Esse
espaço sempre publicará os textos extraordinários escritos pelos grandes nomes
do jornalismo. Aqui já foram expostos textos de PHA, Nassiff, Glenn Greenwald e Alberto Dines.
Agora mais um Texto Nota 10, essa será a marca
daqui pra frente, dessas publicações.
Dessa vez teremos o Paulo Nogueira (PN) do Diário do Centro
do Mundo (DCM).
O texto abaixo reflete o que penso a respeito do assunto. O
Partido dos Trabalhadores não é o mais corrupto e nem, claro, inventou a
corrupção. E isso tem sido demonstrado nas delações e investigações que tem
acontecido nas diversas Operações da justiça, entre elas, a Lava Jato.
E mesmo com toda passividade do moro e da imprensa em ir
fundo nas denúncias contra seus protegidos, mesmo assim, chega a opinião
pública conteúdos que implicam de forma inquestionáveis os acusados.
Os "homens honrados" ou, como costumo classificar
aqui os protegidos da elite, a "Turma da globo", por mais proteção
que exista, eles vão sendo desnudados.
Outra coisa: assim como PN, eu também não sou petista.
E faço minhas as palavras da atriz global Monica Lozzi: Não sou petista, mas não sou
cego.
Vamos ao textos!
A maior revelação das delações: o PT é o menos corrupto dos
grandes partidos.
Paulo Nogueira
DCM
Um esclarecimento, antes
de tudo.
Não
sou petista. Não tenho vínculo nenhum com o PT.
É
o tipo de aviso que acho detestável, e que abandonei há tempos. Mas neste caso
abro uma exceção.
Vamos lá.
As
múltiplas delações vão deixando clara uma coisa que não recebeu ainda a devida
atenção: ao contrário da narrativa incessante da mídia nestes últimos anos,
desde que Lula subiu ao poder, o PT é o partido menos corrupto entre os grandes
que estão aí.
Está
de fora aí, naturalmente, o pequeno PSOL, um exemplar reduto de integridade e
combatividade.
Observe
as revelações sobre o PMDB. Numa das últimas delações, surgiu a acusação de que
um operador de Eduardo Cunha ameaçou queimar a casa de um delator com os filhos
dentro.
De
novo: queimar com os filhos dentro.
Não
é a primeira vez que delatores narram ameaças físicas associadas a Eduardo
Cunha.
Ainda
no campo do PMDB, pertencem ao terreno do espanto, também, as delações de
Sérgio Machado.
E
com Machado vamos ao PSDB, citado por ele. “Fui do PSDB dez anos. Não sobra
ninguém”, disse Machado. Mas frase símbolo foi essa: “Todo mundo conhece os
esquemas do Aécio”.
Todo
mundo não. O público em geral desconhecia as roubalheiras de Aécio, graças à
proteção infinita dada a ele pelas empresas jornalísticas.
Um
antigo reduto milionário das propinas de Aécio, Furnas, só ganhou os devidos
holofotes agora, depois de muitos anos de pilhagem. Delcídio falou em Furnas,
Machado falou em Furnas — e a grande imprensa nunca investigou Furnas. Nem ela
e muito menos a Polícia Federal.
Aécio
virou um campeão de aparições em delações. Consagrou-se como a pior espécie de
corrupto: aquele que rouba na sombra e, à luz do sol, faz sermões contra a
corrupção.
Virou
um morto vivo na política, por isso. Sua ladroagem saiu enfim da escuridão.
Perto
do que se sabe agora que ele fez, o aeroporto privado que mandou construir com
verba pública perto de sua casa de campo em Minas virou insignificância.
No
terreno do PSDB, FHC teve também sua taxa de verdade e de merecidas humilhações
nas delações. Ficou claro que o assalto à Petrobras foi enorme em seu governo.
O filho de FHC foi citado numa negociata multimilionária na Petrobras.
E
Dilma enquanto isso? Nada. De Lula, parece piada neste momento, mas o maior
ataque contra ele derivou de pedalinhos.
Um
político ligado a FHC, Xico Graziano, alimentou durante muito tempo a fábula de
que Lulinha era dono da Friboi. Agora, foram investigar a Friboi no âmbito da
Lava Jato e encontraram não Lula, mas Henrique Meirelles, o czar de Temer na
economia. Meirelles comandava a Friboi na época em que a empresa é acusada de
dar propinas.
E
assim, com fatos, se desfaz o mito de que o PT inventou a corrupção no Brasil.
É
um efeito colateral, e brutalmente indesejado pela plutocracia, da Lava Jato.
Emilton, bom dia. O que houve? Por que vc não escreve mais? Acompanho seu blog, ele é muito bom. volte a escrever.(Palo Duarte)
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