“A primeira coisa que eu faço quando eu acordo é fumar um baseado" (luana piovani).
Enquanto isso, se neguinho for pego pela "puliça" fumando um cigarro de maconha na favela, leva porrada até entregar o carinha que vende e o que trafica.
O antagonismo em que uns podem(!) sem ser incomodados, mas outros são marginalizados, excluídos e preteridos, dada a sua condição material, é algo muito claro e transparente na nossa sociedade.
Essa afirmação despretensiosa do uso da maconha ao acordar, feito pela extremista de direita luana piovani, me fez lembrar outra, mais clara e transparente, que trata da diferença de atitudes do Estado sobre as classes sociais.
Em 2018, o comediante Duvivier provou que o crime no Brasil não é ser usuário de drogas; é ser pobre!
Numa participação em um debate, ele disse que tem dois pés de maconha em casa. Mas "cadê a polícia" que não vai lá e o prende?
Sabe por quê?
Porque, assim como a piovani, ele é branco, classe média alta e mora no Leblon.
Neguinho do morro, estudante que nunca fumou um baseado e que está tentando se dar bem honestamente, precisa ficar esperto pra não ser preso, quando não, assassinado por ser negro, pobre e morar na favela ou no morro.
A real(!), é que vivemos numa sociedade em que a "Declaração de Idoneidade" de cada um de nós está na cor da pele, na roupa que o cara usa, na conta bancária e no seu CEP.
"Me diz onde tu moras que eu digo se tu és honesto ou bandido".
Só quem é maconheiro é pobre! Só quem é viado e vai para o inferno quando morrer, é viado pobre! Só quem faz abortos, são as mulheres pobres! Só quem rouba, é o pobre! Só quem é "analfabeto", é o pobre! Só quem não sabe votar, é o pobre!
O homem que desconhece a classe a qual pertence, age contra si próprio.” — Friedrich Engels.
É isso!
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