O que move os governos é, sem sombra de dúvida, a economia.
Cada um deles está em busca de novos comércios num mundo tão inacreditavelmente
pequeno pra tanta troca de mercadorias entre parceiros econômicos.
Há muito pouco espaço livre, no mundo, pra fazer e fechar
negócios. Quando um país tem, de alguma forma, um de seus produtos embargados,
logo surge vários países concorrentes para ocupar o espaço vazio.
Comércio exterior é igualzinho a qualquer tipo de comércio que conhecemos. O comprador sempre quer pagar menos pelo melhor. Se o vendedor não cumpre com os prazos e termos da compra, procura-se logo outro que cumpra.
A China foi durante décadas, o destino natural da maioria
das mercadorias criadas ou produzidas no mundo.
Afinal, Um Bilhão e Quatrocentos Milhões de habitantes chineses, consomem todos os dias vários tipos de
produtos, seja animal, vegetal, mineral, manufaturado, tecnológico... Dos quais
a própria China não consegue produzir internamente na quantidade que a sua população precisa.
Daí a necessidade de
comprar de outros países.
Nos últimos anos a crise mundial arrefeceu o comercio mundial.
A própria China e os EUA, os maiores compradores do mundo, passaram a comprar
menos ou, na melhor das hipóteses, passaram a “pechinchar” por melhores preços.
O Brasil, que possui um forte comércio com os grandes países
consumidores, decidiu estreitar as relações comerciais com os países vizinhos e
principalmente com os países da África. Os governos Lula e Dilma quase que
priorizaram a relação comercial entre Brasil e os nossos vizinhos e também com
os países africanos. Sem distinção. Ou seja, também com os países mais pobres
dessas duas regiões.
Agora a bola da vez, pelo que tem sido verificado, é o país
de Fidel.
Por ironia do destino todos estão indo pra Cuba.
O governo americano se predispôs a analisar o embargo a ilha.
Comissões parlamentares dos dois países estão “trocando figurinhas”. Aqui pra nós: os americanos não estão fazendo favor nenhum a Cuba. Eles sabem do potencial econômico que Cuba representa para eles e para o mundo.
A federação da indústria de São Paulo fez seminário com
industriais, fortalecendo a ideia dos empresários brasileiros investirem na
ilha. Aqui pra nós: quando empresário brasileiro vem tomar uma decisão dessas, é porque eles sabem que empresários americanos e europeus já decidiram antes.
Empresas britânicas vão investir 400 milhões de dólares em
Cuba. Aqui pra nós: o país da rainha elizabete, conservador do jeito que é, investindo em Cuba? A rainha virou comunista da noite pro dia?
O presidente francês, Hollande, está em visita a Cuba nesse
momento. Aqui pra nós: mais um bolivariano.
O mundo do comércio internacional enxergou em Cuba o novo “el
dorado” das oportunidades.
Cuba pode impulsionar a balança comercial dos países que porventura
conseguirem fechar negócio na Ilha e sobretudo, e é o que realmente importa para
o mercado, aquecer o comercio internacional.
A visão estratégica que o Brasil teve em investir em Cuba
foi, digamos... um gol de placa.
A construção do porto de Mariel, a parceria com os médicos
cubanos no Programa Mais Médicos, a parceria na área de fármaco, vacinas, etc. O apoio do Brasil a Cuba nesses treze anos de
governo petista, foi estrategicamente fundamental para que o Brasil seja um dos
países que terá prioridade na abertura de Cuba para mundo.
E mesmo diante das críticas veiculadas na mídia
conservadora, o governo brasileiro foi firme no apoio a Cuba.
Se Lula e Dilma fossem dá ouvidos ao que os mervais e doras, catanhedas e
jabores, reinaldos e serazades, vociferavam em suas colunas indigestas, o
governo teria perdido essa grande oportunidade de abrir novos negócios e
melhorar sua balança comercial.
Mais que de repente, nota-se um enorme silêncio da direita brasileira (midiática e partidária), no quesito Cuba.
Talvez porque nunca foi tão oportuno o chavão: Vai Pra Cuba!
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