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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Todos estão indo pra Cuba



O que move os governos é, sem sombra de dúvida, a economia. Cada um deles está em busca de novos comércios num mundo tão inacreditavelmente pequeno pra tanta troca de mercadorias entre parceiros econômicos.

Há muito pouco espaço livre, no mundo, pra fazer e fechar negócios. Quando um país tem, de alguma forma, um de seus produtos embargados, logo surge vários países concorrentes para ocupar o espaço vazio.

Comércio exterior é igualzinho a qualquer tipo de comércio que conhecemos. O comprador sempre quer pagar menos pelo melhor. Se o vendedor não cumpre com os prazos e termos da compra, procura-se logo outro que cumpra.
A China foi durante décadas, o destino natural da maioria das mercadorias criadas ou produzidas no mundo. 

Afinal, Um Bilhão e Quatrocentos Milhões de habitantes chineses, consomem todos os dias vários tipos de produtos, seja animal, vegetal, mineral, manufaturado, tecnológico... Dos quais a própria China não consegue produzir internamente na quantidade que a sua população precisa. 

Daí a necessidade de comprar de outros países.

Nos últimos anos a crise mundial arrefeceu o comercio mundial. A própria China e os EUA, os maiores compradores do mundo, passaram a comprar menos ou, na melhor das hipóteses, passaram a “pechinchar” por melhores preços.

O Brasil, que possui um forte comércio com os grandes países consumidores, decidiu estreitar as relações comerciais com os países vizinhos e principalmente com os países da África. Os governos Lula e Dilma quase que priorizaram a relação comercial entre Brasil e os nossos vizinhos e também com os países africanos. Sem distinção. Ou seja, também com os países mais pobres dessas duas regiões.

Agora a bola da vez, pelo que tem sido verificado, é o país de Fidel. 

Por ironia do destino todos estão indo pra Cuba.

O governo americano se predispôs a analisar o embargo a ilha. Comissões parlamentares dos dois países estão “trocando figurinhas”. Aqui pra nós: os americanos não estão fazendo favor nenhum a Cuba. Eles sabem do potencial econômico que Cuba representa para eles e para o mundo.
A federação da indústria de São Paulo fez seminário com industriais, fortalecendo a ideia dos empresários brasileiros investirem na ilha. Aqui pra nós: quando empresário brasileiro vem tomar uma decisão dessas, é porque eles sabem que empresários americanos e europeus já decidiram antes.
Empresas britânicas vão investir 400 milhões de dólares em Cuba. Aqui pra nós: o país da rainha elizabete, conservador do jeito que é, investindo em Cuba? A rainha virou comunista da noite pro dia?

O presidente francês, Hollande, está em visita a Cuba nesse momento. Aqui pra nós: mais um bolivariano.

O mundo do comércio internacional enxergou em Cuba o novo “el dorado” das oportunidades. 

Cuba pode impulsionar  a balança comercial dos países que porventura conseguirem fechar negócio na Ilha e sobretudo, e é o que realmente importa para o mercado, aquecer o comercio internacional.

A visão estratégica que o Brasil teve em investir em Cuba foi, digamos... um gol de placa.

A construção do porto de Mariel, a parceria com os médicos cubanos no Programa Mais Médicos, a parceria na área de fármaco, vacinas, etc. O apoio do Brasil a Cuba nesses treze anos de governo petista, foi estrategicamente fundamental para que o Brasil seja um dos países que terá prioridade na abertura de Cuba para mundo.

E mesmo diante das críticas veiculadas na mídia conservadora, o governo brasileiro foi firme no apoio a Cuba.

Se Lula e Dilma fossem dá ouvidos ao que os mervais e doras, catanhedas e jabores, reinaldos e serazades, vociferavam em suas colunas indigestas, o governo teria perdido essa grande oportunidade de abrir novos negócios e melhorar sua balança comercial.

Mais que de repente, nota-se um enorme silêncio da direita brasileira (midiática e partidária), no quesito Cuba.
Talvez porque nunca foi tão oportuno o chavão: Vai Pra Cuba!

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