terça-feira, 29 de outubro de 2024

Quem perdeu?

 


Há quem afirme que o Lula da Silva e o PT foram os grandes perdedores dessa eleição  de 2024, porque só conseguiram eleger para prefeito, uma única capital, Fortaleza. 

Outra turma diz que foi o "metido a ditador" que, embora tenha sido escalado, junto com a "micheque", ganhando altos salários do PL, para fazer campanha por todo o Brasil e conseguir eleger 1200 prefeitos; só elegeu pouco mais de 500, muitos desses reeleitos, principalmente, graça ao volume de dinheiro recebido pelas prefeituras em 2023 e 2024, proveniente do Fundo de Participação dos Municípios enviado pelo governo federal. 

Têm aqueles que garantem a derrota do "pabru lamaçal" em São Paulo, e do "andré raspaKu" em Fortaleza, quando, na verdade, os dois pulhas ganharam o que não tinham: visibilidade política e voto. Enquanto um teve 1/3 dos votos válidos no 1° turno, o outro obteve quase 50% dos votos válidos no 2° turno. 

Mas, deixando de lado as emoções e paixões ideológicas, para mim quem perdeu nessa eleição de vereadores e prefeitos no Brasil, com a clara ascensão da extrema-direita, foi o povo e o planeta. 

O poder do voto e das nossas ações e escolhas políticas sempre ditaram os rumos da humanidade. 

O povo e o planeta sofrem consequências todas às vezes que, em qualquer parte do mundo, ascender ao poder uma liderança política com viés racista, misógino, antivacina, negacionista do clima, extremamente capitalista, inimigo do meio ambiente, privatista ou supremacista; que aceita a desigualdade social como natural e inevitável; com discurso do "estado mínimo" e do "livre mercado";  ou ainda que use o lema fascista "deus, pátria e família".

Não importa o poder de decisão e influência do líder. Se local, regional ou mundial. Se vereador ou presidente do país. Cada erva daninha, por menor que seja, está destruindo o povo e o planeta.

Há cada evento político no mundo se percebe o crescimento das lideranças fascistas. Principalmente nas bases hierárquicas do poder. Seja nos EUA, nas Américas, na Europa ou na Ásia, a extrema-direita cresce.  

Em 2024, na eleição de vereadores e prefeitos, por meio do "sufrágio universal", o Brasil deu uma grande contribuição para a ascensão do mal no mundo.

Um futuro de mais guerras, pestes, confrontos, doenças, armamento, fome, aumento da pobreza e da desigualdade social; mais destruição do meio ambiente, queimadas, mais mortes no campo, mais insegurança social,  inundações e catástrofes naturais nos espera.

Depois não adianta reclamar ou culpar a Deus. 

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