O
Profeta Miqueias é conhecido como aquele que denunciava os governantes
corruptos.
Homens que usavam o poder de administrar o bem comum, para enganar o
povo, com suas armadilhas e desvio de conduta.
Miqueias denunciava a cobiça, os
ganhos fáceis e imorais.
A
balança desonesta, o crime organizado e a luxúria, não são males apenas de nossa
época. Sempre fizeram parte do mundo e foram os principais responsáveis pelas agruras da
humanidade.
Bem
atual, Miqueias, tem trazido as claras aquilo que está bem escondido. Vez ou outra o submundo é descoberto.
Foi o que aconteceu com prefeitos
e gestores de fundos de previdência municipais de cidades brasileiras, que foram
cooptados a participar de um esquema criminoso digno de ser roteiro de filme, descoberto pela Polícia Federal.
Roteiro de filme pornô?
Não! Talvez, sensual, erótico. Mas, pornô, não!
Homens
públicos seguidores da verdade e da probidade, zeladores da moral, que agiam na
vida pessoal e funcional com dignidade, decoro, eficácia e moralidade, foram
vítima de um diabo louro.
Coitados!
Uma
loira de olhos azuis (ou serão verdes?), pele clara, cabelos longos e macios,
coxas bem torneadas, pernas longas, lábios carnudos, bumbum arrebitado e muito bem delineado, sem barriga, sem manchas na pele, de um metro e setenta de altura, bem
vestida, perfumada, de voz sensual, falava a eles, quase num sussurro.
(Vixe!
Deu até calor!)
Esse
diabo louro, levou homens incorruptíveis, amantes da ética, probos, para o
precipício.
Pobres
homens!
Inseguros
e inocentes, despreparados para as ciladas da vida.
Não
resistindo ao fascínio do diabo louro, entregou-lhe o que não lhes pertenciam.
Cientes que nenhum Miqueias viria a saber, os homens públicos, se deleitavam e
se embriagavam com o perfume daquela mulher estonteante.
O
diabo louro viajava o país visitando prefeitos e lhes apresentava os fundos.
Deixa eu tentar melhorar essa última frase: O diabo louro viajava o país visitando
prefeitos e lhes apresentava as vantagens que eles teriam em aplicar os fundos
da previdência municipal.
Tremenda
maldade o diabo louro fez a esses homens.
Haverá
atenuantes nesse caso?
Poderá
a justiça entender tamanha crueldade desse diabo louro contra esses pobres
homens desiludidos?
O
poeta Alceu Valença, em uma de suas músicas, retrata bem o poder da ação
devastadora na vida de homens probos, cometida pelo diabo louro.
Ele diz que:
Um
diabo louro faiscou na minha frente
Com cara de gente, bonita demais
Chegou de bobeira marcando zoeira no meio da praça
Quebrando vidraças isso não se faz
Foi
paranóico, fantástico, mágico
Me fez sedento, atento, elástico,
Chegou rasgando pisando, chicletizando total
Que loura bonita fazendo o diabo no meu carnaval
E que carnaval!
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