quarta-feira, 26 de junho de 2013

Governo Federal nas cordas – Oposição não dá um minuto de sossego ao governo Dilma Rousseff – Pressão total.


Qualquer erro, por mais que seja mínimo, qualquer medida tomada, qualquer palavra dita, ainda que não aja nenhuma importância, toma proporções gigantescas se proferida pelo Governo de Dilma Rousseff. A oposição (partidos políticos e setores da imprensa) está aproveitando os protestos para promover uma das maiores ondas de perseguição sofrida por um governante, no Brasil. Só se comparando os momentos vividos por Getúlio e Jango.  

A contribuição que o Movimento Passe Livre - MPL deu a oposição foi e está sendo determinante no processo de ataques, contra o governo federal. A imprensa conseguiu, por exemplo, emplacar o apoio contrário a PEC 37. De tanto publicar que os manifestantes estavam nas ruas contra a PEC, em seus noticiários e nas chamadas ao vivo pela TV, fez com que muitos abraçassem a causa sem ao menos ter ideia do que se tratava. 

A imprensa continua sendo o grande manipulador das massas.

Há mais objetivos por trás da derrubada da PEC 37, que o público desconhece. Uma delas é fortalecer o agente principal da criação da PEC. A valorização do Roberto Gurgel, é a prova de que a oposição encontrou um fiel escudeiro e que certamente tem planos para o Procurador Geral da República, após sua saída do cargo. 

A oposição continua sua tarefa de esbofetear o governo federal enquanto ele está nas cordas. O retorno ao poder central se faz necessário, se possível agora! Essa é a grande chance que a oposição encontrou de realização de um plano maquiavélico iniciado desde 2003. Tirar os partidos de esquerda do poder e dar continuidade ao que, antes, eles haviam começado. A agenda neoliberal, com aumento dos juros, do desemprego, da desigualdade social. 

Afinal, toda essa gritaria nas ruas se deve a ascensão de negros e pobres ao mercado de trabalho, ao sistema econômico, às universidades. Estava tudo muito bem, até que um torneiro mecânico achou de mudar as regras, onde antes o pobre vivia muito bem no seu “mundinho insignificante”.

É aí, onde a oposição (repetindo: partidos políticos de direita e setores da imprensa), comete um erro primário, o de não se reconhecer também como responsável pelas críticas vindas das ruas. Será que a massa deseja, realmente, ser liderada por eles?

Nesta terça-feira (25/06), vi desfilar no JN, um número de opositores ao governo Dilma, capaz de estremecer a república com suas opiniões contrárias às medidas anti-crise tomadas pelo Planalto. Por lá passaram Aécio, Agripino, Roberto Freyre, Joaquim Barbosa (apoiou as medidas), Roberto Gurgel e Ayres Brito. Houve até fogo amigo, com a presença do vice-presidente, Michel Temer e do ministro da justiça, Zé Cardozo. Sentir a falta do Gilmar Mendes, Suplicy e do ministro das comunicações. 

Com a saída do “extraordinário” MPL, a oposição assumiu o comando das manifestações e reivindicações populares. O presidente do PSDB, em conjunto com os demais partidos oposicionistas, chegou até a esmiuçar, no plenário do Senado Federal, uma lista de reivindicações. Entre elas, a diminuição do número de ministérios de Dilma Rousseff. 

(Sobre isso, escrevi em “Os 39 ministérios de Dilma – Blog do emilton xavier”):

"... Ao analisar as pastas ou secretarias criadas por Lula e Dilma, percebo o que há de comum, entre algumas dessas novas pastas, com status de ministérios. Senão, vejamos: Microempresa, Cidades, Política para as mulheres, Igualdade racial, Pesca e aquicultura, desenvolvimento agrário e Aviação civil. Todas elas estão diretamente ligadas a uma parcela da sociedade que foi, durante séculos, excluída dos projetos do Brasil. Todas as novas secretarias estão ligadas a classe pobre que, nos últimos dez anos, ascendeu à classe média. Ah! Antes que me critiquem. A Secretaria de Aviação Civil tem tudo a ver com a classe pobre. Muitos da classe C e D estão viajando de avião, como nunca se viu antes".   
No pronunciamento do candidato tucano a presidência em 2014, faltou ele dizer quais seriam os ministérios que devem ser excluídos e colocar também, a necessidade de apurar as denúncias do livro Privataria Tucana, a relação entre políticos com o Cachoeira, o processo de desvio de mais de quatro bilhões da saúde de Minas Gerais, que o próprio senador responde na justiça.

Veja! Não é uma questão de apoiar esse ou aquele partido, a questão é que o povo cansou de se deixar enganar por políticos inescrupulosos.

Até outubro de 2014, o que veremos serão ataques e opiniões contrárias a tudo que o governo Dilma Rousseff, disser ou fizer. 

Lamentável que a oposição (lembrando mais uma vez: partidos de oposição e setores da imprensa), não tenha percebido o recado das ruas e, pior ainda, se coloquem como única opção de mudança. Porque, se o governo federal está nas cordas, a oposição já foi jogada para fora do ringue, faz tempo!

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