No dia em que a oposição ao governo da Presidenta Dilma
Rousseff, concordar com ela, estaremos vivendo um momento utópico (oposição
aqui, representada não só pela classe política dos partidos PSDB, DEM e PPS,
como também pelos barões da imprensa), daí levar em consideração os depoimentos
sobre a medidas adotadas do governo federal, de homens como José Agripino e Roberto Freyre,
ou textos de Arnaldo Jabor e Reinaldo
Azevedo, é assinar um termo de alienação política-midiática. Os dois primeiros,
temem que uma reforma política seja a pá
de cal que falta para extinção dos seus partidos. E os dois últimos, um é da
direita assumido que detesta tudo que esteja relacionado ao partido da Presidenta, e o outro é da extrema direita, o qual já passou do estágio de normalidade. É um "xiita" revoltoso que deve está dando gargalhadas
com toda essa onda de vandalismo que acontece no país.
A insistência em colocar no colo da Dilma, a culpa das
manifestações, tem levado a oposição a uma posição de destaque no cenário nacional.
Ela está fazendo o papel do agente ridículo de todo o processo que está sendo
desencadeado atualmente. Por um lado, os políticos de oposição acusam o governo
federal por todo desserviço público, e se colocam como opção de mudança. Os caras não percebem que eles próprios, também são governo! Seja no Congresso, nas Câmaras de vereadores e deputados. Não enxergam que o povo trouxe a tona, toda sujeira debaixo do tapete dos
três níveis de governos e dos três poderes, principalmente do legislativo.
A imprensa, por
outro lado, indica aos manifestantes qual a pauta de reivindicações, tentando se colocar como indutores do movimento. Incentiva os protestos e mostra ao mundo como o país governado por Dilma Roussefd, está convivendo com uma "revolução social".
"Não venham pra cá senhores turistas, estamos em guerra". Esquece que ela
própria, juntamente com seus “formadores de opinião”, é a razão também dos
protestos. A queima de veículos da imprensa, a agressão sofrida por parte de
jornalista pelos manifestantes, quer dizer
alguma coisa, ou não!
Interessante é perceber que a manifestação só ocorreu, nessa
magnitude, após ser verificado que o Brasil tinha (e tem) condições para oferecer
um atendimento “padrão FIFA” a sua população. Duas análises precisam ser
feitas sobre isso: primeiro sobre as condições de hoje, de um país que há dez
anos penava por empréstimos no FMI e era motivo de gozação em reuniões
internacionais e que agora se mostra preparado para executar eventos como Copa
e Olimpíadas. Segundo, é o esforço adotado para se chegar a um
atendimento de qualidade para população, levando em consideração a falta de compromisso de
agentes públicos para isso.
A Medidas Provisórias (MP) enviadas pelo governo federal que
atendam as necessidades da população, geralmente não são bem aceitas pelos
políticos de oposição. A exemplo, a MP dos portos e da diminuição da tarifa de
energia. Muitos deputados e senadores, colocam como prioridade de seu mandatos,
os interesses particulares em detrimento dos interesses da sociedade. Basta lembrar o caso do Demóstenes Torres. E isso
ocorre, em todas as casas legislativas, a começar pela câmara dos vereadores de
nossas cidades. São tantos os problemas nos bairros que muitas vezes nos
perguntamos: pra que serve os vereadores?
Diferentemente do que estão tentando propagar na
sociedade, a principal voz que veio das ruas, trouxe a certeza que o povo sabe
que a corrupção não é unicamente causada no governo federal. Ela está
entranhada na vida pública por meio de seus agentes públicos. Seja ele
ministro, vereador, atendente de um hospital público, senador ou outra função pública.
Só pra se ter uma ideia, do quanto se desvia de dinheiro
público no Brasil: segundo a OMS, nosso país gasta por pessoa em saúde, por ano,
R$: 1140,00. A OMS destaca que, em uma década, o orçamento do setor no País
cresceu quatro vezes. Em 2000, o governo destinava US$ 107 à saúde de cada
cidadão. Em 2010 passou a US$ 571. Se compararmos com 30 bilhões empregado na
Copa, isso daria R$: 150,00, dividido para cada brasileiro (p/200 milhões de
pessoas). Ou seja, o Brasil vem fazendo quase uma copa do mundo, por mês na
saúde. Agora a grande pergunta: será que essa dinheirama toda, está realmente
sendo aplicada em saúde?
Com a palavra os senhores governadores e prefeitos.
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