sexta-feira, 24 de julho de 2015

As escolhas erradas de Pernambuco


O estado de Pernambuco mais parece uma terra sem governo. Desde a chegada do Paulo Câmara, ao Palácio do Campo das Princesas, o estado vem definhando em sua estrutura econômica e administrativa.

Guinado pelo apoio do seu padrinho político, Eduardo Campos, Paulo Câmara venceu a eleição de 2014 ao governo estadual prometendo o “mundo e os fundos”. Uma eleição que estava praticamente perdida, e que devido ao fatídico acidente que vitimou o candidato a presidente da república, fez com que o povo pernambucano escolhesse [maciçamente] o Câmara.

Eduardo já havia conseguido uma proeza inimaginável, na eleição de 2012 para prefeitura do Recife. Conseguiu eleger um “poste”. Assim como Câmara, o atual prefeito do Recife era totalmente desconhecido dos eleitores. Mesmo assim, Geraldo Júlio foi escolhido por Eduardo para vencer uma eleição marcada por brigas entre as várias correntes petistas do estado.

Geraldo Júlio foi eleito dizendo que iria arrumar a casa, que capital pernambucana estava muito suja e que iria organizar o comércio informal.

Pois bem! Após três anos de governo, Recife pode ser considerada uma das cidades mais sujas do país. Por onde se anda se vê lixo espalhados por toda parte. Os canais da cidade são verdadeiros esgotos e depósitos de lixo a céu aberto. O rio Capibaribe continua sendo massacrado pela população que joga no seu leito tudo que não lhe serve mais. O comercio ambulante continua de pior a pior.

A tabelinha Geraldo Júlio e Paulo Câmara, tem levado os pernambucanos a se perguntar: existe governador nesse estado?

Postos de trabalho estão sendo fechados por falta de dinheiro em caixa, obras que deveriam estar prontas para Copa de 2014, ainda estão longe de serem concluídas.

Quem passa pela Avenida Conde da Boa Vista, a principal avenida do Recife, se surpreende com o descaso do governo com o dinheiro público. As estações do BRT foram iniciadas e pelo que parece, estão abandonadas. Só para se ter uma idéia, essa avenida está para capital pernambucana assim como a Av. Paulista está para a cidade de São Paulo. A nossa principal avenida está horrível! Obras inacabadas, ambulantes, lixo e desordem ambiental.

O servidor público, insatisfeito com as administrações [municipal e estadual], não tem outra forma de expressar sua indignação, a não ser fazendo greve e passeata, tumultuando ainda mais o trânsito já caótico da capital.

Dizem por aqui, que os dois “postes” de Eduardo Campos não sabem e não gostam de dialogar com as classes trabalhadoras. Eles não querem saber de problemas.

Pra encurtar a conversa, Geraldo Júlio e Paulo Câmara não fazem um bom governo. Pernambuco e Recife estão sendo muito mal administrados.

Tanto em 2012, na eleição para prefeito, quanto em 2014 na de governador, a imprensa local ajudou muito os candidatos “postes” de Eduardo Campos. Ainda agora, ela está ajudando-os. Os três jornais de maior circulação do estado (Jornal do Comercio, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco) costumam “pegar leve” quando tratam dos problemas de responsabilidade de Geraldo e do Câmara.

Geraldo Freire, o programa de rádio de maior audiência no estado, por exemplo, sempre trata os problemas de responsabilidade do Governador, como sendo culpa do governo federal. Se falta remédio num dos principais hospitais do estado, caem em cima dos que administram o SUS. Uma vez detectado que a falta de remédios no HOC não foi por falta de verbas federais, aí se muda o discurso e ameniza as falhas cometidas pelo pessoal do governo do estado.   

Isso tem sido uma prática corriqueira. A imprensa colocando “panos quentes” nas diversas arbitrariedades, desgoverno e falta de capacidade administrativa, do prefeito do Recife e do governador do estado de Pernambuco.

Em Pernambuco, o sistema de mobilidade (metrô, ônibus e BRT) tem sofrido barbaridades com as torcidas dos três times de futebol, sport, náutico e santa cruz. Tem uma galera que quebra tudo que encontra pelo caminho, tanto na ida como [principalmente] na volta do estádio.  Paulo Câmara, como governador do estado, é o responsável pela segurança. Mas em nota enviada a população ele simplesmente se negou a prestar essa obrigação.
Na nota divulgada pelo governador, em nenhum momento ele diz que, podem ir ao jogo que EU garantirei a segurança. As recomendações dadas, chegam mais como um alerta: SALVE-SE QUEM PUDER!

Mandar o torcedor ir ao estádio, de táxi, tendo um sistema de metrô que deixa o torcedor a menos de três quilômetros, só por não ter condições de proporcionar segurança, é a prova de total inutilidade governamental.

Há quem diga que Eduardo Campos morreu e levou com ele o manual de administrar Recife e Pernambuco. Não sei! Só espero que Pernambuco não erre mais. Ou que, pelo menos, não erre tanto.


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