O estado de Pernambuco mais parece uma terra sem governo.
Desde a chegada do Paulo Câmara, ao Palácio do Campo das Princesas, o estado vem
definhando em sua estrutura econômica e administrativa.
Guinado pelo apoio do seu padrinho político, Eduardo Campos, Paulo
Câmara venceu a eleição de 2014 ao governo estadual prometendo o “mundo e os fundos”.
Uma eleição que estava praticamente perdida, e que devido ao fatídico acidente
que vitimou o candidato a presidente da república, fez com que o povo
pernambucano escolhesse [maciçamente] o Câmara.
Eduardo já havia conseguido uma proeza inimaginável, na
eleição de 2012 para prefeitura do Recife. Conseguiu eleger um “poste”. Assim
como Câmara, o atual prefeito do Recife era totalmente desconhecido dos
eleitores. Mesmo assim, Geraldo Júlio foi escolhido por Eduardo para vencer uma
eleição marcada por brigas entre as várias correntes petistas do estado.
Geraldo Júlio foi eleito dizendo que iria arrumar a casa, que
capital pernambucana estava muito suja e que iria organizar o comércio
informal.
Pois bem! Após três anos de governo, Recife pode ser
considerada uma das cidades mais sujas do país. Por onde se anda se vê lixo
espalhados por toda parte. Os canais da cidade são verdadeiros esgotos e
depósitos de lixo a céu aberto. O rio Capibaribe continua sendo massacrado pela
população que joga no seu leito tudo que não lhe serve mais. O comercio
ambulante continua de pior a pior.
A tabelinha Geraldo Júlio e Paulo Câmara, tem levado os
pernambucanos a se perguntar: existe governador nesse estado?
Postos de trabalho estão sendo fechados por falta de
dinheiro em caixa, obras que deveriam estar prontas para Copa de 2014, ainda
estão longe de serem concluídas.
Quem passa pela Avenida Conde da Boa Vista, a principal
avenida do Recife, se surpreende com o descaso do governo com o dinheiro
público. As estações do BRT foram iniciadas e pelo que parece, estão
abandonadas. Só para se ter uma idéia, essa avenida está para capital pernambucana
assim como a Av. Paulista está para a cidade de São Paulo. A nossa principal avenida está horrível! Obras inacabadas, ambulantes, lixo e desordem ambiental.
O servidor público, insatisfeito com as administrações
[municipal e estadual], não tem outra forma de expressar sua indignação, a não
ser fazendo greve e passeata, tumultuando ainda mais o trânsito já caótico da capital.
Dizem por aqui, que os dois “postes” de Eduardo Campos não sabem e
não gostam de dialogar com as classes trabalhadoras. Eles não querem saber de
problemas.
Pra encurtar a conversa, Geraldo Júlio e Paulo Câmara não
fazem um bom governo. Pernambuco e Recife estão sendo muito mal administrados.
Tanto em 2012, na eleição para prefeito, quanto em 2014 na de
governador, a imprensa local ajudou muito os candidatos “postes” de Eduardo Campos.
Ainda agora, ela está ajudando-os. Os três jornais de maior circulação do
estado (Jornal do Comercio, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco) costumam
“pegar leve” quando tratam dos problemas de responsabilidade de Geraldo e do
Câmara.
Geraldo Freire, o programa de rádio de maior audiência no
estado, por exemplo, sempre trata os problemas de responsabilidade do
Governador, como sendo culpa do governo federal. Se falta remédio num dos
principais hospitais do estado, caem em cima dos que administram o SUS. Uma vez
detectado que a falta de remédios no HOC não foi por falta de verbas federais,
aí se muda o discurso e ameniza as falhas cometidas pelo pessoal do governo do
estado.
Isso tem sido uma prática corriqueira. A imprensa colocando “panos
quentes” nas diversas arbitrariedades, desgoverno e falta de capacidade
administrativa, do prefeito do Recife e do governador do estado de Pernambuco.
Em
Pernambuco, o sistema de mobilidade (metrô, ônibus e BRT) tem sofrido
barbaridades com as torcidas dos três times de futebol, sport, náutico e santa
cruz. Tem uma galera que quebra tudo que encontra pelo caminho, tanto na ida
como [principalmente] na volta do estádio.
Paulo Câmara, como governador do estado, é o responsável pela segurança.
Mas em nota enviada a população ele simplesmente se negou a prestar essa
obrigação.
Na nota divulgada pelo governador, em nenhum momento ele diz que, podem ir ao jogo que EU garantirei a segurança. As recomendações dadas, chegam mais como um alerta: SALVE-SE QUEM PUDER!
Mandar o torcedor ir ao estádio, de táxi, tendo um sistema de metrô que deixa o torcedor a menos de três quilômetros, só por não ter condições de proporcionar segurança, é a prova de total inutilidade governamental.
Há quem diga que Eduardo Campos morreu e levou com ele o manual de administrar Recife e Pernambuco. Não sei! Só espero que Pernambuco não erre mais. Ou que, pelo menos, não erre tanto.
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