“A mídia no Brasil é perversa com seu público”.
Li esta
frase, não me recordo onde, e gostei! E arriscaria mais, ela provoca um
mal tremendo a uma parcela da população, os chamados alienados midiáticos, que acreditam fielmente no que leem, veem ou ouvem
da imprensa brasileira.
A mídia, pra atingir interesses econômicos e políticos,
esconde fatos, desvirtua histórias, cria falácias, publica e propaga só o que
lhe traz vantagens! Não demonstra nenhuma
preocupação com a Democracia e com as consequências de seus atos sobre
os indivíduos e a sociedade.
Muitas pessoas, todos os dias, são influenciadas a
pensar, agir, a viver da maneira que a mídia impõe. A alienação midiática se
transformou numa doença coletiva, na qual o principal sintoma é a perda do que
há de mais natural no ser humano: sua capacidade e qualidade de questionar.
Nessa investida da mídia, em
transformar a sociedade em agentes sem causa – os alienados passam a
defender o que a mídia defende – existe um batalhão de “colunistas, pensadores,
formadores de opinião”, que ganham muito
dinheiro para criar/elaborar o pensamento coletivo de seus seguidores. Seria
como se eles dissessem: “vocês não precisam pensar, deixem que pensamos por
vocês”.
Os seguidores/leitores, abdicam de questionar as informações que estão sendo recebidas.
Afinal de contas, pensar é muito desgastante, difícil e cansativo. Por que gastar
tempo em criar ideias sobre o mundo, sobre o meio em que vivemos, se temos a
mídia que faça isso por nós!
Essa alienação midiática, percebida em parte da sociedade
brasileira, expõe um traço comum entre os alienadores e os alienados, que é a
similaridade de pensamento sobre o mesmo assunto. Se fôssemos fazer uma análise
dos textos de “colunistas” da Grande Imprensa, por exemplo, veríamos que a
maioria tem um objetivo comum.
A linha de pensamento de Noblat é bem próxima do
que pensa o Reinaldo Azevedo, que é bem próxima do que pensa a Dora Krame e por aí vai. Ou
seja, há pouca discordância de opinião entre os “pensadores” da mídia, sobre
determinados assuntos. Têm dias, inclusive, que parece que todos eles
escreveram seus textos, juntos na mesma sala. Tamanha é o direcionamento e a
similaridade do conteúdo exposto. Isso
só nos leva a crer, na total parcialidade de um veículo de comunicação que foi
criado com o objetivo principal de esclarecer os fatos, ainda que com isso,
venha insatisfazer apadrinhados, parceiros, correligionários, patrocinadores ou os próprios barões da mídia.
Essa aproximação da linha de pensamento entre “formadores de
opinião” contamina seus leitores ou seguidores e cria desconforto em toda
sociedade. O mal causado a democracia é
tanto, que a divulgação de informação ainda que seja falsa ou tendenciosa, são
endossadas como verdadeira, pelos leitores ou ouvintes dos “famigerados pensadores”.
Se de um lado, a alienação midiática tem provocado situações
vexatórias para algumas pessoas que
sofrem desse mal – por acreditar e defender publicamente absurdos propostos
pela mídia – por outro lado, vem a informação de que muitos tem se curado dessa doença.
Tem
sido crescente a queda de audiência de programas como o JN, da Globo, por exemplo. Só pra se
ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2013, houve uma diminuição na venda de
jornais e revistas impressos em mais de 9%.
Mas, você deve está se perguntando:
o caminho para se desalienar é não comprar/ler jornais e revista?
Seria sim, o caminho. Manter distância da mídia que tanto emburrece seu público é uma forma de não se deixar enganar por ela.
É importante ter a capacidade de ler um jornal ou
revista (o globo, estadão, folha, época, veja), questionando seu conteúdo, buscando outras
fontes que possam fundamentar aquilo que está escrito.
Precisamos ser leitores ávidos, que questiona e não sai por
aí dando crédito a tudo que lê, vê ou ouvi.
Agora, pra os que confiam
fielmente nesses veículos de informação, a saída é se afastar por um tempo dos jornais
e revistas.
Tem leitores, que numa fase mais agressiva da alienação midiática, chegam a ter espasmos
ao ler seu “colunista” preferido. O ódio produzido pela reportagem é tanto que esses leitores passam a agir compulsivamente, atacando os que se colocarem contra a opinião do seu "pensador midiático"
Mas, o principal antídoto contra esse mal, é sem sombra de
dúvidas, exercitar a mente questionando o que a mídia quer que você acredite. Buscando
outras opiniões sobre o assunto.
É isso!
Se cuide!
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