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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Tá chegando a hora.


Frevo nº 1 do Recife (Antônio Maria)

Ô ô ô saudade
Saudade tão grande
Saudade que eu sinto
Do Clube das Pás, do Vassouras
Passistas traçando tesouras
Nas ruas repletas de lá
Batidas de bombos
São maracatus retardados
Chegando à cidade, cansados,
Com seus estandartes no ar

Que adianta se o Recife está longe
E a saudade é tão grande
Que eu até me embaraço
Parece que eu vejo
Valfrido Cebola no passo
Haroldo Fatia, Colaço
Recife está perto de mim


Evocação nº 1 (Nelson Ferreira)

Felinto, Pedro Salgado,
Guilherme, Fenelon
Cadê teus blocos famosos?
Bloco das Flores, Andaluzas
Pirilampos, Apôis fum
Dos carnavais saudosos

Na alta madrugada, o coro entoava
Do bloco a Marcha-regresso
Que era o sucesso dos tempos ideais
Do velho Raul Moraes

Adeus, adeus, minha gente
Que já cantamos bastante
Recife adormecia
Ficava a sonhar
Ao som da triste melodia



Valores do passado (Edgard Morais)

Bloco das Flores, Andaluzas, Cartomantes
Camponeses, Apôis Fum e o Bloco Um Dia Só
Os Corações Futuristas, Bobos em Folia
Pirilampos de Tejipió
A Flor da Magnólia
Lira do Charmion, Sem Rival
Jacarandá, a Madeira da Fé
Crisântemos, Se Tem Bote e 
Um Dia de Carnaval

Pavão Dourado, Camelo de Ouro e Bebé
Os Queridos Batutas da Boa Vista
E os Turunas de São José
Príncipe dos Príncipes brilhou
Lira da Noite também vibrou 
E o Bloco da Saudade, assim, recorda tudo que passou

Me segura que senão eu caio (J. Michiles)

Nos quatro cantos, cheguei
E todo mundo chegou
Descendo ladeira
Fazendo poeira
Atiçando o calor

E na mistura colorida da massa
Fui bater na praça a todo vapor
Descambei, passando pelos bares
Cheirei a menina e voei pelos ares
No pique do frevo, caí como um raio
Me segura que senão eu caio
Me segura que senão eu caio

Voltei, Recife (Luiz Bandeira)

Voltei, Recife
Foi a saudade
Que me trouxe pelo braço

Quero ver novamente "Vassoura"
Na rua abafando
Tomar umas e outras
E cair no passo

Cadê Toureiros?
Cadê Bola de Ouro?
As Pás, Os lenhadores
O Bloco Batutas de São José?

Quero sentir
A embriaguês do frevo
Que entra na cabeça
Depois toma o corpo
E acaba no pé

Hino do Elefante de Olinda (Clídio Nigro / Clóvis Vieira)

Ao som dos clarins de momo
O povo aclama com todo ardor
O elefante exaltando as suas tradições
E também seu esplendor

Olinda, este meu canto
Foi inspirado em teu louvor
Entre confetes, serpentinas, venho te oferecer
Com alegria o meu amor

Olinda, quero cantar
A ti, esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração
De amor a sonhar, minha olinda sem igual

Salve o teu carnaval

Oh Bela! (Capiba)

Você diz que ela é bela
Ela é bela sim senhor
Também poderia ser mais bela
Se ela tivesse meu amor (BIS)

Bela é toda natureza, ô bela
Bela é tudo que é belo, ô bela
O sorriso da criança
O perfume de uma rosa
O que fica na lembrança

Bela é ver um passarinho, ô bela
Indo em busca do seu ninho, ô bela
Todo mundo se amando
Com amor e com carinho
Um sorrindo, outro chorando
De amor, de amor

Bom Demais (J. Michiles)

Eu tenho mais que tá nessa
Fazendo mesura na ponta do pé
Quando o frevo começa
Ninguém me segura
Vem ver como é

O frevo madruga
Lá em São José
Depois em Olinda
Na Praça do Jacaré
Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vem depressa
Que esse frevo é bom demais
Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vamos nessa
Que esse frevo é bom demais


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