudesse praticar o fascismo e o mundo, nunca mais, foi o mesmo. Vivemos desde então sob o medo do terror ressurgir em algum lugar do planeta. 

Pois bem! A guerra particular de Hitler contra a minoria da época, as frases de efeito ditas pelos nazistas, a postura autoritária, sua aversão as instituições públicas, leis e democracia, tudo está sendo vivido nos dias de hoje, no Brasil.

Assim como na Alemanha daquela época, cada um dos seguidores, simpatizantes e servos do terror, tirando as exceções, encontraram nele uma saída para o que mais lhes atormentam. 

Os que se vêm incomodados com os gays, acreditam que o terror vai curá-los a pauladas ou, caso contrário, exterminá-los.

Aqueles que odeiam nordestinos, sonham expulsá-los do sul e sudeste e mantê-los lá no seu mundinho.

Muitos "homens de bem" não suportam a independência feminina. Quem sabe o terror não as coloque no seu devido lugar: na cozinha. Todas elas belas, bonitas e recatadas.

Armas é o objeto que simboliza masculinidade, para muitos dos eleitores do terror. O cara até pode ter um pinto pequeno, mas, se ele tem uma pistola nas mãos, se sente mais homem que todos os outros.

Vejam! Há sempre, no apoio ao terror, uma vontade muitas vezes inconsciente de eliminar aqueles que tanto os estão incomodando. Percebe-se, muitas vezes, um certo prazer em ferir, matar, aniquilar, os que são "diferentes". 

Por isso é normal pra eles oferecer capim a nordestinos ou rir do peso dos negros em "arrobas". Acreditar, fielmente, que só eles trabalham, enquanto os negros, mulheres, nordestinos, etc, não fazem absolutamente nada. É natural pra eles, por exemplo, queimar índios ou moradores de rua, juntar quatro ou cinco fortões e espancar uma mulher só porque ela não votou no terror, é natural pra eles marcar os "diferentes" com o símbolo da suástica cortando a pele da vítima com um canivete. 

Na cabeça deles é aceitável matar covardemente quem pensa diferente deles.

Todos sabemos o que culminou no fascismo de hitler! O que precisamos nos perguntar é: queremos que se repita aqui no Brasil?

Muitos irão dizer que não há razão para temer, que isso jamais acontecerá aqui. Os alemães de 1930 também acreditavam estar apoiando o que era certo.

"Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar". (Martin Niemoller)

É isso!

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