Depois de:
- aumentar a taxa básica de juros da economia de 11% para
12,25%
- dobrar alíquota do IOF em operações de crédito ao
consumidor
- aumentar cobrança do PIS e Confins sobre produtos
importados
- instituir pagamento de IPI ao setor atacadista de cosméticos
- aumentar o IPI para as indústrias
- vetar correção da tabela de Imposto de Renda em 6,5%
- aumentar impostos sobre os combustíveis
- elevar juros da Caixa para novos financiamentos para
compra da casa própria
- tornar mais rigoroso acesso a benefícios tais como: seguro
desemprego, pensão por morte, abono salarial, auxílio doença e seguro defeso...
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vem a público dizer que
o Brasil pode voltar a ter trimestre de recessão e que o PIB tenderá a ficar
estável!
Como assim, Joaquim!
Depois de todo o arrocho que o ministro está empurrando goela
abaixo da população brasileira, principalmente na classe trabalhadora
assalariada, era de se esperar um PIB chinês e um quadro econômico de puro
crescimento.
Mas as medidas tomadas pela equipe econômica do governo
Dilma está trabalhando para fazer aumentar os ganhos dos mais ricos, dos
chamados 1% dos afortunados do país. Mesmo que seja em detrimento do arrocho
imposto a outra parcela da sociedade, os 99% que certamente irão ficar mais
pobres e miseráveis.
Em economia não há mistério: pra um lado crescer
economicamente, o outro tem que perder.
Até aqui valeu o esforço do governo petista sobre a política
de valorização do salário mínimo, a diminuição da desigualdade entre ricos e
pobres, e no processo de governabilidade em que todos saiam ganhando. Ganhando pouco, é verdade, mas saiam todos ganhando.
Pelo que
parece, a parcela do 1% (os mais ricos) não está conformada com seus ganhos e
quer ganhar mais. O governo, por meio de sua equipe econômica, sinaliza que
está disposto a atender aos barões do país. Os donos do Brasil voltaram a ser a
prioridade do governo.
Fosse diferente, após quase um mês do segundo mandato de
Dilma, já haveria no congresso para discussão projetos sobre a reedição da
CPMF, taxação das grandes fortunas, mudança dos gastos dos governos com
propaganda e controle e diminuição dos gastos do dinheiro público nas três
esferas governamentais e nos três poderes.
Se pudesse eu sugeria ao Levy:
- uma CPMF que isentasse a maioria dos trabalhadores. Que o
piso proposto para cobrança levasse em consideração a média salarial do Brasil. Os
que tivessem abaixo dessa média não pagariam a alíquota do imposto.
- cobrar das grandes empresas suas dívidas com o Fisco. A
rede globo, por exemplo, sonegou ao erário dinheiro que deve voltar ao caixa do
Tesouro o mais rápido possível e com juros e dividendos.
- aumente a taxa sobre cigarros, bebidas e outros supérfluos.
- já está na hora de rever os gastos com a manutenção das
casas legislativas (federal, estaduais e municipais), principalmente em
referencia aos gastos dos salários e benefícios dos senhores legisladores
(senadores, deputados estaduais e federais, e vereadores). Assim como os gastos
do poder judiciário.
- taxar as grandes fortunas.
- taxar as grandes fortunas.
Depois de todas as medidas tomadas por Levy, o que me assusta
é ele declarar ainda que “continuará a fazer novos ajustes econômicos”.
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