sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Uma conta que não bate.



O Supremo mantém livre, um dos únicos condenados que declarou ter recebido dinheiro do esquema de Marcos Valério. Quatro milhões e quinhentos mil reais. Única testemunha que acusou o Dirceu de ser o "chefe" da quadrilha, sem apresentar uma única prova material, apenas "honrada sua palavra". 

Roberto Jefferson se transformou numa espécie de "Comentarista do Mensalão". Com outros personagens, como  Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello (ambos ministros do STF), elea se revezam em aparecer nos jornais, justificando as medidas da na Ação 470 e dando seus pareceres quanto às medidas tomadas na etapa das Execuções Penais.

Sinal de que o julgamento da Ação Penal 470 ainda não terminou. Afinal, se nem eles estão seguros, imagina nós!

Mas, o que fica latente perturbando nossas mentes, nesta questão específica, é que essa conta não bate! 

Como pode uma pessoa receber de um esquema fraudulento uma quantia de 4,5 milhões e pagar de multa apenas 720 mil? 

E o pior ainda é, como ele tem a cara de pau de dizer que não pode pagar a multa e a justiça aceitar? Sabendo que o mesmo obteve, da transação, quase cinco vezes o valor da multa?

Esse caso do Mensalão, a cada dia, vai escancarando mazelas que vão nos deixando cada vez mais cientes da malversação desse julgamento midiático e político.

Só falta agora o Roberto Jefferson ser agraciado com uma Prisão Domiciliar, sem ser necessário passar por perícia médica. Na verdade, nessa altura do campeonato, é bem fácil que ele passe pela mesma equipe de médicos que avaliou o estado de saúde de Genoíno. Não será surpresa se a equipe médica declarar pra ele “necessidade de prisão domiciliar por questão de saúde”.

Pelo jeito que as coisas andam, o “mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público”, como disse o Roberto Gurgel, vai se transformar no maior fiasco jamais visto na história da justiça desse país.

O Pizzolato já começou a apresentar, na Itália, documentos que comprovam a má-fé da justiça brasileira. A imprensa, por outro lado, ajuda muito a reforçar a ideia de que tudo não passou de um julgamento político, a partir do momento em que ela falseia a notícia, protege os que aprovam o julgamento e ataca os que são contra.

Ontem no JN, a cara dos apresentadores do jornal ao noticiar a possibilidade de Delúbio ir trabalhar na CUT, esclareceu bem aos telespectadores, o que desejam os barões da imprensa para Dirceu e companhia. 

Surpreende, no entanto, que os mesmos barões ao defender o pior dos atendimentos carcerários aos políticos do PT, todos os dias, disponibilizem o microfone da emissora para que Roberto Jefferson possa delinear suas expectativas sobre a situação. Repórteres da Globo são visitas carimbadas na casa do Jefferson.

Dois pesos e duas medidas! E ainda há quem acredite na imparcialidade da nossa imprensa.

A todo instante nós somos vítimas da manipulação. Essa questão dos 4,5 milhões que Roberto Jefferson não devolveu aos cofres públicos e a imprensa não comenta é apenas um caso entre dezenas de outros que estão sendo manipulados.

Precisamos ficar atentos ao que está acontecendo. O processo de manipulação da mídia, nunca ficou tão exposto. 

Por exemplo: a todo grupo, nesse país, é dado o direito de fazer manifestação. A Constituição reconhece como um direito democrático a livre manifestação de caráter pacífico. Mas, atualmente, existe uma ressalva: desde que não seja de apoio aos novos moradores da Papuda, Zé Dirceu e Zé Genoíno.

A manifestação da CUT, em frente ao prédio do STF foi considerada, por setores da imprensa e da justiça, como uma ameaça a Joaquim Barbosa. 

Ir às ruas contra governos petistas é manifestação. Contra a imprensa e seus parceiros, é ameaça. Talvez seja por isso que essa mesma imprensa não questiona Joaquim Barbosa pela demora em prender Roberto Jefferson.

Um comentário:

  1. O Roberto Jerffeson abusa da cara da sociedade. Ele tem tido muito espaço nas emissoras de televisão, nos jornal e revistas. Eu também quero saber onde foi parar o dinheiro que ele recebeu no carequinha. Bandidagem total.

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