O novo governo criou um novo termo, pejorativo e soberbo, para designar a faxina que toda nova administração faz, logo que assume o poder. A turma do novo governo tem dito que é necessário "despetizar" a administração pública.
Com a "despetização" o governo quer acabar com a "ideologia marxista", que segundo o novo governo, tomou conta da administração pública.
Essa semana para justificar a promoção do filho no BB, o vice presidente, General mourão, disse que "honestidade e competência não eram valorizados nos governos anteriores".
Numa rápida pesquisa no Google, a gente verifica os critérios que estão sendo utilizados para escolha daqueles que irão ficar no lugar dos despetizados. A começar pelo filho do General mourão. Funcionário concursado do BB há 18 anos, que estava esquecido e só agora o presidente do banco, nomeado pelo novo governo brasileiro, percebeu o quanto ele é "competente e honesto".
Quantos mais funcionários do BB têm mais tempo que o "mourinho", que também entraram no serviço público por meio de concurso, mais competentes e honestos existem no Banco do Brasil?
Um outro exemplo de "competência" é o chanceler brasileiro, o trumpista ernesto araújo.
E o mais novo responsável pelo Enem?
Quem em sã consciência daria um posto de responsabilidade a uma pessoa que foi expulso do grupo mbl, por ter sido considerado um "maluco completo, lunático, conspiratório e totalmente fora da realidade"?
Repito: o cara foi considerado maluco pelos malucos do mbl.
Essa questão do "despetizar" ela é mais séria do que se possa imaginar.
É natural sempre no início dos governos as trocas de cadeiras e mudanças nos quadros comissionados e etc, mas, da forma que está sendo realizada é um desrespeito aos funcionários, além de trazer prejuízos futuros.
Será que essas pessoas que estão sendo demitidas, todas elas, são realmente petistas? Se acaso houver esquerdistas na administração pública, seria esse o único motivo para desligamento da função?
Quantos direitistas permaneceram em seus postos de trabalho nos governos Lula e Dilma, não houve essa caça as bruxas, perseguição e exposição de uma ação de poder que deveria ser o que foi até hoje, uma ação corriqueira, normal e até necessária.
O que esse novo processo poderá acarretar na administração pública? Acho que da forma que está sendo realizado, deve ser motivo de estudo por especialista. Qual o impacto que todo esse processo desgastante vai acarretar para administração pública?
Imagina se a partir de agora essa seja a prática utilizada por todos os governos? Se todas as vezes que um governante assumir retirar todos que não votaram nele, a administração irá para o buraco.
De modo que esperamos que seja apenas uma exceção, jamais a regra.
Bons governos passaram. Esse também passará!
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