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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Carta aberta aos médicos estrangeiros que estão chegando ao Brasil


Aos profissionais médicos da Espanha, Argentina, Portugal, Itália, Cuba e demais países que aceitaram o desafio de vir cuidar do nosso povo. Meus sinceros agradecimentos pelos Senhores terem aceitado o chamamento do Governo Federal, para atender uma parcela da população brasileira, que tem enfrentado problemas de saúde, principalmente devido à falta de médicos.

Com o programa Mais Médicos o Governo Federal enviou um recado a todos, deixando claro o seu enorme interesse e boa vontade em proporcionar o mínimo de atendimento médico recomendado pela OMS, a todos os brasileiros, ainda que eles estejam localizados nas mais distantes localidades ou periferias dos grandes centros urbanos, não assistidos ou alcançados pelo sistema de saúde.

Temos ciência, Senhores Doutores, que a aversão a suas chegadas ao nosso país, não condiz com o sentimento da grande maioria da população brasileira. Principalmente daqueles que esperam, diuturnamente, pela presença de um profissional de medicina, nos hospitais, postos de saúde, aldeias e nos rincões espalhados por todo o Brasil. Muitos, dos que criticam, acreditem, o faz por nunca terem precisado esperar meses e até anos, por um atendimento médico. Infelizmente no mundo, quanto mais afortunadas são as pessoas, menos elas enxergam as necessidades dos mais pobres. Ainda há muita gente que acredita, fielmente, que só elas tem direitos. Até mesmo, direito a um médico.

O povo brasileiro é ordeiro e gentil. Sabemos receber os visitantes em nossas casas. Qualquer ação adversa a hospitalidade do povo brasileiro, cometida por setores da sociedade, “representantes” de instituições de saúde ou até mesmo, oriundas de profissionais de saúde, não espelha o anseio e a esperança do povo, dos governos e nem mesmo de toda classe médica. 

Estamos na verdade ansiosos em ver os resultados desse programa. Durante anos formos testemunha do descaso de gestores e do sofrimento de muitos irmãos brasileiros. Muitos pacientes chegaram a falecer na porta dos hospitais e postos de saúdes, sem que houvesse um único profissional da área que lhes prestasse o último auxílio. Que lhes aliviasse suas últimas dores.

A presença dos Senhores representará um divisor de águas na saúde do povo brasileiro. Mudará paradigmas. Acentuará a discussão sobre o ato médico no SUS. E acentuará a discussão sobre o que é mais importante nos atendimentos médicos particulares e pelo SUS. 

Há quem discuta a falta de condições dos hospitais e postos de saúde, mas, faltam (faltava) também médicos. Principalmente “médicos com coração”. Afinal, de que adiantaria estrutura e condições de trabalho de qualidade sem que nela existisse a presença do profissional de saúde.

O próprio programa Mais Médicos, na intenção mais ampla de reparar gargalos do processo, não estabelece apenas a importação de médicos, mas, também a reestruturação, qualificação e reordenamento das estruturas físicas, materiais e equipamentos dos hospitais e postos de saúde. Como se vê, a “Revolução da Saúde para Todos” começará por cada um de vocês.

Como brasileiro e um singelo anfitrião dos Senhores Doutores, terei o prazer em visitá-los em seus locais trabalhos e lhes oferecer meu apoio, apreço e, sobretudo minha gratidão.

Sejam bem vindos!

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