Elisabete tem um restaurante na rua da Imperatriz - Recife. Começou num espaço pequeno, nos fundos de uma galeria, em meados de 2007. Comida boa e barata que logo chegou ao gosto dos recifenses. Em pouco tempo, o negócio se expandiu. Mais e mais pessoas descobriam aquele espaço gastronômico com sabor da terra. Antes pequeno, o restaurante, em menos de um ano, se transformou num enorme espaço de negócio, passou a ser âncora da galeria, agregou valor a novos estabelecimentos como salão de beleza, joalheria, óticas, casa lotérica, entre outras transações comerciais de bens e serviços. Os clientes faziam fila para poder se servir e ocupar uma das cento e tantas mesas disponíveis para quatro pessoas cada uma. Um negócio da China poderíamos dizer. Mesmo assim, com todo sucesso, Elisabete estava inconformada com o governo petralha. Ela não tinha ideia de que seu sucesso, muito se devia a políticas de inclusão social desse mesmo governo que ela e seus filhos tanto criticavam. O aumento do salário mínimo, a diminuição do desemprego, o aumento do poder de compra do trabalhador, tudo, todas as medidas adotadas pelo Governo Federal de Lula da Silva e DiIma Rousseff, convergiam para o sucesso de Elisabete. Em 2013, no auge das manifestações contra os corruptos, que a "grobu" tanto insistia em dizer que era contra o governo do PT, Elisabete chegou a promover uma redução no preço do almoço para os clientes que chegassem vestidos com a camisa "Fora Dilma!". Pois bem! Dilma Rousseff saiu do governo e, graças a pessoas como Elisabete, foi posto em prática o projeto tucano. O projeto do candidato aécio neves, enfim, teria a grande chance de ser vivenciado pelo povo brasileiro. Após um ano do golpe que destituiu a Presidenta honesta e legítima, o restaurante de Elisabete se transformou numa pequena lanchonete. A galeria, antes pomposa e repleta de clientes, hoje está com a maioria das lojas fechadas. O mais triste de tudo é que Elisabete ainda culpa os governos petistas pelo seu fracasso.
Sampaio era um crítico fervoroso da Dilma Rousseff. Foi um dos que engrossaram o coro das manifestações em Boa Viagem - Recife contra o governo da petista. Aplaudiu, propagou a "dancinha do impintimam" elaborada por jovens alienados com suas caras pintadas de verde e amarelo. Sampaio tinha um filho fazendo intercâmbio no Canadá, no programa Ciência sem Fronteiras. Certa vez conversamos sobre a importância do programa e da grande possibilidade de que nunca seu filho conseguiria estar no Canadá, caso o governo que ele tanto criticava e não media esforços para tirar do poder, não existisse. Ele bradou em alto e bom som que seu filho havia conseguido tal proeza por mérito próprio, que nenhum governo tinha nada a ver com isso, que ninguém tinha que ser grato aos dois líderes petistas. Uma das primeiras medidas adotadas pelo governo golpista, atingiu em cheio o filho de Sampaio. O ministério da educação mandou voltar para o Brasil, todos os alunos que faziam intercâmbio, a começar pelos que estavam no Canadá. Meses depois encontrei Sampaio triste e abalado, se dizendo incapaz, sozinho, de dar o futuro educacional que seu filho tanto almeja. Fiquei envergonhado de querer tirar proveito da situação. Na minha cabeça só vinha uma pergunta: onde será que foram parar os "méritos próprios" do filho do Sampaio?
Henrique conseguiu entrar para Universidade graças ao FIES, o Fundo de Financiamento Estudantil, do governo federal, criado pelo governo do esquerdopata, que financia cursos superiores não gratuitos. Henrique se juntou na Universidade com a banda dos que odiavam o PT. Em sua maioria alunos pobres, de classe média, alguns negros, iludidos pela pregação elitista da meritocracia, destilavam seu veneno nos programas sociais, como cotas, mais médicos, bolsa família; sem perceber ou tentando se enganar, que eles não faziam parte do grande grupo de brasileiros assistidos por um enorme manto de apoio governamental jamais visto na história do nosso país. Henrique conseguiu concluir o curso de Farmácia no final de 2016. Mas seu irmão, que havia tentado naquele ano e no ano seguinte o FIES, não teve a mesma sorte porque o governo golpista, que foi ajudado a chegar ao poder graças a jovens alunos como Henrique, reduziu em mais de 30% os investimentos no programa. O FIES ao invés de aumentar, diminuiu com a chegado do grupo da "grobu" ao poder.
Os nomes das pessoas dessas três histórias são fictícios, mas os fatos são verdadeiros. Essas histórias se confundem com milhares de outras, vividas por brasileiros que, iludidos pela direita e imprensa, destruíram seus próprios sonhos e os sonhos daqueles que mais amam.
Por pior que seja um governo de esquerda, ainda assim é preferível tê-lo, que sabotá-lo pra dar lugar a governos direitistas. A direita nunca teve e nunca terá NADA pra oferecer de bom ao povo mais pobre. Basta olhar a história. O passado fala muito dos governos de direita. E mostra também que sempre a direita engana parte da população, atacando governos progressistas e usando os alienados midiáticos, os analfabetos políticos e os Pobres de Direita, como massa de manobra.
Você foi porta-voz dos males que hoje o afligem. Dos males que todos nós brasileiros estamos vivendo.
Portanto, assim como Elisabete, Sampaio e Henrique, muitos brasileiros são culpados pelo mal que toma conta do nosso país. A fome está voltando, direitos básicos como saúde e educação estão se extinguindo, reformas escravocratas estão sendo votadas contra o povo, o nosso patrimônio está sendo entregue de graça aos países estrangeiros, estamos nos transformando numa nação pobre, subserviente e sem expectativa de futuro.
Desculpe!
Mas, não foi por falta de aviso.
Um comentário:
Ainda bem que os nomes citados são fictícios, pq as histórias também são, criar histórias qualquer mero escritor consegui fazer isso, primeiro que não foi o pt que criou o fies, o fies era um programa que já existia a bastante tempo, o que eles fizeram foram dar uma mexida nele e colocar o nome deles como se fossem eles que tivessem o criado,tudo não passou de uma maquição pra enganar o brasileiro, e essas histórias ai não passa de"balelas".
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