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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Impressões sobre a eleição de 2018 - O fiel da balança


Terminada a eleição, muito se tem discutido qual ou quais os motivos da vitória do candidato da extrema-direita. 

Listas estão sendo feitas com os "erros cometidos pelo PT" que levaram a derrota do candidato Fernando Haddad. 

Ao contrário da opinião de muitos analistas políticos,  a ascensão do extremista de direita, não ocorreu devido à demora na indicação do Haddad a vaga de candidato a presidência. 

Nem tão pouco foi a falta de programa de governo. Haddad também não é um candidato fraco e nem foi a falta do apoio de ciro gomes que resultou na derrota do petista. 

Ferrando Haddad não perdeu devido às "qualidades" do seu adversário. 

O grande e principal ingrediente dessa eleição, o fiel da balança, foi a fake news

Não se sabe ao certo quantas mentiras foram inventadas e espalhadas, via disparos em massa de mensagens contra o PT, mas, que todos os grandes nomes do partido foram vítimas de mentiras circuladas pelas redes sociais, principalmente a rede privada do Wahtsapp. 

Uma rede criminosa foi instalada, provavelmente nos EUA, com muitos grupos mantidos com dinheiro de empresários brasileiros, espalhando notícias falsas contra Haddad e sua turma, 24 horas por dia. 

O grupo social bombardeado por essas fake news, foi aquele que mais é manipulável por pastores. Os evangélicos receberam mensagens de que o Haddad criou o "kit gay", que estuprou uma aluna de 11 anos, que recebeu o título de pior prefeito do Brasil, que defendia que criança vira propriedade do Estado e que por isso é o Estado quem decide o sexo delas, que criou mamadeira com bico em formato de pênis, que tinha como proposta acabar com o 13º, uma foto de Haddad segurando um objeto em forma de pênis foi maciçamente compartilhada no Whatsapp das tiazinhas "de deus". Esses são apenas alguns dos centenas de fakes news espalhados na internet pela quadrilha contratada para eleger o candidato da extrema-direita. 

Há outros, inclusive contra Manuela, a vice do Haddad, contra Lula, contra a Dilma, contra todos os nomes que tenham destaque no partido. 

Até mesmo artistas que se colocaram contra o extremista de direita, foram vítimas de fakes news. 

Se tivéssemos uma justiça competente, cumpridora das leis, justa, certamente que essa eleição seria impugnada. 

Essa prática já havia sido usada na eleição de 2014 por aécio e a direita, mas, não de forma tão sofisticada e profissional. O PT realmente não atentou para o perigo que seria enfrentar um candidato extremista de direita. Se com aécio, em 2014, já foi complicado, imagina com um candidato sem nenhum respeito étnico, um ser inescrupuloso, imoral e abjeto como bolsonaro? 

É claro que as fakes news ocorreram dos dois lados. Porém a quantidade, o teor das mensagens, a forma de compartilhamento, a fúria das mensagens, os destinos, tudo muito profissional, esquematizado e acima de tudo, repugnante. 

Não foi qualquer pessoa que recebeu tais mensagens. De modo que tudo leva a crer, se tratar de um processo de massificação, profissionalização e referência na criação e divulgação de mentiras a grupos certos. 

Coisa de fascista! 

Disseminar mentiras contra o adversário, tantas vezes que for necessária, até que o receptor das mensagens acredite e ainda as propague! 

Isso é prática nazista.

Uma coisa se sabe: deu certo. A outra: até quando um governo lastreado por mentiras vai se sustentar? 

Veremos!

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